Do Blog Palavra Livre - 17/01/2013
Por Davis Sena Filho
Eu não sei o que se passa com a imprensa brasileira de
direita e de negócios privados. Estranho mesmo. Os jornalões O Globo e Folha
de S. Paulo ficaram literalmente “surpresos” com a presença do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em reunião esta semana com o prefeito
de São Paulo, Fernando Haddad e seu secretariado. Realmente, os tons das
críticas foram dramáticos, e, irremediavelmente, irônicos. É a verdadeira
palhaçada.
Lula recebeu a faixa e os barões da imprensa o odiaram ainda mais. |
Os editores de tais jornais conservadores, que lideram
há dez anos, no lugar do PSDB, a oposição política aos governos trabalhistas,
ficaram primeiramente assoberbados, para logo se sentirem inconformados com a
visita do maior líder político do Brasil, filiado ao PT e que visitou um
prefeito eleito pelo mesmo partido, com o apoio do ex-mandatário brasileiro.
Incrível, não? Nunca vi tanta desfaçatez e incongruência.
Lula foi decisivo na eleição que elegeu Haddad, bem
como na que elegeu Dilma Rousseff presidenta do Brasil, política também filiada
ao PT. Mesmo assim, de forma insensata e intolerante, os jornalões porta-vozes
da direita brasileira e estrangeira se dão o direito e ao luxo de ficarem absolutamente
boquiabertos, quiçá, estupefatos, com a presença de Lula em reuniões com autoridades
que integram o mesmo partido e que foram, além de tudo, ministros do Governo do
político trabalhista.
No dia 25, Lula vai se encontrar com a presidenta
Dilma Rousseff, e vai falar de política, de programa de governo, de projetos e
também de estratégias para enfrentar uma direita hidrofóbica, mas derrotada;
intolerante, mas fracassada; escandalosa, mas mentirosa; preconceituosa, mas
dissimulada; e golpista, pois violenta como demonstrou no passado e a agora se
comporta como tal no presente.
Marinho e Figueiredo: parceria midiática com a ditadura que matou e torturou. |
Ao
prefeito paulistano, Fernando Haddad, Lula pediu por uma administração
democrática, "a maior proximidade possível da
gestão municipal com a população". Solicitou ainda atenção com os pobres,
em especial com os moradores de rua. Além disso, o líder trabalhista pediu ao
prefeito a elaboração de projetos que viabilizem maiores aportes orçamentários
para que São Paulo tenha recursos como ocorreu com o Rio de Janeiro, que hoje
vivencia um ciclo financeiro, econômico e social formidável.
O Rio de Janeiro, Estado da Federação abandonado por mais de
três décadas pelos sucessivos presidentes da República, que foi ao fundo do
poço e se tornou o alvo preferencial da imprensa de mercado. O Rio cuja capital
é a cidade mais internacional do Brasil e que foi incessantemente e sistematicamente
injuriado e caluniado pelo sistema midiático paulista e pela carioca Organizações(?)
Globo, que sempre tiveram seus interesses políticos e econômicos no Estado de
São Paulo e que há quase 20 anos apoiam, indubitavelmente, o PSDB dos tucanos e
seus aliados. Lula mudou esse terrível panorama. O povo carioca sabe disso; e a
Globo, para seu desgosto, também.
Para quem quiser saber, o ex-presidente Lula vai se encontrar
com a presidenta Dilma para conversar sobre assuntos de estado e de governo.
Lula, tal qual a Getúlio Vargas, mesmo fora do poder, ou seja, sem mandato, tem
prestígio político e o respeito da maioria da população brasileira. A resumir:
Lula não é o FHC e muito menos o FHC – o Neoliberal – é o Lula. Por quê? Porque
Lula tem voto e influência, tanto em âmbito interno quanto externo. O O Globo e
a Folha
sabem disso, como sabiam os pais dos atuais proprietários desses jornalões
no que diz respeito a Getúlio Vargas. Ponto.
Desde a revolução cartola de 1932, os Frias (Folha) apostam em golpes. |
O ex-mandatário petista tem tanto prestígio que vai levar a
Dilma Rousseff as reivindicações e as reclamações de setores importantes e
poderosos do empresariado e dos bancos, que procuraram o ex-presidente Lula para
que ele fizesse uma ponte e com isso os empresários pudessem ser ouvidos com
maior atenção pela presidenta Dilma. A esses fatos se dão os nomes de prestígio
e influência, realidades que os candidatos a qualquer coisa dos barões da
imprensa não têm.
Lula nunca se importou com tal baronato, que compõe o setor mais
atrasado do empresariado e que ainda sonham com a Política do Café com Leite ou
até mesmo com a volta da escravidão. A imprensa comercial e privada é golpista
e se aproveita de qualquer subterfúgio para pôr os “seus” (tucanos) no poder ou
qualquer aventureiro político que o valha, como, por exemplo, o Luciano Huck. Lula
vai à Dilma e ao Haddad, porque é assim que se faz política. É isso aí.
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