‘Fracassarão
novamente os que preveem derrota da nacionalização do petróleo. Há nove anos, a
Argentina avança – exatamente por desprezar o neoliberalismo
Mark Weisbrot, The Guardian / Outras Palavras
A decisão do governo argentino, de
re-nacionalizar a YPF, antiga empresa estatal de petróleo e gás, foi recebida
na mídia internacional com brados de ultraje, ameaças, presságios de tormenta e
ruína e até xingamentos.
Já vimos este filme antes. Quando o governo
argentino entrou em moratória da dívida externa, no final de 2001, e
desvalorizou sua moeda algumas semanas depois, choveram lamentos e condenações
na imprensa. A medida provocaria inflação descontrolada, fecharia o crédito
internacional à Argentina e provocaria ao final escassez de divisas. A economia
iria mergulhar numa espiral de recessão.
Nove anos depois, o PIB de Argentina
cresceu cerca de 90%, o índice mais alto no hemisfério. Os índices de
desemprego estão no patamar mais baixo de todos os tempos; tanto a pobreza
quando a “pobreza extrema” foram reduzidas em dois terços. Os investimentos
sociais, já corrigidos pela inflação, quase triplicaram. Provavelmente por
isso, Cristina Kirchner foi reeleita em outubro, numa vitória arrassadora.
Esta história de sucesso raramente é
contada, em especial porque implicou reverter muitas das políticas neoliberais
fracassadas que – apoiadas por Washington e pelo FMI – conduziram o país a sua
pior recessão, entre 1998 e 2002. Agora, o governo está revertendo outra
política neoliberal dos anos 1990: a privatização do setor de petróleo e gás,
que jamais deveria ter ocorrido.”
Tradução: Antonio Martins
Matéria Completa, ::Aqui::
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