Veja perdeu o ímpeto denuncista após prisão de Carlinhos Cachoeira |
Desde que Carlinhos Cachoeira foi preso, no dia 29 de fevereiro de 2012,
na operação Monte Carlo da Polícia Federal, a revista Veja já soltou 6
edições, e nenhuma capa é dedicada a denúncias de corrupção.
Mas há uma pauta abundante neste período envolvendo o senador Demóstenes
Torres e o governador Marconi Perillo, tratada, sobretudo, pela
revista Carta Capital, mas não só por ela. Até o Jornal Nacional tem se
dedicado ao tema.
Parece que a revista Veja ficou acéfala no que entende ser "jornalismo
investigativo", depois da prisão de Cachoeira e dos arapongas Jairo
Martins e Dadá.
Mais do que acéfala, está dando uma enorme bandeira de que tem muito a
esconder sobre as relações entre seu editor-chefe Policarpo Júnior e
Carlinhos Cachoeira. Segundo Luis Nassif, Policarpo teria trocado em
torno de 200 telefonemas com Cachoeira, no período investigado.
A revista já admitiu, defensivamente, que Policarpo e Cachoeira trocavam
figurinhas. A revista diz que seriam relações legítimas entre
jornalista e fonte. Mas como explicar a notória má vontade da revista em
noticiar o caso, tendo um jornalista tão íntimo com os intestinos da
organização criminosa (segundo o Ministério Público)?
A revista Veja, pródiga em divulgar até grampos ilegais, não revela um único diálogo entre o bicheiro e seu editor-chefe.
ZéAugustoNo Amigos do Presidente Lula
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