sábado, 31 de janeiro de 2015

Nos EUA, crianças 'sem Deus' têm forte senso de moralidade. Um estudo de quase 40 anos da religião e da vida familiar indicou: altos níveis de solidariedade familiar, com proximidade emocional entre pais e jovens não religiosos, e fortes padrões éticos e valores morais transmitidos de uma geração para outra.

Nos EUA, crianças 'sem Deus' têm forte senso de moralidade

Phil Zuckerman - Paulopes - 25/01/2015

Mais crianças estão "crescendo sem Deus" do que em qualquer outro momento na história dos Estados Unidos. Elas são descendentes de uma população secular em expansão que inclui uma relativamente nova e crescente categoria de americanos chamada de nones. São assim apelidados porque afirmam não acreditar em "nada em particular", de acordo com estudo de 2012 pelo Centro de Pesquisas Pew.


O número de crianças sem religião tem aumentado significativamente desde a década de 1950, quando menos de 4% dos americanos relataram que cresceram em uma família não religiosa, segundo estudos recentes.

Esse número atingiu a casa dos dois dígitos quando um estudo de 2012 mostrou que 11% das pessoas nascidas depois de 1970 disseram que tinham sido criadas em lares seculares. Isso pode ajudar a explicar por que 23% dos adultos nos EUA afirmam não ter religião, e mais de 30% entre as idades de 18 e 29 dizem o mesmo.

Então como tem sido a formação moral dessas crianças que não oram antes das refeições nem vão à escola dominical? Vai indo muito bem, ao que parece.


Longe de ser disfuncional, niilista e sem rumo, sem a suposta retidão pregada pela religião, as famílias seculares estão proporcionando aos seus filhos uma sólida base moral, de acordo com o professor de sociologia Vern Bengston.

Por quase 40 anos, Bengston tem supervisionado o Estudo Longitudinal de Gerações, que se tornou o maior estudo da religião e da vida familiar conduzida em várias extratos geracionais nos Estados Unidos.

EXCLUSIVO: Nas Ilhas Virgens, nosso enviado conta como funcionava a empresa de fachada da Globo

Postado em 30 jan 2015
O "endereço" da "Empire": empresa da Globo nunca funcionou aqui
O “endereço” da “Empire” nas Ilhas Virgens: empresa “era só no papel”, diz advogado
Em uma nova reportagem da série sobre a compra dos direitos da Copa do Mundo de 2002 pela Globo, o jornalista Joaquim de Carvalho foi às Ilhas Virgens contar in loco como funcionava a empresa de fachada. Joaquim esteve no paraíso fiscal e visitou a suposta sede. As demais matérias podem ser encontradas aqui. 
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O dia amanhece com galos cantando em pleno centro de Road Town, capital das Ilhas Virgens Britânicas, no Caribe, onde, em 2001, a Rede Globo comprou uma empresa por cerca de 220 milhões de dólares. O que poderia haver de tão valioso no Caribe para que a Rede Globo fizesse um investimento deste porte?
O esconderijo para um tesouro é a resposta mais apropriada. Exatamente como no tempo dos piratas, que por sinal fizeram história por aqui, como o lendário Barba Negra. E para piratas no passado, assim como para sonegadores de impostos, corruptos, traficantes de drogas e de armas no presente, o melhor lugar do mundo é onde se pode guardar a riqueza ilícita longe dos olhos das autoridades. Um paraíso. Isso é Ilhas Virgens.
Quem conhece bem os meandros deste paraíso fiscal é o advogado brasileiro Marcelo Ruiz, que desde 2011 trabalha para um escritório de recuperação de ativos instalado no centro financeiro de Road Town. Seu trabalho é descobrir quem está por trás das empresas abertas no país, que integra a Coroa Britânica, e repassar os dados para os escritórios das nações onde correm processos — Cayman, Suíça ou Brasil, por exemplo.
Ele, evidentemente, não trabalha sozinho. Além dos advogados de todos os continentes que dividem com ele um andar inteiro no edifício Fleming House, onde está uma das maiores empresas de telefonia móvel do país, a Lime, ele trabalha com a Kroll e outras empresas de investigação formada por ex-agentes da CIA, Scotland Yard e FBI.
“Essas empresas trabalham para a gente como suporte. Mas quem repatria são os advogados”, diz. Tudo com base na lei. No passado, era quase impossível chegar aos crimiminosos. Mas a justiça no mundo inteiro tem reconhecido o direito da vítima de identificar seus algozes e reparar o dano, inclusive o financeiro – caso de acionista lesado, ex-esposa passada para trás na partilha e nós, o povo, no caso da sonegação ou da corrupção.
“Havendo um processo judicial, mesmo que em outro país, a justiça reconhece o direito de quebrar o sigilo da empresa sob sua jurisdição”, explica Marcelo.
Foi assim que escritórios parceiros da banca onde Marcelo trabalha repatriaram o dinheiro da corrupção no caso do juiz Nicolau dos Santos Neto, o Lalau, e do ex-prefeito Paulo Maluf, de São Paulo.
Marcelo não entra em detalhes por conta de cláusulas de confidencialidade, mas admite que seu escritório trabalhou no caso em que Ricardo Teixeira foi acusado de receber propina para favorecer emissoras de telvisão na venda dos direitos de transmissão da Copa do Mundo. O suborno foi depositado numa conta de empresa aberta nas Ilhas Virgens Britânicas. Ricardo Teixeira fez acordo com a Justiça na Suíça, sede da Fifa, pagou multa milionária e se safou de uma condenação. Mas teve que se afastar do futebol profissional, e vive num autoexílio na Flórida, Estados Unidos.
Road Town não é a única coincidência que une a Globo a Ricardo Teixeira. Assim como o ex-presidente da CBF e dirigente da Fifa, a Globo também buscou refúgio naquele paraíso fiscal. Em junho de 1999, através de outra empresa offshore, a Globo abriu a Empire Investment Group Ltd., com capital de aproximadamente 220 milhões de dólares.
Em 2001, a Globo comprou, através de sua matriz brasileira, a mesma empresa. Informou ao Fisco que buscava expansão no mercado internscional de TV, e omitiu o fato de que a empresa já era dela. Mais tarde, quando investigou a Globo, a Receita Federal descobriu a fraude.
O auditor fiscal Alberto Zile escreveu: “As operações arroladas dão a clara ideia de que vários atos praticados pela fiscalizada estavam completamente dissociados de uma racional organização empresarial e, consequentemente, de que a aquisição da sociedade empresarial nas Ilhas Virgens Britânicas foi apenas um disfarce de uma aquisição dos direitos de transmissão,  por meio de televisão, da competição desportiva de futebol internacional, com intuito de fugir da tributação”.
A Empire era titular dos direitos de transmissão, comprados por outra offshore da Globo junto a uma intemediária da Fifa, a ISL. A Empire, apesar de possuir um bem tão valioso como o direito de transmissão da Copa do Mundo, funcionava sem sede própria nas Ilhas Virgens.
A Empire dividia o mesmo endereço da Ernst & Young Trust Corporation, com a qual compartilhava também a caixa postal. “Com essas informações, não resta dúvida, a Empire era só papel, não tinha atividade nenhuma”, diz o advogado brasileiro que trabalha em Road Town desvendando o que há por trás das offshores.
Quando cheguei a Road Town, através de um barco que faz a travessia de Saint Thomas, nas Ilhas Virgens Americanas, onde tem um aeroporto maior, fui procurar a Empire. “Nunca ouvi falar”, disse o funcionário de uma empresa de informática no térreo do prédio onde funcionava a Ernst & Young.
“Já prestei serviço para muitas empresas daqui, mas nunca soube que existisse essa empresa Empire. Duzentos e vinte milhões de dólares? É muito dinheiro…”, comenta o taxista Roy George, um dos poucos que aceitam se identificar num assunto “muito delicado”, como observa o dono de uma empresa vizinha da Empire.
A Ernst & Young dividia a mesma caixa postal com a Empire
A Ernst & Young dividia a mesma caixa postal com a Empire

