Além da revitalização da área, obras permitirão acesso de navios maiores e maior movimentação de cargas
Cláudio Motta – O GLOBO
O Porto do Rio vai comemorar cem anos de inauguração oficial no dia 20 de julho fazendo mais planos para o futuro do que festa para celebrar sua história. A Companhia Docas do Rio de Janeiro ainda não tem qualquer programação oficial para comemorar o centenário.
Mas já há obras e planos de investimento, tanto dos governos federal, estadual e municipal como de empresas que operam no local. Sem falar do processo de revitalização urbanística da região, sobretudo na área mais antiga, próximo à Praça Mauá e ao cais da Gamboa.
Já está em andamento o aumento da profundidade dos canais de acesso dos navios ao Porto. O calado vai passar de 12,5 metros de profundidade para 15,5. Obra tocada com dinheiro federal. Isso vai possibilitar o atracamento de navios maiores, tendência do mercado mundial.
Além de mais profundidade para navegar, os navios maiores exigem mais espaço de atracamento no cais. Por isso as empresas que operam no Porto vão fazer um aterro para alongar os chamados berços. E aumentarão a capacidade de movimentação de contêineres de 900 mil TEUs (um TEU equivale a um contêiner de seis metros de comprimento) por ano para três milhões. A construção de um edifício-garagem permitirá o aumento da capacidade de exportar e importar veículos, passando de 240 mil para 450 mil por ano. Só uma empresa, a Multiterminais, vai gastar R$ 300 milhões para construir cais e edifício-garagem e comprar equipamentos.
Mais movimentação de carga para os navios significa mais acesso de caminhões ao Porto. Hoje, as carretas precisam ir até quase a Rodoviária Novo Rio, fazendo o retorno no prédio do antigo “Jornal do Brasil”. A prefeitura está construindo um novo acesso rodoviário pela Avenida Brasil, chamado de Via Alternativa, para evitar o tráfego pesado dentro da cidade. O investimento municipal no chamado projeto Porto Maravilha é de R$ 24,2 milhões. E inclui a implantação de drenagem, revitalização do Morro da Conceição e da Casa da Guarda.
Além disso, o Porto espera a construção da chamada Avenida Portuária, que teria parte bancada pela Ponte Rio-Niterói, que ganharia um acesso direto à Linha Vermelha. A concessionária ainda está negociando os termos desta obra, que possivelmente redundaria em mais prazo para explorar a via. Além disso, diminuiria os engarrafamentos, sobretudo na parte da tarde, quando é grande o fluxo de veículos para a Avenida Brasil e a Linha Vermelha.
O ministro dos Portos, Pedro Brito, pretende licitar ainda este ano projetos que envolvem recursos de R$ 314 milhões.
Entre eles, a construção de três novos píeres e seis cais destinados a passageiros.
Além desses recursos, estão sendo investidos R$ 295 milhões em obras como o reforço estrutural do cais da Gamboa e dragagem.
— Não estou sendo ufanista, mas realista. O Porto vai ficar muito mais eficiente, está se transformando de forma radical.
Os investimentos já estão acontecendo.
A dragagem será concluída em fevereiro de 2011. As obras de ampliação estarão totalmente concluídas em um ano e meio. Além disso, falando de futuro, estamos no PAC 2 com obras importantes para o Rio. A primeira delas é o cais para passageiros.
Essa obra deve ser lançada neste ano para estar pronta durante a Copa do Mundo. O Rio, como sabemos, tem escassez de oferta hoteleira. O plano é contratar navios ancorados que servirão de alternativa na Copa — disse o ministro.
Postado por Luis FavreComentários Tags: governo RJ, PAC, PAC 2, Porto RJ, prefeitura Rio, Rio, RJ Voltar para o início
Do Blog do Favre.
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