20 Maio 2010
Milhares de voluntários vão mobilizar-se numa campanha de limpeza do Rio de Janeiro. É o projecto Limpa Brasil, lançado no Fórum Internacional de Comunicação e Sustentabilidade, que decorre esta semana na cidade carioca.
“Vamos limpar primeiro a cidade do Rio de Janeiro e depois fazer em todos os estados brasileiros”, disse a directora da organização Atitude Brasil, Marta Rocha, uma das articuladoras da faxina, que deverá acontecer em Março de 2011.
A ideia é que, em 24 horas, a campanha de limpeza mobilize 150 mil voluntários, 50 empresas e 12 instituições públicas. “Essa campanha é uma provocação na mudança de atitude, nos hábitos do cidadão brasileiro”, anunciou Marta Rocha.
O Limpa Brasil é baseado na iniciativa do projeto Let’s Do It (vamos fazer isto), idealizado pelo ambientalista Rainer Nolvak, que, em cinco horas e mobilizando 50 mil voluntários, conseguiu limpar a Estônia em 2008.
Se a iniciativa partisse do governo, teria levado três anos e gastaria cerca de 22,5 milhões de euros, segundo estima Rainer Nolvak. “Começou com um simples sonho: e se o país estivesse totalmente limpo? Parecia impossível no começo, mas foi algo muito poderoso", disse.
Neste ano quatro países já realizaram dias de limpeza. Em Portugal, a mobilização ocorreu em Março, com cerca de 100 mil portugueses a removerem dezenas de toneladas de lixo, lembrou Rainer Nolvak.
Porém, num país como o Brasil, com quase 190 milhões de habitantes, a capacidade de limpar ainda gera desconfiança.
“Pelo que tenho conversado com os brasileiros, eles têm manifestado interesse. E por que não fazer? Esta será a história dos cariocas”, afirma, questionando: “Como humanidade, nós já levamos o homem à lua, temos foguetes, mas diga-me, honestamente, não podemos limpar o lixo?”
Segundo as Nações Unidas, o Brasil é o mercado emergente que gera anualmente o maior volume de lixo electrónico per capita. Além disso, é o país emergente que mais toneladas de frigoríficos abandona a cada ano por pessoa e um dos líderes em descartar telemóveis, televisores e impressoras.
A estimativa é de que, no mundo, 40 milhões de toneladas de lixo electrónico são geradas por ano, grande parte das quais nos países ricos. Só a Europa é responsável por um quarto desse lixo. Contudo, a ONU alerta para a explosão do fenómeno nos países emergentes e a falta de capacidade para lidar com esse material.
Segundo a mais recente sondagem do governo brasileiro, a quantidade diária de lixo urbano recolhida no país ronda as 228 413 toneladas, o que representa 1,25 quilos diários por cada um dos seus 182 420 808 habitantes.
Outro estudo do governo brasileiro revelou que o país perde oito mil milhões de reais (3,5 mil milhões de euros) anualmente por não reciclar.
Notíticas Lusófonas
“Vamos limpar primeiro a cidade do Rio de Janeiro e depois fazer em todos os estados brasileiros”, disse a directora da organização Atitude Brasil, Marta Rocha, uma das articuladoras da faxina, que deverá acontecer em Março de 2011.
A ideia é que, em 24 horas, a campanha de limpeza mobilize 150 mil voluntários, 50 empresas e 12 instituições públicas. “Essa campanha é uma provocação na mudança de atitude, nos hábitos do cidadão brasileiro”, anunciou Marta Rocha.
O Limpa Brasil é baseado na iniciativa do projeto Let’s Do It (vamos fazer isto), idealizado pelo ambientalista Rainer Nolvak, que, em cinco horas e mobilizando 50 mil voluntários, conseguiu limpar a Estônia em 2008.
Se a iniciativa partisse do governo, teria levado três anos e gastaria cerca de 22,5 milhões de euros, segundo estima Rainer Nolvak. “Começou com um simples sonho: e se o país estivesse totalmente limpo? Parecia impossível no começo, mas foi algo muito poderoso", disse.
Neste ano quatro países já realizaram dias de limpeza. Em Portugal, a mobilização ocorreu em Março, com cerca de 100 mil portugueses a removerem dezenas de toneladas de lixo, lembrou Rainer Nolvak.
Porém, num país como o Brasil, com quase 190 milhões de habitantes, a capacidade de limpar ainda gera desconfiança.
“Pelo que tenho conversado com os brasileiros, eles têm manifestado interesse. E por que não fazer? Esta será a história dos cariocas”, afirma, questionando: “Como humanidade, nós já levamos o homem à lua, temos foguetes, mas diga-me, honestamente, não podemos limpar o lixo?”
Segundo as Nações Unidas, o Brasil é o mercado emergente que gera anualmente o maior volume de lixo electrónico per capita. Além disso, é o país emergente que mais toneladas de frigoríficos abandona a cada ano por pessoa e um dos líderes em descartar telemóveis, televisores e impressoras.
A estimativa é de que, no mundo, 40 milhões de toneladas de lixo electrónico são geradas por ano, grande parte das quais nos países ricos. Só a Europa é responsável por um quarto desse lixo. Contudo, a ONU alerta para a explosão do fenómeno nos países emergentes e a falta de capacidade para lidar com esse material.
Segundo a mais recente sondagem do governo brasileiro, a quantidade diária de lixo urbano recolhida no país ronda as 228 413 toneladas, o que representa 1,25 quilos diários por cada um dos seus 182 420 808 habitantes.
Outro estudo do governo brasileiro revelou que o país perde oito mil milhões de reais (3,5 mil milhões de euros) anualmente por não reciclar.
Notíticas Lusófonas
Um comentário:
Infelizmente aqui em Portugal a iniciativa foi um pouco frustrante porque uma empresa ligada a engenharia do ambiente aproveitou-se da iniciativa e despejou na mata toneladas de lixo para os voluntários recolherem.
Espero que para o ano os voluntários não desanimem e pensem no ocorrido apenas como um oportunismo pontual.
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