Os documentos de fundação da Empire trazem apenas a assinatura de uma procuradora autorizada, Nancy E. A. Grant, e de uma testemunha, Hellen Gunn Sullivan. Eu procurei as duas, primeiro no antigo escritório da Ernst & Young, no Jayla Place. “Eles se mudaram”, informou a gerente da Appleby, empresa que também administra offshore (legal, como informa em seu site), que agora ocupa a metade do terceiro andar do edifício antes sede da EY.
A Ernest & Young foi para outro endereço, mais distante do centro, no luxuoso prédio Ritter House, ao lado da marina The Moorings. “Não conheço nenhuma delas”, diz a advogada que nasceu em Santo Domingo, República Dominicana, que me atendeu em pé, na recepção do escritório. Ao ser informada do assunto, fez questão de esclarecer: «Em Road Town, não administramos mais offshore. Somos uma empresa de contabilidade.»
É um fato. A EY transferiu todas as suas atividades de trust (administração por relação de confiança) para as Bahamas, e vendeu seus ativos (as empresas de papel) para a Tricor, que funciona no prédio do First Caribbean Bank. Carol, a gerente inglesa da Tricor,  demonstrou incômodo quando me apresentei como jornalista brsileiro.
“O que você faz aqui?”, questionou, para em seguida dizer que Nancy, a procuradora da Empire (leia-se Globo), era sua antecessora na gerência da empresa. “Ela voltou para a Inglaterra, mas mesmo que estivesse aqui não poderia dar informação. Essas informações são fechadas”, disse.
Certamente, ela não sabe que a propriedade da Empire deixou de ser segredo quando o auditor Alberto Zile, a partir de uma denúncia vinda do exterior, vasculhou os documentos da Globo e descobriu que a Empire foi criada pela própria empresa brasileira. Segundo a Receita, o objetivo era sonegar impostos, o mesmo objetivo de milhares de empresas que se instalam por aqui.
Nas Ilhas Virgens Britânicas, os agentes fiduciários silenciam, mas o galo canta por toda parte, e é comum ver galinhas e pintinhos pelas praças e ao redor das mesas dos restaurantes à espera de que alguém jogue comida. É que a ave vive livre como os pombos no Brasil, embora os moradores gostem da carne no prato. Mas comem apenas o que compram no supermercado.
“Muitos séculos atrás, os espanhóis trouxeram as galinhas, e elas foram crescendo, crescendo, e nós gostamos de vê-las por aí”, conta o taxista Roy George, que tem curso superior. O filipino Gilberto Fabian se surpreendeu quando chegou ao país para trabalhar um ano atrás e viu tantas galinhas pela rua. “Em Manila, não ficava uma viva. O povo lá tem fome”, afirma
As Ilhas Virgens Britânicas têm uma das rendas per capita mais altas do mundo — quase 40 mil dólares por ano, salário mínimo de 2 500 dólares –, graças a uma economia impulsionada pela natureza bela e exuberante e ao suporte nos negócios financeiros. O segredo é a razão do sucesso do mercado financeiro.
Empresas instaladas aqui pagam taxas anuais, que garantem boa receita ao governo, mas não são nada se comparado ao que pagariam de impostos em seus países de origem. Este é um dos motivos da instalação de mais de quinhentas mil empresas, o dobro do número de habitantes.
Existem empresas que se instalam em Road Town, ainda que só existam no papel, e agem dentro da lei em seus países de origens, mas para a Receita Federal não foi este o caso da Globo. Não foram também as praias de água cristalina nem a floresta verde esmeralda que a fizeram aportar por aqui. Ilhas Virgens Britânicas se apresentam como Nature’s Little Secrets. Ou Segredinhos da Natureza. É um slogan que explica alguma coisa.
Um país cujo slogan apropriado é "Segredinhos da Natureza"
Um país cujo slogan apropriado é “Segredinhos da Natureza”
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Sobre o Autor
Jornalista, com passagem pela Veja, Jornal Nacional, entre outros. joaquim.gil@ig.com.br
 

LIXO 'BBB 15' TEM A PIOR AUDIÊNCIA DA HISTÓRIA

A CADA ANO QUE PASSA, A CADA EDIÇÃO, O LIXO TELEVISIVO CHAMADO "BBB" VAI PERDENDO AUDIÊNCIA.


Vão FUNDO na APELAÇÃO, mas, a derrocada desse LIXO é fato consumado.
"BBB15" começa como pior ibope de todas edições
Ricardo Feltrin / UOL
Embora seja líder isolado na TV aberta, para os padrões da Globo não vai nada bem a audiência do reality "BBB15". Já exibidos oito episódios, a média de audiência do programa está em 22,9 pontos na Grande São Paulo.
Até o momento trata-se da pior média até hoje, mas é claro que ainda há mais de dois meses pela frente.
Para comparação, a primeira semana do reality no ano passado marcou 26 pontos. Ou seja, este ano a média caiu cerca de 12%.
Já a média do "BBB5", exibida exatos dez anos atrás, foi de 47,5 pontos. No ano passado essa média já havia caído para 26 pontos --uma queda de 46%.


Agora é oficial: Ministério Público aponta responsabilidade de Alckmin na crise da água

Janeiro foi o pior da Globo. Esse Kamel …

"Emissora marcou 13,3 pontos de média

Paulo Henrique Amorim, Conversa Afiada

Do Barão, no face
No Lauro Jardim, da Veja:
Pior janeiro da história

O ano em que a Globo comemora 50 anos não começa tão bem para a emissora nos números do Ibope. Em janeiro, até ontem, segundo medições na Grande São Paulo entre 7h e meia noite, a Globo marcou 13,3 pontos de média. Trata-se do pior janeiro da história da emissora. O mesmo mês em 2014 teve um ponto a mais no Ibope.
(…)

Aécio de barba viraliza nas redes sociais


Do DCM

A aparição de Aécio com barba bombou hoje nas redes sociais. Memes, elogios, gozações — não faltou nada.

Algumas mulheres elogiaram o ar ‘hipster’ de Aécio, mas certos internautas disseram que o próximo passo é cortar um dedo.

Alguns dos melhores comentários vieram de um outro Aécio, o Aécio de Papelão.

Duas amostras:

1) @aeciodepapelao: Tô de barba agora porque passei pra humanas.

2) @aeciodepapelao: Se eu soubesse que a minha barba fosse fazer tanto sucesso, teria deixado crescer durante a campanha. Vacilei.



Para O Globo, Petrobras deve ser tratada como lixo


247 - Em editorial publicado neste sábado, o jornal O Globo, dos irmãos Marinho, defende que os títulos da Petrobras sejam tratados por investidores como 'lixo'. "Na quinta, a agência Moddy’s rebaixou todas as notas de risco da estatal, colocando-a no limiar da perda do 'grau de investimento'. Abaixo desse nível, os títulos da empresa entram na faixa do 'junk', 'lixo'. Com méritos", diz o texto. Em outro editorial recente, a família Marinho, a mais rica do País, defendeu a abertura do pré-sal a empresas estrangeiras (leia aqui).
Abaixo, o editorial deste sábado:
E o lulopetismo desestabilizou a Petrobras
A maior crise na história da empresa é causada por um partido de esquerda e não pelos “neoliberais” tucanos, nem os ‘entreguistas’ de todos os matizes
Num enredo de realismo fantástico aplicado à política, o lulopetismo, corrente hegemônica do PT, partido de esquerda, é que se tornou o maior algoz da Petrobras, nas seis décadas de história da estatal, ícone da própria esquerda. Não foram o “neoliberalismo” da social-democracia tucana nem os “entreguistas” de todos os matizes o carrasco da companhia, como petistas sempre denunciaram. Bastaram 12 anos de administração comandada pelo PT para a maior empresa brasileira, situada também com destaque em rankings internacionais, chegar ao ponto de não ter acesso ao mercado global de crédito, devido ao alto risco que representa.
A maior crise da história da Petrobras tem começo, meio e ainda não se sabe o fim. É certo que ela será uma empresa menor, depois da baixa patrimonial que terá de fazer para refletir os efeitos dramáticos produzidos em seus ativos pelo lulopetismo: desde a rapina patrocinada por esquemas político-partidários — do PT, PP, PMDB, por enquanto — a decisões de investimento voluntaristas, sem cuidados técnicos, e também inspiradas por preferências políticas e ideológicas.
No mais recente fiasco da diretoria e Conselho de Administração — a divulgação do balancete do terceiro trimestre do ano passado sem auditoria e registro contábil da roubalheira do petrolão —, foi revelado que, da análise de 31 ativos da companhia, resultou a estimativa de que eles estariam superavaliados em astronômicos R$ 88,6 bilhões.
Não apenas pelos desvios do petrolão, mas por mau planejamento e mudanças de parâmeros como dólar e preço do petróleo. Sobre a corrupção em si, o Ministério Público do Paraná informa que a Operação Lava-Jato, a que está desbaratando a quadrilha da estatal, permitiu a denúncia contra responsáveis por desvios de R$ 2,1 bilhões, dos quais R$ 450 milhões foram recuperados e R$ 200 milhões, bloqueados na forma de bens de réus. Para comparar: no mensalão foram R$ 140 milhões.
O começo da hecatombe foi a entrega da estatal ao lulopetismo sindical, de que José Sérgio Gabrielli é símbolo. Ex-presidente da estatal, ele foi denunciado devido a evidências de superfaturamento em obras do centro de pesquisa da estatal.
Diretores passaram a ser apadrinhados por políticos/partidos, e assim abriram-se as portas do inferno. O próprio Lula fez uso político da estatal, ao impor a construção de refinarias inviáveis no Maranhão e no Ceará, para contentar os Sarney e os Gomes (Cid e Ciro). Elas acabam de sair dos planos da estatal, mas, só em projetos, desperdiçaram R$ 2,7 bilhões. A Abreu e Lima, por sua vez, um ícone do superfaturamento, surgiu de conversas entre Lula e o caudilho Hugo Chávez — sem que a Venezuela investisse na refinaria.
Na quinta, a agência Moddy’s rebaixou todas as notas de risco da estatal, colocando-a no limiar da perda do “grau de investimento”. Abaixo desse nível, os títulos da empresa entram na faixa do “junk”, “lixo”. Com méritos.

