FONTE: www.redebrasilatual.com.br
A TV Globo e o jornal Folha de S. Paulo voltam
sua artilharia contra o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz
(PT). E a famosa cortina de fumaça para tirar a CPMI do Cachoeira de
evidência. Mas os fatos narrados em suas próprias notícias mostram o
contrário do que as manchetes querem induzir o leitor a acreditar. Folha e Globo dramatizam a notícia como se o governador estivesse envolvido com o bicheiro.
Quando lemos a
notícia, retiramos os adjetivos, as frases de efeito e de opinião, e
separamos apenas os fatos, o que se nota é o grupo de Cachoeira e o
governo de Agnelo são, na verdade, antagônicos.
A Folha descreve
telefonemas em que há gente defendendo os interesses da empreiteira
Delta e ameaça não pagar propinas para gente de escalões mais baixos do
governo do Distrito Federal, porque o governo Agnelo não atende aos
interesses da organização criminosa.
Ora, fica claro
que a turma de Cachoeira queria e tinha gente infiltrada na máquina do
governo do Distrito Federal, mas que não conseguia ter seus interesses
atendidos pelas pessoas de escalão mais alto, com poder de decisão.
O mesmo enredo aconteceu no Jornal Nacional.
Os fatos também mostram que a organização de Cachoeira estava
insatisfeita com os interesses contrariados no governo de Agnelo. Mas a
trama elaborada nas redações querem fazer parecer o contrário.
Outra notícia
inverossímil seria a de que Agnelo estaria usando Dadá – um dos
principais assessores do bicheiro – como emissário para conseguir um
encontro com Cachoeira (!).
Um pouco de
compostura jornalística, gente! Depois que Cachoeira gravou Waldomiro
Diniz, nenhum político (a menos que seja doido varrido), tem o menor
interesse em pedir para conversar com ele diretamente. Só conversavam
quem estava amarrado à organização e tinha plena confiança em Cachoeira,
como Demóstenes Torres. Notem que nem o governador de Goiás, Marconi
Perillo, citado em muitos telefonemas, foi pego falando diretamente com o
contraventor.
Para espalhar o boato inverossímil, a Globo e a Folha aproveitam-se
de uma análise da Polícia Federal sobre um grampo cifrado, que ainda
estava na fase do "chute" para apurar depois, pois o analista suspeita
que "Magrão", citado nas conversas, poderia ser Agnello Queiroz.
Mas basta ouvir
novamente o grampo no próprio Jornal Nacional que fica óbvio que o
"chute" na análise está errado, e em apuração posterior seria corrigida:
- o nome Agnelo sequer é citado nos diálogos;
- o próprio
Dadá não tem certeza sobre quem é o Magrão ao dar o recado, o que dá a
entender que não seja alguém tão importante assim;
- no diálogo
diz que o tal Magrão está ligando e Cachoeira não está atendendo (!).
Ora alguém acredita que qualquer governador ficaria ligando para
Cachoeira e não sendo atendido, a ponto de ter que pedir a Dadá para
atendê-lo?
Que venha a
CPI, que se apure de fato todos os tentáculos da organização criminosa,
inclusive em departamentos do governo do Distrito Federal, e se algum
governador tiver denúncias consistentes contra si, que responda por
elas, mas lugar de inventar trama na programação de TV é em novela e não
em telejornais.
Do Blog em Resposta.
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