quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Aécio se perdeu e já não sabe o que fazer. Marina esnoba alianças e aposta na mídia

Tijolaço - 20 de agosto de 2014 | 21:39 Autor: Fernando Brito
bomrapaz
Fernando Brito  
.
O primeiro dia depois da estréia do horário eleitoral é, frequentemente, preservado pelos candidatos para o ajuste de suas mensagens ao eleitor.

As agendas, portanto, se concentram próximo ao local das gravações e o tempo é preservado para que se façam os ajustes finos do discurso que atinge milhões de eleitores.

Dilma manterá, essencialmente, o tom do programa de ontem. Falará um pouco mais que no programa de abertura.

Se Marina ocupará o espaço do PSB, é uma incógnita. Mas a duração da reunião que a entronizou no lugar de candidata – seis horas – mostra que não foram fáceis os acertos internos.

Não se impressionem com esta história de que ela não subirá no palanque de Alckmin: Marina impôs como coordenador da campanha nada menos que Walter Feldman, coordenador de mobilização da campanha de José Serra à Prefeitura de São Paulo.

Não é preciso dizer mais que isso, não é?

Marina esnoba as alianças políticas que tem – e não pode deixar de ter, pelas coligações feitas pelo PSB – confiando que a mídia a apresentará como independente.

É possível que apareça, num discurso ainda emocional, mais na lembrança de Eduardo e menos focado na apresentação de si mesma como alternativa de governo.

A grande incógnita é Aécio, que teve o “recall” merecido pelo seu primeiro e decepcionante programa de televisão.

Aécio de estadista e de “semideus” que chega (“bem-vindo, tá vindo”) para salvar o Brasil, positivamente, não colou.

As pesquisas mostraram o fiasco monumental do seu programa.

Aécio ficou em São Paulo, mas cumpriu uma intensa e extensa agenda, não parece ter reservado tempo para gravar.

De todos os lados, recebe dados de que Marina o ultrapassa.

Ilimar Franco, em O Globo, registrou, sem meias palavras: “Os tucanos não receberam boas notícias dos primeiros trackings com Marina Silva na sucessão. A nova candidata tirou votos de Dilma, mas em maior proporção de Aécio. Marina entrou bem em Minas e São Paulo.”

É ele quem tem que se mover, neste momento.

Ou será  inevitável que as próximas pesquisas, na semana que vem, o mostrem cinco ou seis pontos abaixo de Marina Silva.

E, portanto, como um inútil.

.

Nenhum comentário: