sábado, 24 de setembro de 2011

Merval imortal

O acadêmico Eduardo Portella, ministro da Educação de João Figueiredo e secretário da mesma pasta no Governo Moreira Franco, ao saudar o ingresso de Merval Pereira na Academia Brasileira de Letras, definiu bem o papel do novo imortal como “substituto” da oposição:
“Diante da ineficiência das oposições, quem segura a flama da consciência crítica no país são os jornalistas. É aí que existe um núcleo vigoroso de contestação racional do poder. É importante distinguir a consciência moral da bravata. O Merval é uma pessoa que pratica a denúncia tranquila, na qual o vigor moral se impõe por ele mesmo, dispensando os adjetivos exaltados”.
De fato, a onipresença midiática de Merval Pereira, somada ao ar aristocrático, o fazem parecer alguém que, de sua cátedra de pretensão, é capaz de ditar ordens aos mortais. Sua imparcialidade é tanta que sempre está do mesmo lado, o de lá.
Então, agora que deslustra a já tão opacizada Casa de Machado de Assis, que saiba possa ler o que o bruxo do Cosme Velho escreveu em seu fantástico O Alienista:
(…) Estando os loucos divididos por classes, segundo a perfeição moral que em cada um deles
excedia às outras, Simão Bacamarte cuidou em atacar de frente a qualidade predominante. Suponhamos um modesto. Ele aplicava a medicação que pudesse incutir-lhe o sentimento oposto; e não ia logo às doses máximas,— graduava-as, conforme o estado, a idade, o temperamento, a posição social do enfermo. Às vezes bastava uma casaca, uma fita, uma cabeleira, uma bengala, para restituir a razão ao alienado; em outros casos a moléstia era mais rebelde; recorria então aos anéis de brilhantes, às distinções honoríficas, etc. Houve um doente poeta que resistiu a tudo.
Simão Bacamarte começava a desesperar da cura, quando teve a idéia de mandar correr matraca para o fim de o apregoar como um rival de Garção e de Píndaro.
— Foi um santo remédio, contava a mãe do infeliz a uma comadre; foi um santo remédio.
No Tijolaço
Merval Pereira toma posse na Academia Brasileira de Letras sem nunca ter escrito um livro
O picareta Merval Pereira substitui o escritor de verdade Moacyr Scliar na cadeira 31 da ABL (Academia Brasileira de Letras). Em sua longa (61 anos) e inútil vida jamais escreveu nenhuma obra literária: publicou dois livros com coletâneas de seus horrendos artigos escritos para jornais. Se tivessem algum valor jornalístico suas "obras" teriam sido premiadas em sua área, mas ninguém jamais pensou numa ofensa dessas ao jornalismo.
Além de seu lixo impresso destaca-se como insuflador do ódio e disseminador da burrice nas organizações Globo de rádio e TV. Uma vergonha para uma academia que destaca-se por nunca ter tido a menor vergonha em lamber as botas do poder elegendo ditadores, políticos e, agora, jornalistas de esgoto.
Imaginem o cheiro
No Esquerdopata

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