sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

2011: Privataria Tucana, despedidas, "primaveras", dramas pessoais e outros afins

Este livro representa o maior fato político das últimas décadas, mas a grande mídia resolveu ignorá-lo, solenemente...
O ano de 2011 chega ao seu final, marcado por acontecimentos importantes, no Brasil e no mundo.
José de Alencar, ex-vice presidente de Lula perdeu a batalha para o câncer e nos deixou, assim como o ex-presidente Itamar Franco, quem lançou o plano real em 1994, Sócrates, craque, dentro e fora dos campos, exemplo de cidadão antenado com os anseios sociais, foram algumas das despedidas de personalidades importantes.

O mundo testemunhou viradas políticas históricas no Oriente, com a participação popular em destaque.  Já em "outras primaveras", o mundo árabe foi invadido e sucumbiu aos interesses estrangeiros em revoltas financiadas, apoiadas e estimuladas pelo Ocidente.

O movimento Occupy Wall Street ganhou as ruas das principais cidades dos Estados Unidos para protestar contra a ganância e a falta de escrúpulos do "deus mercado".
Ganhou musculatura e densidade, invadiu capitais europeias e em outras paragens no planeta, inclusive no Brasil.  Por se tratar de um movimento contra o sistema financeiro mundial, deplorar os bastidores de podridão do capitalismo em crise, a imprensa mundial, em geral, tratou-o como algo exótico, buscando desmerecer suas demandas sociais e objetivos de justiça e de oportunidades mais justas para os 99% da população.  A mídia mundial condenou o clamor das ruas pela urgente regulação dos mercados globais por parte dos governos, cumpriu o seu papel de porta-voz dos 1% mais rico.

Dramas pessoais
Chávez, Lula e Cristina Kirchner foram diagnosticados, em exames de torina, com câncer.
O movimento #ForçaLula foi um sucesso nas redes sociais, transformou-se em uma gigantesca onda de solidariedade para com o ex-presidente.
Infelizmente, também, não faltou manifestações miúdas e contaminadas pelo tumor maligno do preconceito, neste caso, pelo avançado estágio de contágio, seus propagadores possuem poucas chances de cura.

2011 presenciou a consolidação da política externa brasileira, ativa e firme, tal como Lula inaugurou em seu governo.  Dilma Rousseff tornou-se a primeira mulher, em toda a história, a abrir uma Assembléia Geral da ONU e fez bonito, com um discurso dito por uma líder de uma nação que quer falar de igual para igual com as grandes potências e participar das soluções dos graves problemas do mundo.

José Graziano foi eleito secretário Geral da FAO, órgão da ONU que combate a fome e representou o prestígio brasileiro, o país exemplo no combate a esta miséria, através dos programas de transferência de renda do governo.
A vitória de Graziano na ONU significa a fome brasileira por justiça social global.

"Privataria Tucana", O fato do ano
Mas um fato, entre todos estes e outros mais que não estão narrados aqui serviu para mostrar, de uma vez por todas, para a sociedade brasileira o papel desinformador e partidário que a grande imprensa vem desempenhando nos últimos anos.  O lançamento do livro "Privataria Tucana", de Amaury Ribeiro Jr., um minucioso trabalho de investigação jornalistica de 12 anos,  sustentado por centenas de documentos públicos, apresentou gravíssimas denúncias contra o governo de FHC, durante o processo das privatizações.  José Serra "estrela" o rol de personagens políticos que teria cometido diversas irregularidades e crimes nas vendas de empresas públicas brasileiras, que somaram mais de US$ 78 bilhões.
Serra é acompanhado por sua filha, genro e Ricardo Sérgio Oliveira neste cast de patifarias, mentiras e desvios de bilhões
A imprensa demorou para tratar das denúncias, mas não deu o merecido destaque para a publicação.  Muito pelo contrário, calou-se sobre o fato, levantou sua peneira editorial para tapar o sol de acusações que fizeram brilhar a coleta de assinaturas para a instalação de uma CPI no Congresso em 2012.  Bravíssimo trabalho do deputado Protógenes Queiroz.

Se antes a grande imprensa agia de maneira suave e discreta em sua missão de manipular e formar opinião favoráveis para suas teses e seus parceiros políticos, a autocensura imposta nas redações sobre o livro de Amaury Ribeiro, tornou descarada a sua tendência entreguista e seus interesses exóginos aos país.  A questão é saber, o quanto as pessoas comuns, aquelas que ainda se informam pela mídia conservadora, perceberam este movimento brusco de parcialidade escandalosa.

O livro estourou em vendas nas livrarias e nos sites de compras da internet.  O trabalho sujo dos agentes do jornalismo retrógrado das grandes corporações de comunicação do país é o de desqualificar o autor e suas denúncias, documentadas.
Apesar da "operação abafa" da imprensa brasileira, a blogosfera e as redes sociais ecoaram o grito por justiça e exigência de apurações sérias.  Este blog publicou vários posts sobre este assunto, três deles entraram para a lista dos 10 mais lidos, fato que ocorreu pela primeira vez em tão curto espaço de tempo, em pouco mais de um ano e meio de existência.  Se por aqui foi assim, em toda a blogosfera também deve ter sido: não há como negar informação a quem quer saber o que estrá se passando, existem muitos canais para repercutir fatos como este, mesmo que em uma escala menor que o da grande mídia.

A oposição perdeu o rumo de casa e discute o que fazer com tamanho abacaxi em mãos.  Vai ser necessário descascá-lo a dentadas...

2011 apresentou um fato que expôs, de maneira nua e crua, a alma desacreditada e desprovida de ética, do baronato das comunicações brasileira.   Amaury Ribeiro Jr. desnudou a feiúra apavorante da grande imprensa, para qualquer um ver o quanto agem contra o Brasil e seu povo, contínua e desavergonhadamente.


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