Do Brasil 247.

Globo abre guerra contra a Democratização da Mídia na minissérie “Felizes para Sempre?” E mais uma excelente matéria

30 jan
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A Rede Globo de Televisão abriu guerra contra a Democratização da Mídia e contra a blogosfera progresista na minissérie “Felizes para Sempre?”, dirigida pelo cineasta Fernando Meirelles, que sempre teve coragem de dizer que vota nos candidatos do PSDB como José Serra, Fernando Henrique Cardoso, Geraldo Alckmin e Aécio Neves.
O competente ator Enrique Díaz faz o papel de empresário e empreiteiro corrupto Cláudio Drummond, que no episódio de hoje (30) diz para sua esposa Marília, interpretada pela paranaense Maria Fernanda Cândido, que a “imprensa golpista” tenta destruir pessoas.
A Globo é a principal representante do chamado P.I.G – Partido da Imprensa Golpista e faz parte da chamada velha mídia pela blogosfera progressista.
Com isso a Globo tenta dar a entender que quem critica a péssima imprensa brasileira são os corruptos.
Isso é desespero contra a Democratização da Mídia que o segundo governo da presidenta Dilma Rousseff (PT) vai implementar a partir de 2015 com o Ministério das Comunicações comandado pelo Ministro Ricardo Berzoini. Sobre a a democratização da mídia no Brasil clique aqui.
Para levantar sua audiência em queda a Globo até mostrou cenas quentes com a bela atriz Paolla Oliveira, que interpreta a prostituta de luxo Danny Bond/Denise/Simone, quase totalmente nua.
A Globo, uma das maiores redes de comunicação do mundo, que cresceu durante a ditadura militar brasileira e pratica oligopólio inconstitucional com outras redes brasileiras, será o principal alvo da democratização e regulação econômica dos meios de comunicação.
Tarso Cabral Violin – advogado, professor de Direito Administrativo, autor do Blog do Tarso, está elaborando tese de doutorado sobre a Democratização da Mídia na Universidade Federal do Paraná – UFPR
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Tarso Lover

30 jan
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O meu amigo, grande jornalista e escritor, Palmério Dória escreveu um texto imperdível sobre Tarso de Castro, jornalista e editor do O Pasquim, que serviu de inspiração para meu nome. Fui autorizado por Palmério a publicar o texto:
TARSO LOVER
Palmério Dória*

Meados da década de 1980. Por volta das 11 da noite, Tarso de Castro abre a porta de blindex do Florentino carioca e passa como um bólido pela mesa em que estamos sentados, eu e Rubem Braga, com o uniforme de sempre: camisa social neutra, manga arregaçada, fora da calça, sapato mocassim. O genial cronista comenta, num tom representado de despeito:
– Esse é o único homem que eu invejo. Pegou todas as mulheres que eu queria pegar.
Rubem Braga, hein?, que namorou Tônia Carrero. Na volta do banheiro, senta conosco. João, o garçom instantâneo, serve-lhe “társica” dose de Grant’s. Tarso já pôs o pequeno João Vicente – uma homenagem a Jango –para dormir em sua casa no Jardim Botânico e está pronto para a noite. 

