sábado, 14 de abril de 2012

CPI não representa ameaça às liberdades no Brasil


Já se anuncia a guerra entre a mídia e os que defendem a CPI, que deve convocar Roberto Civita, da Abril; o argumento será o de que a liberdade estará em risco no Brasil, mas o que realmente a ameaça é a indústria de grampos clandestinos; leia editorial do 247 em defesa da CPI ampla e irrestrita
Editorial, Brasil 247
Os exércitos já começam a ser posicionados para uma guerra santa. Nos próximos dias, diversas vozes se levantarão contra os golpes desferidos contra a liberdade de expressão no Brasil. O governo Dilma começará a ser comparado ao de vizinhos latino-americanos, como os de Cristina Kirchner, na Argentina, Hugo Chávez, na Venezuela, e Rafael Corrêa, no Equador, quem vêm sendo sistematicamente acusados de censurar e amordaçar a imprensa.
No entanto, o Brasil vive hoje sua plenitude democrática, no que diz respeito à liberdade de expressão. Veículos de comunicação, jornalistas, blogueiros e leitores podem expressar livremente seus pontos de vista, sem que sofram qualquer tipo de represália. No mundo online, a informação chega em tempo real, pode ser contestada, checada, confrontada e o leitor tem papel decisivo na apuração da verdade. No 247, por exemplo, não há censura alguma aos comentários, nem mesmo quando somos criticados. A liberdade é plena, total e irrestrita.
Apesar disso, a guerra santa está declarada. O primeiro grito de combate foi dado pelo deputado Fernando Ferro (PT/PE), que prometeu convocar o empresário Roberto Civita, dono da Editora Abril, para que explique as relações da revista Veja com o bicheiro Carlos Cachoeira. Como já foi divulgado, o diretor da sucursal brasiliense da publicação trocou vários telefonemas com o contraventor e há sérios indícios de que a gangue de Cachoeira tenha fornecido vários grampos e filmes ilegais à publicação. De acordo com o jornalista Ricardo Noblat, boa parte do PT pretende transformar a CPI do Cachoeira em “CPI da Veja”.
É neste quadro que várias forças da chamada “opinião pública” começam a se posicionar. Na sua capa deste fim de semana, a revista Carta Capital, do jornalista Mino Carta, elencou a revista Veja entre os agentes que temem a realização de uma CPI. Paulo Henrique Amorim, do Conversa Afiada, é um dos principais incentivadores da investigação contra uma revista que ele define como “detrito de maré baixa”. Luís Nassif, por sua vez, questiona se a mídia saberá vencer seu corporativismo natural e se o Ministério Público estará à altura dos desafios que se avizinham.”
Editorial Completo, ::Aqui::

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