segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

O jornalismo ornitorrinco e a herança maléfica de 2013



O recorde mais espetacular do ano de 2013 foi o número de previsões fracassadas. Diariamente, os jornalões estamparam notícias recebidas com surpresa. 

 
Wanderley Guilherme dos Santos, Carta Maior
O recorde mais espetacular do ano de 2013 foi o número de previsões fracassadas. Dia sim, outro também, os jornalões estamparam notícias recebidas com surpresa pelo famoso mercado, que as esperava o oposto. De boca aberta também andaram seus renomados especialistas, a inventar explicações fora da curva para os furos especialmente enormes. Erros que, imediatamente, soterraram com pompa, circunstância e virgens anúncios de futuras tempestades. É intrigante a permanente charlatanice com que os periódicos, diários e semanais, afagam o ego dos conservadores sem que estes se sublevem contra a falcatrua. Ou, talvez, os conservadores desconfiem de que a realidade seja bastante diferente, mas aspiram, tal como os jornalistas e especialistas, a vê-la materializar-se conforme a aspiração.

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