terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Ordem no PT é reforçar a reeleição de Dilma

Do Brasil 247 - 21 de Janeiro de 2013 às 22:05

 

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Declarações recentes, como a do diretor do Instituto Lula, Paulo Okamotto, do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, e do ex-ministro Luiz Dulci, mostram que a prioridade é mostrar convicção para o mundo político quanto à candidatura de Dilma Rousseff em 2014. Ou, como diz um ministro petista: “Dilma reeleita é o processo natural”. Outro ministro: “O PT está numa situação de conforto porque é o único que conta com duas ótimas opções”


Heberth Xavier _247 - As pesquisas de opinião ainda dão uma ligeira vantagem ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre sua ex-ministra, e atual presidente da República, Dilma Rousseff. Na esteira do caso Rosemary, o nome de Lula ficou ainda mais em evidência -- ainda que, aparentemente, de forma negativa, embora a população pareça rejeitar o noticiário negativo sobre o ex-presidente.

Isso tudo parece ter lançado, entre os petistas, uma campanha para reforçar o nome de Dilma para a reeleição em 2014. Gente muito próxima a Lula foi à imprensa para, além de negar qualquer chance de o ex-presidente tentar voltar ao Planalto, destacar que a candidata natural é a atual moradora do Palácio da Alvorada.

Foi assim com o atual prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, amigo pessoal e ex-ministro de Lula. “Isso não é nem especulação, é papo furado de quem não tem o que fazer”, disse Marinho, sobre a chance de Lula ser candidato no próximo ano.

Outro amigo pessoal do ex-presidente, e atualmente diretor do Instituto Lula, foi na mesma linha. Ao 247, Paulo Okamotto foi bastante claro: “Nossa candidata é a Dilma”. Também ao 247, durante o seminário organizado pelo instituto nesta segunda-feira (21/01), outro ex-ministro de Lula também reforçou a campanha Dilma’2014: “Lula não é candidato, nosso nome é Dilma”, disse Luiz Dulci.

Ex-porta-voz de Lula, o jornalista Ricardo Kotscho também fez coro, acrescentando dois motivos apresentados pelo próprio ex-presidente teria lhe confessado para não se candidatar: “Em primeiro lugar, quem me garante que seria eleito? Em segundo lugar, se eleito, quem me garante que teria condições de fazer um bom governo e sairia com a mesma aprovação popular de agora?", escreveu Kotscho em seu blog.

Antes dessas manifestações, o Planalto não se esforçou muito para negar o teor da conversa que Dilma teria mantido com o governador pernambucano Eduardo Campos (PSB), também apontado como possível presidenciável em 2014. Os dois teriam tido uma conversa “franca” e a atual presidente teria informado a Campos que concorrerá à reeleição e gostaria do apoio do socialista.

Segundo o blog do jornalista Gerson Camarotti, a ordem no Planalto é reforçar, para o mundo político, a ideia de que Dilma estará na urna eletrônica em 2014. Ele cita o que ouviu de um ministro petista, mas sem indicar seu nome: “Isso não está em discussão (Lula candidato): a presidente Dilma disputará a reeleição. É o processo natural”. De outro ministro, também petista mas também com nome não revelado, o jornalista ouviu: “O PT está numa situação de conforto porque é o único que conta com duas opções”.

A avaliação da equipe mais próxima a Dilma é que especulações que coloquem Lula como o candidato dos petistas acabam desestabilizando politicamente o governo. Daí a mudança recente na postura, com a quase admissão da candidatura à reeleição.

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