Do Brasil 247 - 21 de Janeiro de 2013 às 22:05
Declarações recentes, como a do diretor
do Instituto Lula, Paulo Okamotto, do prefeito de São Bernardo, Luiz
Marinho, e do ex-ministro Luiz Dulci, mostram que a prioridade é mostrar
convicção para o mundo político quanto à candidatura de Dilma Rousseff
em 2014. Ou, como diz um ministro petista: “Dilma reeleita é o processo
natural”. Outro ministro: “O PT está numa situação de conforto porque é o
único que conta com duas ótimas opções”
Heberth Xavier _247 - As pesquisas de
opinião ainda dão uma ligeira vantagem ao ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva sobre sua ex-ministra, e atual presidente da República,
Dilma Rousseff. Na esteira do caso Rosemary, o nome de Lula ficou ainda
mais em evidência -- ainda que, aparentemente, de forma negativa, embora
a população pareça rejeitar o noticiário negativo sobre o
ex-presidente.
Isso tudo parece ter lançado, entre os petistas, uma
campanha para reforçar o nome de Dilma para a reeleição em 2014. Gente
muito próxima a Lula foi à imprensa para, além de negar qualquer chance
de o ex-presidente tentar voltar ao Planalto, destacar que a candidata
natural é a atual moradora do Palácio da Alvorada.
Foi assim com o atual prefeito de São Bernardo do Campo,
Luiz Marinho, amigo pessoal e ex-ministro de Lula. “Isso não é nem
especulação, é papo furado de quem não tem o que fazer”, disse Marinho,
sobre a chance de Lula ser candidato no próximo ano.
Outro amigo pessoal do ex-presidente, e atualmente diretor do Instituto Lula, foi na mesma linha. Ao 247, Paulo Okamotto foi bastante claro: “Nossa candidata é a Dilma”. Também ao 247,
durante o seminário organizado pelo instituto nesta segunda-feira
(21/01), outro ex-ministro de Lula também reforçou a campanha
Dilma’2014: “Lula não é candidato, nosso nome é Dilma”, disse Luiz
Dulci.
Ex-porta-voz de Lula, o jornalista Ricardo Kotscho também
fez coro, acrescentando dois motivos apresentados pelo próprio
ex-presidente teria lhe confessado para não se candidatar: “Em primeiro
lugar, quem me garante que seria eleito? Em segundo lugar, se eleito,
quem me garante que teria condições de fazer um bom governo e sairia com
a mesma aprovação popular de agora?", escreveu Kotscho em seu blog.
Antes dessas manifestações, o Planalto não se esforçou
muito para negar o teor da conversa que Dilma teria mantido com o
governador pernambucano Eduardo Campos (PSB), também apontado como
possível presidenciável em 2014. Os dois teriam tido uma conversa
“franca” e a atual presidente teria informado a Campos que concorrerá à
reeleição e gostaria do apoio do socialista.
Segundo o blog do jornalista Gerson Camarotti,
a ordem no Planalto é reforçar, para o mundo político, a ideia de que
Dilma estará na urna eletrônica em 2014. Ele cita o que ouviu de um
ministro petista, mas sem indicar seu nome: “Isso não está em discussão
(Lula candidato): a presidente Dilma disputará a reeleição. É o processo
natural”. De outro ministro, também petista mas também com nome não
revelado, o jornalista ouviu: “O PT está numa situação de conforto
porque é o único que conta com duas opções”.
A avaliação da equipe mais próxima a Dilma é que
especulações que coloquem Lula como o candidato dos petistas acabam
desestabilizando politicamente o governo. Daí a mudança recente na
postura, com a quase admissão da candidatura à reeleição.
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