sábado, 19 de dezembro de 2009

Acordo parcial sobre clima deixa nova reunião para 2010

Copenhague ( Dinamarca) - Presidente Lula, ao lado do presidente Obama, participa de reunião com chefes de Estado da China, Índia e África do Sul. Foto: Ricardo Stuckert/ABr
A 15ª Conferência das Nações Unidas contra o aquecimento global terminou a semana, em Copenhague, com um acordo parcial entre Estados Unidos, China, Índia, África do Sul e Brasil, para controlar a emissão de poluentes. As primeiras informações são de que não houve um acordo mais amplo, e que vários presidentes e chefes de Estado deixaram a cúpula antes do encerramento do encontro nesta sexta-feira.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou hoje que a conferência teve progresso, mesmo que o resultado das negociações não seja uma obrigação legal e que não seja suficiente para alcançar as metas de aquecimento global até 2050. Ainda assim, ele classificou o acordo como um "avanço significativo e sem precedentes". "Será preciso fazer mais antes que o mundo seja capaz de organizar um tratado obrigatório. É preciso construir uma confiança entre as nações ricas e os países em desenvolvimento", afirmou Obama.

O chefe da delegação da China disse que o acordo conjunto fez do encontro de cúpula um sucesso. Xie Zhenhua, que também é vice-presidente da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China, disse que o primeiro-ministro Wen Jiabao também está feliz com o acordo.

Não está claro se a União Europeia, a Rússia e o Japão irão aderir ao acordo parcial dos EUA com as quatro nações. Segundo informações da agência "Associated Press", o Brasil está no acordo, mas isso não foi confirmado pelo governo brasileiro. A saída antecipada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva da Dinamarca não deixou claro se o Brasil aceitou os termos.

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, disse que uma nova conferência sobre as mudanças climáticas será realizada na Alemanha em seis meses.

Acordo

Hoje, um funcionário da Casa Branca disse que países desenvolvidos e em desenvolvimento concordaram em listar suas ações nacionais e compromissos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Segundo ele, haverá um mecanismo para enviar recursos para ajudar os países em desenvolvimento a pagar por tecnologia e projetos para se ajustarem às mudanças climáticas, como a elevação dos níveis dos mares.

O acordo estabelece como alvo um aumento de 2 graus Celsius da temperatura global. Espera-se que os países forneçam informações sobre a implementação das ações para cortar as emissões de dióxido de carbono, com meios para consultas internacionais e análises sob diretrizes definidas, disse o funcionário.

Detalhes sobre os passos para o corte de gases de efeito estufa - que devem ser aprovados pelo Congresso norte-americano - ainda não estão disponíveis. A chamada questão de transparência é um entrave nas discussões entre Estados Unidos e China.

Com informações da Dow Jones.

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