Duas análises feitas por cinetistas politicospara você ler e dar sua opinião
O voto no terceiro mandato
Estudos do cientista político e sociólogo Antonio Lavareda, agudo analista de pesquisas da MCI, com a experiência de 76 campanhas eleitorais, identificam este como sendo o voto no terceiro mandato transferido a Dilma.
A pergunta que jornalistas e analistas de dados eleitorais mais têm ouvido de empresários, do sistema financeiro, de investidores, diplomatas estrangeiros e até mesmo de políticos de interesses conflitantes entre si é se têm razão aqueles já engajados na tese de que a sucessão se definiu e está eleita a candidata do PT. Isto inclui dispensar a campanha dos adversários que deveriam desistir da disputa e arrumarem suas vidas em projetos ainda viáveis, deixando livre o espaço para a unção.
Dilma continuará crescendo porque sua fonte de intenções de votos não se esgotou. "Acho compreensível, primeiro pelo volume de exposição dela, mas não apenas isso. Havia um mercado potencial para ela crescer bastante. Que mercado era este? Pode-se falar em petismo, em adoração ao Lula, mas independentemente disso pode-se dizer que ela cresceu no eleitorado do terceiro mandato do Lula", assinala Lavareda.
Os que gostariam de votar em Lula para um terceiro mandato, à medida em que vão tomando conhecimento que ele não é candidato mas tem uma candidata de sua escolha, aumentam as intenções de voto na ministra.Aqui você lê a matéria completa
Cientista político da FGV vê favoritismo de Dilma
A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, deve despontar nos próximos meses como a favorita para suceder o Presidente Lula nas eleições de outubro.
A avaliação foi feita por Fernando Abrucio, cientista político e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV): "O favoritismo de Dilma tende a florescer em meio a um cenário de inflação baixa, crescimento econômico e aumento do emprego"
A ministra, observou o cientista político, ainda poderá colher os frutos dos altos índices de aprovação de Lula e, sobretudo do governo.
"A diferença entre a popularidade dos dois indicadores diminuiu nas últimas pesquisas, o que é positivo para a campanha de Dilma", disse. Apesar do Presidente ser um grande cabo eleitoral, Abrucio acredita que o governo terá uma capacidade de transferência de votos maior.
"Com Lula fora da disputa, o eleitor vai pesar se quer ou não a continuidade. O voto está muito associado a uma sensação de bem-estar social por parte da população, que está satisfeita", afirmou Abrucio.
A percepção favorável, acrescentou, cresceu também com a expansão de investimentos em educação, com a criação de universidades e escolas técnicas, e o programa Minha Casa Minha Vida. Mesmo com a combinação destes fatores, Serra ainda permanece um candidato competitivo, com grandes trunfos para explorar durante a campanha.
Segundo Abrucio, o tucano tem a seu favor a experiência eleitoral e densidade política muito maior do que a sua adversária. Além disso, conta com um recall acima de 30%, patamar só superado por Lula. "A Dilma não tem biografia política para ganhar uma eleição presidencial sozinha, enquanto o tucano se tornou um político mais maleável após a derrota nas eleições de 2002".
Abrucio lembrou que Serra fez uma gestão bem avaliada no Ministério da Saúde. Junto com segurança pública, a saúde está entre os principais pontos negativos do governo Lula, conforme captaram Datafolha e Ibope.
Ele previu ainda que o deputado Ciro Gomes (PSB-CE), se realmente confirmar a intenção de disputar, estará sem alianças e não irá ultrapassar a casa dos 10% de votos, podendo atrapalhar as coligações estaduais do PSB. Já a senadora Marina Silva (PV-AC), contará com o apoio dos eleitores mais escolarizados, que estão cansados da polarização entre PSDB e PT. "No entanto, o teto dela será de 15%. Até porque os eleitores pobres, que definem a eleição, não votam nela", concluiu. Aqui o a matéria completa
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