domingo, 22 de abril de 2012

Dilma tem aprovação recorde, mas 57% dos brasileiros querem Lula em 2014

Hoje, 89% votariam em Dilma e Lula e apenas 6% na oposição. (5% não responderam)


As boas notícias do Datafolha para Dilma Rousseff se estendem à seara tucana. Entre os que declaram ter votado em José Serra para presidente em 2010, a presidente tem 52% de avaliação ótima ou boa. Dilma é aprovada por 60% dos simpatizantes do PSDB.

A presidente Dilma Rousseff bateu mais um recorde de popularidade, mas o ex presidente Lula, é o preferido dos brasileiros para ser o candidato do PT ao Planalto em 2014.

Esse é o resultado principal da pesquisa Datafolha realizada nos dias 18 e 19 deste mês com 2.588 pessoas em todos os Estados e no Distrito Federal. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

O governo da petista é avaliado como ótimo ou bom por 64% dos brasileiros, contra 59% em janeiro.

Trata-se de um recorde sob dois aspectos: é a mais alta taxa obtida por Dilma desde a sua posse, em 1º de janeiro de 2011, e é também a maior aprovação presidencial com um ano e três meses de mandato em todas as pesquisas até hoje feitas pelo Datafolha.

Para 29%, Dilma faz um governo regular. Outros 5% consideram que a atual administração é ruim ou péssima. Em janeiro, essas taxas eram de 33% e 6%, respectivamente.

Como a curva de popularidade positiva de Dilma tem sido ascendente desde o início, o Datafolha incluiu desta vez uma nova pergunta no levantamento sobre a eleição de 2014 -quem deveria ser o candidato do PT a presidente: Dilma ou Lula?

As respostas foram bem mais favoráveis a Lula. Ele é o predileto de 57% dos brasileiros para disputar novamente o Planalto daqui a dois anos e meio. Outros 32% citam Dilma. Para 6%, nenhum dos dois deve concorrer. E 5% não souberam responder.

"A presidente Dilma vem tem tendo curva crescente de popularidade e pode reduzir essa desvantagem em relação a Lula se mantiver essa trajetória", diz Mauro Paulino, diretor do Datafolha.

Dilma, entretanto, está tecnicamente empatada com o antecessor, dentro da margem de erro, quando se observam grupos considerados formadores de opinião.

Por exemplo, entre os eleitores com renda acima de dez salários mínimos, Dilma tem 48% contra 45% de Lula. Situação de empate técnico.

O mesmo entre os que têm escolaridade de nível superior: 42% para atual presidente e 41% para seu antecessor.

A ATUAL E OS EX

A comparação com os dois últimos presidentes é muito favorável a Dilma e seus 64% de aprovação. Nesta época, em seu primeiro mandato, Lula tinha 38%. O tucano Fernando Henrique Cardoso tinha ainda menos, só 30%.

Mesmo no segundo mandato, Lula tinha 55% de aprovação com um ano e três meses de governo. Ou seja, nove pontos menos que Dilma.

A alta da  Dilma foi em quase todas as faixas de renda, idade e escolaridade.

Grupos socioeconômicos nos quais Dilma não ia tão bem agora mostraram forte reação. É o caso dos brasileiros com renda familiar acima de dez salários mínimos -4% da população. A petista subiu 17 pontos nesse grupo, passando de 53% para 70%.

Outra alta significativa foi entre a população mais pobre, com renda até dois mínimos por mês -uma massa de 48% dos brasileiros. Nesse grupo, Dilma saiu de 59% para 64% de aprovação.

O atual levantamento foi feito já sob o impacto da queda da taxa de juros de bancos e da redução da taxa básica de juros do país, que passou de 9,75% para 9% na quarta.

A aprovação pessoal da presidente também evoluiu. Para 68%, o desempenho de Dilma é ótimo ou bom; 25% dizem que é regular; 4% avaliam como ruim ou péssimo.Na Folha

Se 2º turno fosse hoje, Dilma teria 69% dos votos


O segundo turno da eleição presidencial não foi assim um passeio para Dilma Rousseff. A candidata do PT teve 56,05% nas urnas contra 43,95% do adversário do PSDB, José Serra.

O Datafolha investigou o que ocorreria se a mesma disputa se desse agora. Aí sim Dilma venceria por larga margem, com 69% contra 21% de Serra.

Se esse hipotético embate se repetisse, 6% dos eleitores não votariam nem em Serra nem em Dilma. Outros 4% se declararam indecisos.

Chama a atenção que 26% dos eleitores que votaram em Serra agora declaram voto em Dilma. E 8% dos que votaram nela hoje dizem preferir o tucano.

Para analisar essa simulação de disputa eleitoral é necessário considerar que Serra está há algum tempo sem a mesma exposição de mídia que tem a presidente da República. Ou seja, não existe de fato uma situação de embate real entre ambos.

Feita a ressalva, vale registrar que o tucano teria seu melhor desempenho entre eleitores com mais 60 anos (23%) e entre os que têm renda de cinco a dez salários mínimos (24%).

Já Dilma aparece com sua taxa de intenção de voto mais favorável entre os eleitores de 25 a 34 anos (74%) e nos grupos de homens e pessoas apenas com o ensino fundamental, ambos dando a ela 71% da preferência. Ela nunca chegou a esse patamar em 2010.

Nenhum comentário: