Na condição de Professora Aposentada quero prestar uma homenagem aos professores de São Paulo pela incessante luta em defesa de uma escola pública e de qualidade. Assim, publico um poema de uma amiga que também luta com a mesma garra para atingir este objetivo. Estendo a homenagem a todos os professores brasileiros que, em condições muitas vezes precárias, não deixam a peteca cair e conseguem realizar um bom trabalho dignificando a EDUCAÇÃO.
ORAÇÃO DO PROFESSOR
(Maria de Fátima Machado Cruz)
Senhor, vou entrar na sala de aula e preciso de você.
Ser chamado de mestre me assusta.
Tenho a História nas mãos porque resgato o passado,
Ensino a ler o presente, armando as paredes do futuro.
Ao quebrar os muros, ajudo a tecer a vida e arrumar o coração dos
homens.
Não posso ser transmissor de letras mortas (portas trancadas),
Quero despertar a mente, cultivando a semente de cada ser.
Livra-me da tentação do poder e crer que sou mais,
Somos todos iguais, Senhor.
Só ensino quando tenho a humildade de aprender
Não quero nunca dominar,
controlar,
dirigir,
Apenas tentar emergir a consciência,
a inteligência,
E fazer da Educação, uma condição de diálogo.
Dar ao aluno o direito de pronunciar a Sua Palavra
E não repetir simplesmente, engolir a lição desgastada
A visão inquestionada dos mais fortes.
Que a minha sala de aula respire democracia
E a liberdade inspire responsabilidade.
Senhor, me ensine a respeitar na criança,
A esperança do novo, a surpresa, o inesperado.
Não posso colocá-las enfileiradas,
condicionadas dentro de uma forma.
Devo ajudá-las a assumir sua própria forma.
Sem normas estabelecidas
E aprender a escutar,
a confiar,
a aceitar a crítica,
a sugestão,
a participação de todos.
Meu mestre, me ajude a correr o risco
De educar para libertar o homem
E, num exercício de alegria, transformar a realidade fria.
Só assim serei fiel ao compromisso mais profundo
De ser Sal da Terra
E
Luz do Mundo.
Matéria publicada por Leda Ribeiro (Colaboradora do Blog)
(Maria de Fátima Machado Cruz)
Senhor, vou entrar na sala de aula e preciso de você.
Ser chamado de mestre me assusta.
Tenho a História nas mãos porque resgato o passado,
Ensino a ler o presente, armando as paredes do futuro.
Ao quebrar os muros, ajudo a tecer a vida e arrumar o coração dos
homens.
Não posso ser transmissor de letras mortas (portas trancadas),
Quero despertar a mente, cultivando a semente de cada ser.
Livra-me da tentação do poder e crer que sou mais,
Somos todos iguais, Senhor.
Só ensino quando tenho a humildade de aprender
Não quero nunca dominar,
controlar,
dirigir,
Apenas tentar emergir a consciência,
a inteligência,
E fazer da Educação, uma condição de diálogo.
Dar ao aluno o direito de pronunciar a Sua Palavra
E não repetir simplesmente, engolir a lição desgastada
A visão inquestionada dos mais fortes.
Que a minha sala de aula respire democracia
E a liberdade inspire responsabilidade.
Senhor, me ensine a respeitar na criança,
A esperança do novo, a surpresa, o inesperado.
Não posso colocá-las enfileiradas,
condicionadas dentro de uma forma.
Devo ajudá-las a assumir sua própria forma.
Sem normas estabelecidas
E aprender a escutar,
a confiar,
a aceitar a crítica,
a sugestão,
a participação de todos.
Meu mestre, me ajude a correr o risco
De educar para libertar o homem
E, num exercício de alegria, transformar a realidade fria.
Só assim serei fiel ao compromisso mais profundo
De ser Sal da Terra
E
Luz do Mundo.
Matéria publicada por Leda Ribeiro (Colaboradora do Blog)
Nenhum comentário:
Postar um comentário