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Líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias diz que é cedo para avaliações
sobre as ligações entre o governador de Goiás e o bicheiro Carlinhos
Cachoeira; segundo o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, "o
partido não enxerga muita coisa" nas gravações que levaram à demissão de
chefe de gabinete
247 com Agência Brasil - O bicheiro Carlinhos Cachoeira
deu mais uma passo na direção do governador de Goiás, Marconi Perillo
(PSDB), nesta quarta-feira. A revelação de trechos das gravações feitas
pela Polícia Federal de conversas entre a (agora ex) chefe de gabinete
do governador, Eliane Gonçalves Pinheiro, e o bicheiro puseram Perillo
na berlinda, e os tucanos não parecem dispostos a permitir que o colega
passe pelo mesmo processo de desgaste sofrido pelo senador Demóstenes
Torres (ex-DEM). Presidente nacional do PSDB, o deputado Sérgio Guerra
disse que "o partido não enxerga muita coisa" nas suspeitas de ligação
entre Perillo e Cachoeira, e destacou que apenas "uma funcionária está
envolvida nessas fitas gravadas".
Guerra aproveitou para levantar suspeitas sobre o direcionamento das
denúncias, que só estariam pegando políticos da oposição. "Nós
estranhamos que essas fitas sejam seletivas, sempre voltadas para a
oposição", disse, reiterando "de maneira muito tranquila, a confiança no
governador de Goiás". O deputado pediu ainda que Carlinhos Cachoeira se
pronuncie, para esclarecer as suepitas que rondam mais de um partido.
"Deixa o Cachoeira falar. Esse cara precisa falar para todo mundo ouvir o
que ele tem a dizer", disse, acrecentando não ter dúvida de que seu
partido é "alvo em quase todas essas questões de jogo político". O
deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB) também aparece como interlocutor
do bicheiro. "É bom lembrar que o Delúbio (Soares, tesoureiro do PT à
época do mensalão) voltou. O DEM fez o contrário: mandou o Demóstenes
para casa. Então, a gente está com a consciência tranquila", disse
Guerra, em defesa da oposição.
Líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR) procurou desvincular o caso de
Demóstenes Torres das denúncias que aproximam Perillo do esquema
comandado por Cacheira. Álvaro Dias disse que conversou com Perillo
hoje, pela manhã, e foi informado que Eliane Pinheiro pediu demissão do
cargo ontem à noite. Ele defendeu uma ampla investigação e ressaltou
que, no caso de Marconi Perillo, ainda é cedo para se fazer qualquer
avaliação uma vez que não teve conhecimento de todo o processo e dos
anexos. “Em relação ao senador [Demóstenes Torres] é diferente. Jorraram
fatos sucessivamente, gravações e aí já há possibilidade de se ter uma
avaliação” acrescentou o líder PSDB.
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