STF nega pedido para suspender inquérito contra Demóstene
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O ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), negou
nesta sexta-feira (13) pedido da defesa do senador Demóstenes Torres
(sem partido-GO) para suspender o inquérito que investiga o parlamentar.
A defesa do senador quer a suspensão até que o plenário da corte analise
a anulação das gravações que o ligam a Carlinhos Cachoeira, acusado de
explorar jogo ilegal. As gravações foram realizadas durante a Operação
Monte Carlo, da Polícia Federal, que levou Cachoeira à prisão.
Demóstenes argumenta que, por ter foro privilegiado, não poderia ter sido monitorado sem o aval do Supremo.
O advogado de Demóstenes, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay,
disse que a decisão não representa derrota para a defesa do parlamentar.
"Em liminar, o ministro considerou que não era o caso de suspender o
inquérito. Um ministro não pode liminarmente tornar nulas as provas. O
pedido era para paralisar as investigações até o julgamento do mérito.
Vamos agora ao mérito", afirmou o advogado à Folha.
O mérito do caso vai ser julgado pelo plenário do STF. A defesa de
Demóstenes espera que os ministros decidam pela ilegalidade das
gravações que envolvem o parlamentar, assim como proíbam a sua
utilização.
Segundo Kakay, Lewandowski atendeu parte do pedido da defesa ao permitir
que as escutas e a ação penal que tramita na Justiça de Goiás sejam
encaminhadas integralmente ao STF.
Demóstenes planejava esperar a anulação das provas pelo STF para discutir uma eventual renúncia.
Com a liminar, a expectativa é que o senador se mantenha no cargo para
manter o foro privilegiado no Supremo. O parlamentar responde a processo
por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética do Senado que
pode resultar na cassação do seu mandato.Uol.
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