Por Davis Sena Filho — Blog Palavra Livre
Civita viveu na Itália, nos Estados Unidos e na Argentina. Mal visto, veio para o Brasil para dar golpes. |
Veja — a revista porcaria — continua a pavimentar, com denodo e
dedicação, sua trilha de sujeira, a chafurdar em seu próprio esgoto e a
injuriar, a caluniar e a difamar aqueles que ela considera seus inimigos ideológicos,
políticos e comerciais, ainda mais que a Editora
Abril certamente não vai ter um aliado na Prefeitura paulistana a partir de
2013, com a vitória do petista Fernando Haddad e a derrota de seu aliado
tucano, José Serra, nas últimas eleições.
Tal
semanário continua, incessantemente, a praticar o verdadeiro e o autêntico
jornalismo de esgoto. É sua marca, índole e essência, e não importa para o capo
Roberto Civita e seus capitães do mato, travestidos de jornalistas, se a
credibilidade da Veja, conhecida
também como a Última Flor do Fáscio, vá
para o espaço ou para a lixeira, lugar apropriado à publicação e que eu sempre
a coloco quando a tenho em mãos. Asco!
A
verdade é que apenas interessa a tal pasquim de péssima qualidade editorial
macular o nome dos políticos e autoridades que não se submetem aos ditames
políticos e empresariais do dono de uma empresa que vive comercialmente à
sombra do poder público controlado há 20 anos pelos tucanos do PSDB, em São
Paulo, bem como sustentados pela publicidade oficial do Governo Federal.
É a
ditadura da imprensa de negócios privados a agir por meio do pensamento único e
a querer submeter seus leitores e as pessoas desavisadas ou incautas a seus
interesses mercantis e políticos, por intermédio de matérias criminosas, pérfidas
e maliciosas, com características declaratórias, sempre em off e de conotação golpista. É a Veja, à la Murdoch, que publica um jornalismo bandido e se associa,
durante anos, ao seu principal pauteiro e editor — o bicheiro preso Carlinhos
Cachoeira.
A Veja bandida, mafiosa e desditosa. O
pasquim de extrema direita não tem limites e nem senso do que é real e irreal;
justo e injusto, porque as autoridades políticas, inclusive as do PT, não
efetivam o marco regulatório das mídias, bem como o Judiciário é complacente
com o jornalismo declaratório, cujos advogados aproveitam a ausência de regras para
os meios de comunicação, bem como usam as brechas da lei para impedir que seus
clientes jornalistas, bem como seus chefes, os donos de propriedades cruzadas
dos meios de comunicação, não sejam punidos pela Lei, além de evitarem que eles
paguem multas e os custos dos processos daqueles que os processaram.
Enquanto
países vizinhos do Brasil estão a regulamentar os negócios dos barões
midiáticos, os brasileiros ficam à mercê de empresários e jornalistas
compromissados com os interesses mercantis das elites econômicas brasileiras e
internacionais, a boicotar governantes trabalhistas e a derrubar autoridades
constituídas sem acusações formalizadas e culpas comprovadas, como ocorreu com
os ministros Carlos Lupi e Orlando Silva, somente para citar esses, além de
terem quase conseguido derrubar o governador do PT do Distrito Federal, Agnelo
Queiroz.
Mais vale a imagem do que mil palavras ou Unidos daremos um golpe nos trabalhistas. |
É a
ditadura da imprensa e do pensamento único cujo produto — a notícia — é
consumido e repercutido por parte de uma classe média retrógada, preconceituosa
e reacionária, pois age como um vetor do conservadorismo, porque seus
princípios e valores são os mesmos das classes dominantes controladoras de
terras e dos meios de produção, que geram poder econômico e político e,
consequentemente, causam a tolerância e a impunidade por parte do Judiciário
(STF, STJ, TJ, PGR e MP) com os jornalistas e seus patrões.
A
imprensa oligarca que publica e veicula matérias nitidamente oposicionistas aos
governos trabalhistas, do jeito e da forma que quer, sem se preocupar, todavia,
com a veracidade dos fatos e dos acontecimentos. A mídia de profissionais que
não temem serem punidos, ao menos questionados sobre suas ilações, acusações e
agressões, porque sabem que não existe lei de imprensa (não confundir com
censura), regulamentação do setor midiático, conforme a Constituição, além do enfraquecimento
da classe trabalhadora dos jornalistas cujos diplomas ainda existem, mas não
são mais exigidos para que as empresas que pertencem basicamente a dez famílias
possam ter um maior controle do sistema de trabalho, das políticas de
contratações e salariais e dessa forma diminuir o poder de reivindicação dos
trabalhadores.
Com
isso, os empresários conseguiram enfraquecer o papel dos sindicatos e da Fenaj,
federação de jornalistas que se aproximou da ANJ (associação patronal), na
primeira década deste século. Consequentemente, a Fenaj levou uma punhalada
pelas costas. Até hoje, a entidade laboral, envergonhada e desmoralizada, corre
atrás do diploma no Congresso, a fim de restabelecê-lo, pois perdeu a
credibilidade perante a categoria. Bem feito, quem mandou representante de
classe trabalhadora puxar o saco de patrão. E logo dos barões da imprensa, os
patrões mais atrasados e reacionários de toda a classe empresarial, que foi
atendida nesse caso pela maioria dos juízes burgueses do STF. Deu nisso: a
Fenaj foi humilhada. Um fiasco.
