Palestrei ontem (sábado) na edição paulista da Caravana Digital, organizada pelo estrategista da campanha de Dilma Rousseff na internet, Marcelo Branco, coordenador da Campus Party Brasil. Essa caravana está percorrendo o país para ensinar a militância petista a usar as redes sociais – Twitter, Facebook, Orkut, blogs e outras.
Vale deixar claro que atendi ao convite de Branco como atenderia a um impensável convite do Eduardo Graeff – a mente tucana por trás da campanha de Serra na internet – para palestrar em evento do PSDB, caso o partido garantisse a minha integridade física.
De qualquer forma, foi um encontro bem interessante porque pude aprender com os outros palestrantes (Maria Fro, Sergio Amadeu e o próprio Marcelo Branco) e, também, passar ao público presente e ao da transmissão por Web TV as minhas experiências como blogueiro, ativista político e usuário da internet como forma de mobilizar e até de influir no processo político.
Narrei as experiências de criação deste blog, de criação do Movimento dos Sem Mídia e as principais ações deste, como o ato de protesto contra a Ditabranda da Folha de São Paulo e como a representação do MSM ao Ministério Público pedindo investigação das pesquisas.
Infelizmente, não achei nenhum vídeo do encontro. As palestras foram bem esclarecedoras. É importante que partidos comecem a prestar mais atenção às redes sociais da internet.
Como disse em minhas intervenções no evento em questão, quando escrevo aqui ou em qualquer outra parte da rede mundial de computadores estou pregando para convertidos tanto quanto fazem os outros blogueiros. Esse é o fenômeno de blogs políticos como este, aliás.
Explicava que antes da internet as pessoas de esquerda não-partidarizadas tinham uma certa “vergonha” de assumirem suas preferências políticas devido a que a grande mídia só dava espaço ao pensamento conservador. Então dava medo de ir contra a corrente…
Eis, porém, que surge a internet para juntar em blogs como este, e em tantas outras redes sociais, essa esquerda não-partidarizada.
Apesar de não acreditar que eu e outros blogueiros de qualquer ideologia consigamos moldar a opinião política de alguém, penso que blogs como este – mais à esquerda e simpatizante do PT – ou os dissimulados de direita como o de um Noblat – cujo tom o revela simpatizante do PSDB – fornecemos argumentos ao debate político.
No caso de blogs como este, porém, não é só a produção de argumentos político-ideológicos. Aqui também se produzem ações concretas que influem no cenário político, ainda que tal fenômeno seja exceção.
Estou certo de que ao transmitir as minhas experiências como blogueiro e ativista político independente à militância petista pude contribuir para que essa militância reflita sobre como usar a internet de forma inteligente e efetiva, pois a rede mundial de computadores pode ser útil ou inútil em política, dependendo do uso que se faça dela.
Vale lembrar que os grandes benefícios que o PT já colheu das ações da blogosfera progressista jamais tiveram a sua participação. É bom que os petistas de carteirinha aprendam como fazerem eles mesmos o que terceiros têm feito por eles, muitas vezes sem que o partido sequer tivesse tomado conhecimento.
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