Do Blog Ponto e Contraponto - 6/4/2012
Por Len*
As
suspeitas levantadas nos últimos anos sobre a revista VEJA pela
imprensa independente e blogs, estão sendo confirmadas pelas revelações
feitas no óvazamento das informações da operação Monte Carlo. Da
fabricação de factóides políticos à espionagem ilegal, a revista esteve
todo o tempo representando interesses de uma organização criminosa da
qual faz parte.
Seja com o intuito
de livrar criminosos da condenação, como aconteceu na cruzada para
inviabilizar juridicamente a operação Satiagraha e desmoralizar os
responsáveis por ela, seja para criar crises institucionais no governo
federal, ou para defender interesses financeiros do consórcio que faz
parte, a revista e seus prepostos cometeram crimes e atentaram
gravemente contra o estado de direito democrático.
Confirmada
a relação próxima do diretor da Sucursal de Brasília da revista,
Policarpo Junior, com o conhecido contraventor Carlinhos Cachoeira e
seus arapongas, começam a aparecer os indícios que a VEJA usava com
frequência os serviços de espionagem de políticos, ministros e
personalidades públicas para servir de base as suas reportagens.
Essa
semana o Correio Braziliense publicou uma matéria que aponta que as
imagens publicadas pela revista do Hotel onde se hospedava José Dirceu
teriam sido obtidas pela equipe de arapongas do contraventor. Até hoje a
VEJA jurava que as imagens tinham sido obtidas pelo circuito interno
do Hotel. Na época, nós analisamos as imagens e afirmamos, em primeira
mão, que pelas suas características tinham sido obtidas através de
câmeras espiãs (Clique aqui para ler o artigo VEJA passou recibo do crime).
Diálogos
captados pela Polícia Federal mostram que Carlinhos Cachoeira
gabava-se por ser a maior fonte da revista. Foram registradas mais de
duzentas ligações entre o contraventor e Policarpo Junior, além de
encontros pessoais. A revista, por sua vez, utilizava o material obtido
ilegalmente por Cachoeira, imagens, vídeos, áudios e e-mails
interceptados, e atribuía a “fontes” na ABIN, com o intuito de acusar o
governo federal de tentar atacar adversários políticos utilizando os
métodos que a própria revista praticava, e ao mesmo tempo tentando
enfraquecer a agência de inteligência e a Polícia Federal.
O
conhecido episódio do suposto grampo da conversa entre o Senador
preferido do Contraventor, Demóstenes Torres, e o Presidente do STF à
época, Gilmar Mendes, cujo áudio nunca foi mostrado pela revista, e que
investigações recentemente concluídas pela PF afirmaram que nunca
existiu, foi motivo de grande estardalhaço no país, com o governo Lula
sendo acusado de estado policialesco, gerando grande desconforto quando
Mendes declarou publicamente que “chamaria o Presidente às falas”, e
culminando com a demissão de Paulo Lacerda da ABIN, um profissional
qualificado que vinha se dedicando a desmontar o crime organizado no
país.
A grave farsa que colocou em
risco a estabilidade política do país e o equilíbrio entre os poderes,
tramada por personagens que as investigações da operação Monte Carlo
revelaram serem sócios (Demóstenes, A VEJA e provavelmente Gilmar
Mendes) apesar de ter sido completamente desmontada por investigação
séria, não motivou qualquer retratação da revista ou dos outros
personagens envolvidos que cobraram explicações do governo federal à
época.
Em um país com uma imprensa e
judiciários sérios, esses episódios seriam suficientes para levar a
revista a encerrar suas atividades e levar seus responsáveis ao banco
dos réus, mas os tentáculos da organização criminosa alcança o poder
judiciário e outros veículos de comunicação ( com raras exceções como no
caso da revista Carta Capital).
Muita
informação ainda está por ser revelada, como o conteúdo das conversas
entre o contraventor e o representante da VEJA, portanto preparem seus
narizes para o mau cheiro que essas informações vão exalar.
Len. Químico, microempresário, libertário de esquerda sem filiação partidária, sem preconceitos, agnóstico, respeito o contraditório, flamenguista, cachorreiro, ultramaníaco e apaixonado há 22 anos pela mesma mulher, Cris, companheira de uma vida.
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Um comentário:
Eu jamais tive suspeitas. Tinha certeza disso. Basta ver as postagens do lacaio dela, o tal Tio Rei.
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