sábado, 19 de janeiro de 2013

Veja ataca "intervenção inaceitável" de Lula

 

Do Brasil 247 - 19 de Janeiro de 2013 às 15:23

 

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Pânico. É essa a reação que o ex-presidente provoca na Editora Abril. No editorial desta semana, Eurípedes Alcântara, diretor de redação de Veja, parte para o ataque e diz que Lula submeteu Fernando Haddad ao "humilhante papel de tutelado". O comportamento seria inaceitável e Veja se apresenta para conter as atitudes "transgressoras" do ex-presidente



247 - Não passou despercebida, pela revista Veja, a reunião entre o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, seus secretários e o ex-presidente Lula. Na Carta ao Leitor, editorial redigido por Eurípedes Alcântara, classifica-se o encontro como "intervenção inaceitável" do ex-presidente, que teria submetido Haddad ao "humilhante papel de tutelado".

Ao 247, Haddad deixou claro que não se importa com a crítica. "Por que eu não poderia me reunir com um presidente que tem grande experiência e cujas políticas públicas são aprovadas pela maioria dos brasileiros?". O secretário Antonio Donato foi além e disse que até o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso poderá ser recebido na prefeitura. "Este governo é amplo".

Mas o menor sinal de que Lula possa voltar a participar mais ativamente da vida política provoca pânico e urticária na Editora Abril. Augusto Nunes, por exemplo, afirma que a única coisa pior do que ter Dilma depois de Lula é a hipótese de Lula vir a suceder Dilma.

No editorial, Eurípedes expressa o pavor da Editora Abril. "O que Lula fez com Haddad na semana passada, e seus próximos asseguram que ele planeja fazer com a presidente Dilma, se enquadra no campo dos comportamentos inaceitáveis", afirma. "O que não é aceitável é Lula conspicuamente submeter um chefe do Executivo ao humilhante papel de subordinado, como ele fez com Fernando Haddad, na semana passada". 

O diretor de Veja sugere, ainda, que Dilma não permita que uma reunião com Lula seja fotografada, como ocorreu na prefeitura de São Paulo. "Dilma pode não ter as mesmas habilidades políticas do antecessor, mas, com certeza, distingue, com perfeição, o compreensível do aceitável".
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