quinta-feira, 21 de abril de 2011

Em Minas, Dilma faz o que Aécio não fez: Vale vai ter que dividir mais a riqueza da mineração com o povo

Em discurso hoje (21) na cidade de Ouro Preto (MG), capital do ciclo do ouro no século 17, a presidenta Dilma Rousseff fez o que os tucanos, que governam Minas há anos, não se mexeram para fazer.

Se comprometeu a enviar ao Congresso Nacional o marco regulatório do setor de mineração, fazendo com que empresas como a mineradora Vale deixem uma parcela maior da riqueza para o povo.

“Não é justo e não contribui para o desenvolvimento do Brasil que os recursos minerais do país sejam daqui tirados e não haja a devida compensação. Essa compensação é condição para que nossas reservas naturais tenham um sentido, que não se concentrem na mão de poucos”, disse a Presidenta.

Atualmente, os royalties sobre o ferro e outros minerais extraído pela Vale, é uma porcentagem muito menor do que os royalties sobre o petróleo pago pela Petrobras. Também é muito menor do que o que se cobra em países como a Austrália.

Só a mineradora Vale e seu maior acionista privado (o Bradesco), através de empresas ligadas, injetaram pelo menos R$ 7,25 milhões nas campanhas eleitorais tucanas de Aécio Neves e Anastasia, em 2010.

Coincidentemente, o senador Aécio, em seus discursos, se posiciona contra o governo federal e a favor dos interesses privados na empresa, em vez de defender que a mineradora pague mais royalties para o povo mineiro.

Dilma recebe a maior homenagem de Minas

A celebração do 21 de abril, dia de Tiradentes, é a data política mais importante do governo Mineiro, e a Presidenta foi a principal convidada e homenageada com a Medalha da Inconfidência.

Outros ministros e governadores também ganharam a comenda, como os ministros da Saúde, Alexandre Padilha; da Cultura, Ana de Holanda; da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho; do Planejamento, Miriam Belchior; e da Justiça, Jose Eduardo Cardozo; o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT/SP); e os governadores da Bahia Jaques Wagner (PT), do Espírito Santo, José Renato Casagrande (PSB); e do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini (DEMos).

O grande ausente foi o senador Aécio Neves (PSDB/MG), ainda de "ressaca" com o escândalo do bafômetro, e com um comportamento no senado que tem mais a ver com Joaquim Silvério dos Reis do que com Tiradentes.

Dilma e o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, acompanharam o sepultamento dos restos mortais de três inconfidentes, no Museu da Inconfidência. Mortos há mais de 200 anos no degredo na África, as ossadas de Domingos Vidal Barbosa, João Dias da Mota e José de Resende Costa foram identificadas pela Universidade de Campinas (Unicamp) após 10 anos de estudo e agora se juntaram aos 13 inconfidentes já sepultados no monumento. (Com informações da Agência Brasil)

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