Outros começam a chegar: José Lewgoy, Fernando Sabino, acompanhado da mulher Lígia, que inspirou música de Tom Jobim, a amiga dela Lúcia Pedroso, eterna namorada de Juscelino Kubitschek, Jaime Lerner, Hélio Fernandes Filho, Fred Suter, Anna Maria Tornaghi, Agildo Ribeiro, Lúcio Mauro, Paulo Cesar Peréio, Hélio Fernandes Filho, Chico Caruso, Fernando Balbi, o artista plástico Angelo de Aquino… Uma constelação. E boa parte das 15 pequenas mesas do bar se transforma em um só.
Era uma noite comum no “boteco”. Há algum tempo o Antonio’s tinha virado mausoléo do bêbado desconhecido, e o Florentino, na última quadra da rua San Martin, tornou-se um dos principais redutos da boemia carioca e QG de Tarso, que fazia dos bares uma extensão das redações que comandava.
Mas foi no Antônio’s, bistrô também no Leblon, que Tarso conquistou uma das mulheres mais bonitas da década de 1970, a atriz e fotógrafa Candice Bergen, estrela de Ricas e Famosas – que até recentemente podia ser vista na TV na série americana Justiça Sem Limites. Foi assim:
Ele chega no Antonio’s, vê Candice Bergen com sua entourage, dá meia volta, pega um táxi, vai a uma floricultura, compra a corbeille mais linda com um dinheiro que não tem, volta para o Antonio’s, entra no bistrô, fica diante da musa e arranha em inglês: “Para a mulher mais bela do mundo”. Ela manda ele sentar e dali já saem namorados.
Dali pra frente, o folclore é imenso. Tome duas histórias:

Tarso vai encontrar Candice filmando na Bahia. Do hotel em que se hospedam, quando a namorada vai tomar banho, liga eufórico para o velho amigo João Ubaldo Ribeiro, em plena faina num jornal em Salvador:
– João Ubaldo, eu estou hospedado aqui num hotel com a Candice Bergen.

E João Ubaldo, incrédulo, devolve.
– E eu estou aqui com a Sophia Loren.

Na onda da anistia, Tarso foi encontrar o amigo Leonel Brizola em Nova York, onde o entrevistou para o Enfim, semanário que acabava de lançar. Brizola, claro, foi capa do tabloide. E havia um crédito miúdo da fotógrafa: Candice Bergen. É o tal charme da aventura.

No Florentino como no Antonio’s, qualquer que fosse o grupo, Tarso dava o tom do papo. Clown, o magnífico. Mesmo quando não estava presente, alguém se encarregava de alimentar o folclore romântico em torno da figura dele.

Certa noite chega com Zezé Motta. A atriz, deslumbrante, no auge do sucesso. Os dois enamorados iniciam Tetê-à-tête numa das tais mesinhas. À vontade, Tarso descalça o mocassim e começa a engavetar seus pés com as pernas de Zezé. De repente, não mais que de repente, como diria seu querido amigo Vinicius de Morais, solta um urro. Todos imaginam enfarte fulminante. Na operação, Tarso desloca o joelho e tem que sair carregado para o Hospital Miguel Couto, no Leblon. Ainda aos urros.

Na maioria das vezes, no entanto, Tarso chega desacompanhado. E à medida que a noite avança, fica com todos os sentidos em alerta para não permanecer assim, de olho nas avulsas, amigas ou futuras amigas. É muito comum alguma beldade lhe oferecer carona – ele não dirige mais; despachou recentemente um Dodge Dart caindo aos pedaços. Pode ser o começo de um novo romance.

A persistência de Tarso é lendária. Encerrava suas colunas na revista Afinal com um pedido: “Xuxa, dá pra mim!”. Foi confrontado certa vez por um estudante durante palestra em Belo Horizonte, que lhe cobrou compostura. Perguntou se não pegava mal “cara que participou tão intensamente da campanha das Diretas se prestar a esse papel”. Tarso coçou o queixo e devolveu com outra pergunta: “E se colar?”. A plateia aplaudiu em peso.

