Da
Agência Brasil - 31/01/2012
Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Ao visitar Cuba pela primeira vez como presidenta da
República, Dilma Rousseff condenou o bloqueio econômico imposto ao país.
Segundo a presidenta brasileira, a melhor forma de o Brasil ajudar o
país caribenho é furar esse bloqueio e continuar investindo em parcerias
que também são estratégicas para o Brasil.
"Eu acredito que a
grande contribuição que nós podemos dar aqui, a Cuba, é ajudar a
desenvolver todo o processo econômico", disse. "A melhor forma de o
Brasil ajudar Cuba é contribuir para acabar com esse processo, que eu
considero que não leva à grande coisa, leva mais à pobreza das
populações que sofrem a questão do bloqueio, a questão do embargo, do
impedimento do comércio".
Dilma citou as iniciativas
brasileiras em Cuba que ela considera estratégicas, como a política de
crédito para compra de alimentos. Por meio de um crédito rotativo, o
Brasil financia para Cuba a compra de produtos alimentícios
brasileiros. Essa linha oferece US$ 400 milhões em crédito.
Além disso, o programa federal Mais Alimentos financia a compra de
máquinas e equipamentos para a produção de alimentos em Cuba. Nessa
modalidade, o crédito oferecido ao país caribenho é de US$ 200 milhões,
de acordo com informações da própria presidenta. "É impossível
considerar correta a política de bloqueio de alimentos para um povo",
enfatizou.
Dilma também citou a parceria para a ampliação e
modernização do Porto de Mariel, estratégico para o comércio externo do
país. "Trata-se de um sistema logístico de exportações de bens",
disse. Dos cerca de US$ 900 milhões investidos no porto, o Brasil
contribui com cerca de US$ 640 milhões. "Nós achamos que é fundamental
que se crie aqui condições de estabilidade para o desenvolvimento do
povo cubano", disse a presidenta.
Edição: Lana Cristina
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