Dilma embarca para Nova York e se prepara para estreia na ONU
Discurso da presidente ainda não foi finalizado, mas falará da crise mundial
A presidente será a primeira mulher a abrir a Assembleia-Geral da ONU |
A presidente Dilma Rousseff embarca na noite deste sábado (17) com destino a Nova York, nos Estados Unidos, onde na próxima quarta-feira (21) abre a Assembleia-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas). É a primeira vez que o evento será inaugurado por uma mulher.
O discurso de abertura da 66ª Assembleia-Geral da ONU será o primeiro da presidente brasileira diante de praticamente todos os líderes mundiais: mais de 190 participam do encontro, que é transmitido para vários países.
De acordo com o Itamaraty, o texto do discurso só será finalizado na véspera - ou seja, na terça-feira (20). O conteúdo que será lido por Dilma começa a ser definido a partir de uma lista elaborada pelo Ministério das Relações Exteriores com uma série de temas. Até o fechamento da versão final, vários rascunhos passam por assessores, ministros e pela própria presidente.
Fontes do Palácio do Planalto e do Itamaraty disseram ao R7 que dois assuntos certamente serão abordados: a crise econômica mundial e a situação do mundo árabe.
Uma poposta para a resolução da crise, no entanto, não será apresentada. Em relação ao mundo árabe, Dilma deve dar atenção especial à Líbia e à criação do Estado Palestino.
Antes de subir à tribuna, ela se encontrará com o secretário-geral das Nações Unidas, o sul-coreano Ban Ki-moon.
As assembleias gerais da ONU acontecem desde 1945, quando a organização foi criada. A primeira sessão especial foi aberta em 1947 por um diplomata brasileiro. Desde então, cabe ao Brasil inaugurar os encontros, por ter sido o primeiro membro das Nações Unidas.
Os temas desta assembleia, que reunirá chefes de Estado do mundo todo, serão justamente a crise econômica internacional, o futuro político da Líbia e a criação do Estado Palestino, entre outros.
A viagem aos Estados Unidos
Dilma viajará pela primeira vez aos Estados Unidos desde que tomou posse, em janeiro. A visita já estava prevista desde que o presidente americano, Barack Obama, veio ao Brasil, em março.
Em Nova York, ela terá encontros bilaterais com Obama e com os presidentes do México, Felipe Calderón, da França, Nicolas Sarkozy, e com o primeiro-ministro britânico, David Cameron, marcados para terça. Outros encontros ainda podem acontecer, já que mais de 40 países, entre eles a Nigéria, solicitaram audiência com a presidente brasileira.
Na segunda-feira (19), ela participa pela manhã de uma reunião na ONU sobre Doenças Crônicas Não-Transmissíveis. À tarde, vai a um encontro que discute políticas para as mulheres.
Homenagem
Na terça à noite, Dilma receberá um prêmio por Serviço Público oferecido pelo Woodrow Wilson International Center for Scholars. A homenagem existe desde 1998 e é concedida a líderes que tenham trabalhado para melhorar a qualidade de vida dentro e fora de seus países.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a pediatra Zilda Arns, morta no terremoto do Haiti, em janeiro de 2010, receberam o prêmio em outras edições.
Dilma terá a companhia de seis ministros na viagem: Antonio Patriota (Relações Exteriores), Alexandre Padilha (Saúde), Fernando Pimentel (Indústria e Comércio Exterior), Orlando Silva (Esporte), Helena Chagas (Secretaria de Comunicação Social) e Maria do Rosário (Direitos Humanos). A comitiva retorna a Brasília na sexta-feira (23).
No R7
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