No fundo, no fundo, era variação de tática aplicada ainda em sua coluna na Última Hora para conquistar a socialite Sílvia Amélia Chagas Marcondes Ferraz, neta do sanitarista Carlos Chagas: “Estou a 200 metros de Silvia Amélia”. “Hoje, fiquei apenas 50 metros”. “Hoje, estou a 10 metros”. Houve uma disputa entre Tarso e Roberto, que teria inspirado a canção Detalhes. O rei da censura às biografias nega que Tarso seja o cara do trecho ”Se um outro cabeludo aparecer na sua rua”. O certo é que os dois tiveram cada qual seu romance com a Pantera de Ibrahim Sued. Silvia Amélia hoje é
baronesa Silvia Amélia de Waldner. Vive em Paris, casada com o herdeiro de uma das famílias mais tradicionais da França.

Tarso e Roberto Carlos se davam bem, mas uma situação no bar do Hippopotamus, na Praça Nossa Senhora da Paz, podia pôr essa relação em risco. Certa época, eu e Tarso íamos ao night club quase toda noite. O semanário O Nacional, sua derradeira aventura jornalística. Como Ricardo Amaral amava Tarso, tínhamos boca livre ali.

Myriam Rios, então casada com Roberto Carlos, diverte-se ali com amigas e o irmão. Roberto está em excursão na Venezuela. Myriam festeja a entrada de Tarso, que senta ao lado dela. Começa discreta troca de carinhos. Quando ficam mais intensas, o irmão sugere que partam. Ela faz que não ouve. Ele levanta-se, toma um braço da irmã, e fala no pé do ouvido dela: “Você não vai estrepar a gente!” (o irmão não disse exatamente estrepar). Myriam em pé, Tarso toma o outro braço, dando início a um cabo de guerra em que o irmão leva a melhor.

Tarso falava com ternura de todas as suas namoradas célebres (além das acima citadas, Leila Diniz e Regina Lecléry, que também namorou John Kennedy) e esposas (Barbara Oppenheimer e Gilda, mãe do João Vicente da Porta dos Fundos). E elas retribuíam com a mesma ternura.

Meses depois da morte de Tarso, topo com Betsy Monteiro de Carvalho saindo do banheiro do Florentino. Ali mesmo, em pé, emocionada, ela faz revelações. Conta que a casamento dela com Olavo Monteiro de Carvalho acabou no dia em que o empresário ouviu um papo dos dois na extensão. Acho que Betsy foi a última das deslumbrantes namoradas de Tarso.
*texto completo na IstoÉ Gente, junho, 2014


sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

A prestação de contas desastrosa da Petrobras

 

Jornal GGN - sex, 30/01/2015 - 06:00 Atualizado em 30/01/2015 - 06:00

 

 Luis Nassif

Os jornalões estão incorrendo em um ridículo intencional ao estimar a corrupção da Petrobras em R$ 88 bilhões. Foram auxiliados pela maneira desastrada com que a empresa está calculando e anunciando o “Impairment” no seu balanço.

A Força Tarefa do Lava Jato levantou dois números: a taxa de propina (paga pelos fornecedores) era de 3%; até agora o valor total das propinas foi de R$ 2,1 bilhões. Se aplicar os 3% sobre todos os investimentos do período Paulo Roberto Costa, chega a R$ 4,5 bilhões – quantia elevadíssima mas longe dessa ficção dos R$ 88 bilhões.

Os R$ 88 bilhões do teste do Impairment nada tem a ver com corrupção. Trata-se de um teste estimando o valor real de um ativo calculado em cima da projeção de resultados dele.

***

Um exemplo:

    O sujeito tem uma fábrica de cueca que dá lucro de R$ 100 mil por ano.

    Ele define um prazo de, digamos, 10 anos, e uma taxa de juros compatível com o mercado. Digamos, de 10% ao ano.

    Nesse caso, o valor do ativo (a fábrica de cuecas) será de R$ 614,5 mil.

Aí ocorre uma crise qualquer e derruba em 20% o resultado da companhia. Com R$ 80 mil de lucros anuais, o valor da empresa cai para R$ 491,6.

O teste do “Impairment” consiste em adequar o valor do ativo à nova situação. Mas não se faz automaticamente. O diretor da companhia chama o auditor e pondera: o mercado caiu 20% hoje mas pode se recuperar no próximo ano. E trata de incorporar gradativamente a diferença.

A diferença entra como ativo diferido e é tratada como despesa – ajudando a abater o Imposto de Renda devido.

***

O “Impairment” da Petrobras foi de R$ 88 bilhões. Significa que houve uma redução das expectativas de lucros de um grande conjunto de investimentos.

