Tijolaço - 20 de agosto de 2014 | 21:39 Autor: Fernando Brito
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O primeiro dia depois da estréia do horário eleitoral é, frequentemente, preservado pelos candidatos para o ajuste de suas mensagens ao eleitor.
As agendas, portanto, se concentram próximo ao local das gravações e o tempo é preservado para que se façam os ajustes finos do discurso que atinge milhões de eleitores.
Dilma manterá, essencialmente, o tom do programa de ontem. Falará um pouco mais que no programa de abertura.
Se Marina ocupará o espaço do PSB, é uma incógnita. Mas a duração da reunião que a entronizou no lugar de candidata – seis horas – mostra que não foram fáceis os acertos internos.
Não se impressionem com esta história de que ela não subirá no palanque de Alckmin: Marina impôs como coordenador da campanha nada menos que Walter Feldman, coordenador de mobilização da campanha de José Serra à Prefeitura de São Paulo.
Não é preciso dizer mais que isso, não é?
Marina esnoba as alianças políticas que tem – e não pode deixar de ter, pelas coligações feitas pelo PSB – confiando que a mídia a apresentará como independente.
É possível que apareça, num discurso ainda emocional, mais na lembrança de Eduardo e menos focado na apresentação de si mesma como alternativa de governo.
A grande incógnita é Aécio, que teve o “recall” merecido pelo seu primeiro e decepcionante programa de televisão.
Aécio de estadista e de “semideus” que chega (“bem-vindo, tá vindo”) para salvar o Brasil, positivamente, não colou.
As pesquisas mostraram o fiasco monumental do seu programa.
Aécio ficou em São Paulo, mas cumpriu uma intensa e extensa agenda, não parece ter reservado tempo para gravar.
De todos os lados, recebe dados de que Marina o ultrapassa.
Ilimar Franco, em O Globo, registrou, sem meias palavras: “Os tucanos não receberam boas notícias dos primeiros trackings com Marina Silva na sucessão. A nova candidata tirou votos de Dilma, mas em maior proporção de Aécio. Marina entrou bem em Minas e São Paulo.”
É ele quem tem que se mover, neste momento.
Ou será inevitável que as próximas pesquisas, na semana que vem, o mostrem cinco ou seis pontos abaixo de Marina Silva.
E, portanto, como um inútil.
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