Ela passou a ser uma interlocutora razoavelmente confiável do capital financeiro e não apresenta contradições importantes com o programa neoliberal vocalizado pela direita tradicionalEla se apresenta como terceira via entre o PT e o PSDB. A velha mídia, desejosa de forçar um segundo turno nas eleições presidenciais, compra e vende essa versão. Muita gente de esquerda acredita nessa narrativa.
Mas tal hipótese é refutada pela trajetória recente da virtual candidata do PSB, pela natureza dos grupos empresariais com os quais mantêm vínculos orgânicos, pelo núcleo de assessores econômicos que a cercam e pelas relações internacionais que desenvolveu. Para não falar em suas posições retrógradas acerca de direitos civis e seu flerte com posturas que confrontam o Estado laico.
Marina Silva passou a ser uma interlocutora razoavelmente confiável do capital financeiro, defende ajustes econômicos pró-mercado, tende pela retorno da política internacional à aliança com os EUA e demais potências ocidentais. Não apresenta contradições importantes com o programa neoliberal vocalizado pela direita tradicional, salvo em questões ambientais.
A ex-senadora, de fato, é o plano alternativo da burguesia e seus braços de comunicação para derrotar o PT e a presidente Dilma, caso Aécio Neves demonstre demasiada vulnerabilidade eleitoral. Uma espécie de Collor com história e origem popular, capaz de pairar acima das classes e dos partidos, com sua peculiar fusão de ecologia, moralidade e religião, para melhor enfrentar a esquerda possível.
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