quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Começar investigações não significa que terão prosseguimento - diz Cármen Lúcia

Reforçando o puxão de orelha no Procurador-Geral da República Roberto Gurgel, a ministra do STF Cármen Lúcia, disse sobre os ataques denuncistas contra o ministro Orlando Silva:
"O fato de começar as investigações não significa que vão ter prosseguimento. Depende do que a Procuradoria Geral da República vai encontrar a partir de agora".

Gurgel fez um papelão. Se ele quisesse chegar ao ministro (o único nessa história que é necessário pedir autorização ao STF para investigar), bastava começar a investigação pelo óbvio, como a própria Cármen Lúcia mandou fazer o dever de casa: se inteirar do material que já existe, ou seja, o inquérito já adiantado da Operação Shaolin, os relatórios e documentos do TCU, CGU, Ministério dos Esportes, e ouvir os supostos denunciantes. Se encontra-se algo mais do que pêlo em ovo, que abrisse um inquérito para investigar mais a fundo.

Roberto Gurgel sequer tomou a providência básica de pedir o depoimento oficial do "desaparecido" Célio Soares Pereira (aquele suposto assessor do governo Arruda, que até agora só aparece na revista Veja, com a mirabolante estória de ter entregue uma caixa de dinheiro em plena garagem do ministério para o ministro. E nem a oposição está conseguindo encontrá-lo), antes de recorrer ao STF.

Infelizmente, o próprio Procurador-Geral politizou as investigações ao querer começar investigar logo pelo ministro, que é o menos suspeito nesta história entre todos os envolvidos, até porque é ele quem não deu alívio aos "denunciantes", não aprovou as contas, exigiu a devolução do dinheiro público, e comunicou as irregularidades.

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