Frias, Marinho e Civita: eles pensam que o Brasil é o quintal da casa deles. |
Por
sua vez, a Veja, a revista da marginal, resolve, em prazo máximo de um
mês e por intermédio de duas publicações, incluir o presidente mais popular e
respeitado no exterior da história do Brasil no episódio da morte do
ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel, bem como envolvê-lo no caso do
“mensalão”, que, apesar dos juízes oposicionistas e de direita do STF, está
ainda para ser provado. As duas matérias emporcalhadas da revista porcaria citam o
presidente Lula, mas o acusador ou denunciante não tem nome, as frases (aspas)
são em off e evidentemente o material
jornalístico não foi gravado (é a
praxe), porque a Veja pode ser um
detrito sólido de vaso sanitário, mas a rapaziada que trabalha lá não dá ponto
sem nó e procedem assim porque sabem que ser jornalista de empresa de
comunicação grande e rica no Brasil é a mesma coisa do que estar livre de
punições, multas, processos ou cadeia. É como se a cidadania dessas pessoas
fosse à parte do conjunto da população brasileira.
Por
isto e por causa disto, o presidente Lula, o maior líder popular das Américas e
que saiu do poder com 83% de aprovação (índice maior do que o do mito Nelson Mandela)
tem de aguentar ofensas, ignomínias e acusações desabonadoras de uma corja de
sacripantas movidos pelo ódio de classe, interesses econômicos e pelo
preconceito ideológico, combustíveis da intolerância e da violência. São esses
golpistas que detestam afirmações do líder trabalhista, como esta: “Optamos
pelo desenvolvimento aliado à distribuição de renda. Nos últimos anos, o
meu País integrou a agenda social à agenda econômica, numa equação em que toda
a sociedade ganha. Nos últimos anos, 28 milhões de brasileiros saíram da
pobreza e quase 40 milhões entraram na classe média” — comentou. Por
fim, Luiz Inácio Lula da Silva alertou os gestores públicos que a opção pelo desenvolvimento
e pelos investimentos tem um custo político, mas é recompensadora, e envolve
“muito mais do que dar comida a famintos”. E concluiu: “O dinheiro na mão
dos pobres transforma-se rapidamente em comida, roupa e material escolar, e
dinamiza o conjunto da economia, num círculo virtuoso”.
Precisou
um operário, intelectual orgânico, migrante de Pernambuco, que conhece o povo,
sem curso superior, mas sabedor da dor da fome, da pobreza e da ausência de
condições de vida dignas para viver, ensinar os “doutores” compromissados com o
status quo e com o establishment sobre
economia, sociologia, direito, psicologia, engenharia, finanças, filosofia e,
principalmente, sobre solidariedade, respeito e consideração pelo povo brasileiro
e pela autonomia, independência e autodeterminação do Brasil. Lula foi um
presidente republicano, democrata e justo, pois defensor do estado democrático
de direito. Enquanto isso, os “doutores” venderam o País, submeteram-se ao FMI,
não criaram condições de emprego e renda e mostraram, de forma subalterna, o
imenso complexo de vira-lata que toma conta das almas e das mentes colonizadas
das classes dominantes brasileiras de princípios alienígenas.
EM SEU DEVIDO LUGAR! |
O
mandatário Lula, ao contrário dos governantes “doutores”, jamais reprimiu
qualquer classe trabalhadora, movimento social ou sindical, recebeu no Palácio
do Planalto os catadores de lixo, respeitou a Constituição e as regras do jogo
democrático. E mesmo assim foi acusado por uma mídia mentirosa e corrupta, até
de ditador e censor. Absurdo incomensurável e má-fé na veia da imprensa
comercial e privada (privada nos dois sentidos, tá?), de alguns juízes do STF
nomeados por ele e do procurador geral Roberto Gurgel, o prevaricador da
República do Cachoeira, do Demóstenes Torres e dos empregados da Veja e da Época, Policarpo Jr. e Eumano Silva. O procurador midiático, de
direita e aliado da Veja, autora de
reporcagens fascistas. A minha
desconfiança me leva a pensar que quem está por trás das matérias em off de tal pasquim é o tal procurador,
que para mim e para o senador Fernando Collor deveria sofrer um impeachment por parte do Senado. Nada
mais emblemático e sintomático do que o Collor por ter renunciado a Presidência
e por isso tem conhecimento o suficiente quando afirma que Gurgel prevaricou e “protege
os bandidos da Veja”.
São
essas coisas que acontecem ainda no Brasil. Bem feito! Quem manda não criar o
marco regulatório para as mídias. Quem manda não existir lei específica com o
objetivo de garantir o direito de resposta de forma rápida e com espaço igual à
vítima de acusações levianas e mentirosas. Os contrários afirmam que já existe
a lei penal etc. e tal. Mas não adianta, porque os juízes tendem dar causa
ganha ao agressor, à máquina midiática. Tem de ter lei específica e que acelere
a punição ao caluniador e difamador e assegure o direito de defesa de quem foi
injustiçado. O que esses barões de imprensa fazem com o Lula é hediondo. É a covardia que remonta
o que eles fizeram, através das décadas, com o Getúlio, com o Jango e com o
Brizola. A direita conhece os trabalhistas de longe, bem como sabe quem é o
líder político carismático e o “dono” dos votos. Lula é mais do que a Dilma e o
Haddad. Foi ele que os elegeu. A direita não reconhece ao tempo que sim, pois,
do contrário, não se incomodariam e não perseguiriam tanto o operário, fundador
da CUT e do PT, além de algoz dos conservadores. A Veja e seus coirmãos tem seu lugar na história: a lixeira. É
isso aí.
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