Lula lá, aqui e acolá: Lula inicia roteiro de viagens para cimentar alianças

DIÓGENES CAMPANHA
DE SÃO PAULO

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva começa, na próxima quinta-feira, um roteiro de viagens para intensificar a articulação com a base aliada em torno do palanque de Dilma Rousseff, lançada por ele na semana passada à reeleição em 2014.
A proposta é que Lula percorra pelo menos dez Estados até maio. Nesta semana, ele participa, em Fortaleza, do primeiro seminário da série programada pelo PT para celebrar os dez anos do partido no governo federal.
O governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), convidado para o seminário petista que discutirá o combate à pobreza, acompanhará Lula em outros compromissos.
Na sexta, o petista receberá, em Redenção (55 km de Fortaleza) o título de doutor honoris causa da Unilab (Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira), instituição federal criada durante seu mandato no Planalto.

	Editoria de Arte/Folhapress

Lula também abrirá uma reunião do diretório nacional do PT em Fortaleza e se encontrará com dirigentes do partido no Nordeste.
A presença de Cid Gomes é estratégica para os planos petistas em 2014. "Ele não está totalmente alinhado ao vizinho de Pernambuco", diz o secretário de organização do PT, Paulo Frateschi, referindo-se ao presidente do PSB, Eduardo Campos.
O Estado de Eduardo Campos não aparece na primeira proposta de roteiro dos seminários. Frateschi diz que Pernambuco será incluído após uma negociação de datas.
JOGO COM ALIADOS
Frateschi diz que o ex-presidente usará as viagens para fazer o "reconhecimento do gramado" do jogo com os aliados: "Nós queremos eles conosco em 2014. Eles é que vão ter que dizer se não querem estar com a gente".
O giro petista passará por pelo menos três cidades onde o partido foi derrotado pelo PSB nas últimas eleições: Fortaleza, Cuiabá e Belo Horizonte, para onde deve ser transferido o evento inicialmente marcado para o município vizinho de Contagem.
Na capital mineira, o prefeito socialista Marcio Lacerda, além de perder o apoio do PT, teve como principal cabo eleitoral para a sua reeleição o senador Aécio Neves, que deve ser o candidato do PSDB à Presidência.