Parte dessa redução decorreu de gastos excessivos em alguns investimentos. Mas a maior parte foi decorrente da mudança do cenário econômico, com queda dos preços de petróleo, mudança no perfil de consumo etc.

Houve queda nos preços internacionais do petróleo que impactaram o pré-sal e derrubaram o valor potencial dos investimentos.

Suponha o seguinte, bem grosso modo para entender a lógica do “Impairment”.

    O custo de extração do barril do pré-sal é de US$ 40,00.

    A cotação internacional do barril está em US$ 120,00.

    A cotação cai para US$ 50. Nesse caso o teste do “Impairment” iria definir uma baixa de quase 88% nos ativos do pré-sal.

    Aí o mercado se recupera e a cotação vai para, digamos, US$ 70. Nesse caso, o teste iria exigir um aumento de 200% no valor dos ativos.

***

Por isso mesmo, nenhuma grande empresa lança de uma vez todo o ajuste do “Impairment” no balanço. E nem anuncia aos quatro ventos, como fez a diretoria da Petrobras.

Simplesmente chamaria o auditor interno e o externo, discutiria com eles e definiriam em conjunto uma maneira gradativa de incorporar o “Impairment” ao balanço, levando em conta o fato de que os cenários futuros são voláteis.

O mercado torcia por um ajuste radical porque todos esses valores seriam levados à conta de despesas, reduzindo drasticamente o Imposto de Renda nos próximos balanços – e, obviamente, aumentando os lucros.

***

Dilma precisa tirar o tema Petrobras do caminho para começar a governar. E não será com prestações de conta desastrosas que o tema desaparecerá do noticiário.

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Nas barbas do Dr. Moro, a família “enojada” continua aprontando

Fernando Brito, Tijolaço 

"Lembram da história do ladrão “convertido” Paulo Roberto Costa, sobre o “estar enojado” e ter se arrependido em defesa dos valores familiares?

Pois não é que a família Barrabás, agora santificada e protegida em acordos de  delação premiada, por seu caráter redimido, que lhe dá o direito de acusar qualquer um, continua aprontando, nas barbas do Dr. Sérgio Moro?

Graças a um erro da funcionária Catia Nunes Cavalcante, da agência carioca do Bradesco, que esbarrou na tecla errada e tascou mais três zeros num cheque administrativo de R$ 500 mil pedido por uma das filhas do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, Arianna Azevedo Costa Bachmann, ficamos sabendo que a moça continua fazendo altos negócios.

Porque, afinal, quem está com bens bloqueados e tem dinheiro para pedir de sua conta bancária dois cheques de R$ 500 mil e R$150 mil.

Como o cheque foi emitido errado e a goela é grande, Arianna reteve o documento e está sendo processada para devolvê-lo ao banco.

Mas, francamente, você acha que alguém recebe um cheque de 500 mil reais e não percebe na hora que está escrito mil vezes mais?

Que a funcionária, que preenche num terminal – daqueles, inclusive, que têm teclas de três zeros – dezenas de cheques todo dia tem “comido mosca”, vá lá. Uma fez um funcionário do antigo Banerj errou a digitação de um número e foram parar dois mil reais a mais na conta de minha mãe. Claro, devolvidos imediatamente.

Mas que essa moça, com os bens bloqueados, movimente na sua conta pessoal uma quantia de R$ 650 mil é o “ó”, não é, Dr. Moro?

De onde veio essa grana? De salário? Do cofrinho? Do tal baú escondido no quintal da casa?

Foi fruto de sua atividade de corretagem? Será que ela vendeu o Taj Mahal?
A família Costa é uma organização criminosa, que foi previamente perdoada pelos nossos doutos procuradores do Ministério Público e o seu patriarca é tratado como o oráculo de onde vem a verdade e a honradez.

Mas aí, descobre-se que a filha do enojado, em plena virada do ano, numa situação em que deveria estar dependendo até dos parentes para comprar um tender bolinha para o reveillon, saca R$ 650 mil em cheques administrativos de sua conta.

E como um dos cheques vem errado, com R$ 500 milhões em lugar de R$ 500 mil, ainda retém o documento, quem sabe para ver se tirava mais algum também disso.

E o Ministério Público, com o Dr. Moro, oferecendo casa, comida e roupa lavada para a família honrada apontar todos os desonestos da Petrobras.
Viva o Brasil!"