Redação SRZD
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou na noite do último sábado o Fundo Monetário Internacional (FMI) por ter reduzido as projeções de crescimento para o Brasil. Segundo ele, o país não vai passar por grandes problemas com a crise mundial.
A afirmação foi feita mesmo depois do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, avisar que é provável que também diminua as expectativas.
O ex-presidente se pronunciou durante um jantar oferecido pelo Itaú BBA para 120 convidados em Washington, visando a proximidade do encontro anual do FMI. Segundo Lula, mesmo com segurança diante da crise, o Brasil ainda tem que aprender com a China a expandir o mercado consumidor.
No mesmo evento, que ocorreu no lobby da Biblioteca do Congresso americano, estavam o presidente da Febraban, Murilo Portugal, que já foi diretor executivo do FMI e o próprio Tombini. A palestra foi fechada à imprensa, mas tinha o objetivo de debater os avanços e desafios para os próximos anos na América Latina.
Aos jornalistas, Lula afirmou que o Brasil tem grande solidez macroeconômica e uma política fiscal correta. Ele também lembrou das reservas financeiras nacionais e dos projetos de investimentos, além do pré-sal, que disse não ser "pouca coisa."
O ex-presidente afirmou, porém, que o Brasil não pode achar que está imune a crise. Lula disse que é preciso estimular o mercado de consumo interno e ficar atento aos países vizinhos.
Ele criticou ainda os governos da Europa, que teriam demorado a agir, e disse que o FMI não se moveu para conter a crise, afirmando que o fundo não teria dado nenhum palpite consistente durante os últimos três anos.
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