Chegando em Brasília, recebo a boa notícia de que todos os seis ministros que já ocuparam a Secretaria de Direitos Humanos desde que ela foi criada no Governo Fernando Henrique Cardoso – Paulo Vannuchi; Mario Mamede Filho; Nilmário Miranda; Paulo Sérgio Pinheiro; Gilberto Sabóia; e José Gregori e a atual, a Ministra Maria do Rosário - vieram ao Congresso pedir a aprovação do projeto que cria a Comissão da Verdade, a partir do requerimento de urgência que apresentei à Câmara.
São respeitáveis as razões de quem acha que, aqui e ali, poderiam ser feitas melhorias no projeto. Mas isso vai retardar em meses ou anos a sua aprovação. E a carta divulgada hoje pelos ex-ministros e por Maria do Rosário vai direto ao ponto central desta aprovação rápida:
“O direito à memória e à verdade é uma conquista que podemos deixar de legar ao nosso povo. Nosso desafio hoje é uma corrida contra o tempo: as memórias ainda vivas não podem ser esquecidas, e somente conhecendo as práticas de violação desse passado recente, evitaremos violações no futuro”.
Aos que têm respeitáveis, como disse, reparos a fazer ao projeto, apelo para que se inspirem nos versos do poeta Antonio Machado: “caminhante, não há caminho, o caminho se faz ao andar”.
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