Chupa, tucanos corruptos!.Chupa, Dudu traíra!
"Acalmem-se", disse a presidente Dilma Rousseff, num sorriso; faz
sentido; aos que apostam no eclipse do crescimento, resposta da economia
real é ensolarada; vendas de aço, alumínio, eletro-eletrônicos, ônibus e
tratores disparam neste início do ano; arrecadação de impostos sobe;
dívida mobiliária federal recua; projeção aponta para inflação em queda e
crescimento em alta; apostas no pessimismo começam a pagar menos
Apostar no pessimismo, dentro de um cenário global de incertezas, sempre
parece menos arriscado. Vai dar errado, dizem os céticos e
derrubadores, cercados de conjecturas. O problema, como apontam os
primeiros números da economia brasileira em 2013, é que, neste ano,
jogar contra já está dando pinta de ser muito mais um torcida política
do que uma análise fria e científica. Em lugar de eclipse, o que está
surgindo no horizonte é um sol tipicamento tropical.
Nos últimos dias, uma série de dados econômicos confluem para um
desempenho, em 2013, muito superior ao verificado no ano passado.
Líderes empresariais de diferentes setores do meio da economia – aqueles
que usam insumos da indústria de transformadora de matérias primas para
aplicar em produtos finais ao consumidor – estão otimistas sobre mais
produção e mais vendas este ano, com base nos primeiros resultados já
alcançados.
É assim que os setores que compram aço, como as montadoras de veiculos e
a construção civil, fizeram aquisições em janeiro nada menos que 18%
acima do comprado em dezembro, segundo dados do Instituto Nacional das
Distribuidoras de Aço (Inda). "O mercado está começando a crescer
novamente", disse o presidente Carlos Loureira ao jornal Valor
Econômico. Com alta de 3,4% em vendas em janeiro em relação ao mesmo
período do ano passado, o setor projeta um crescimento de 6% no mercado
doméstico sobre o ano passado até dezembro.
No alumínio, outro elemento presente em ínumeros setores industriais, o
melhor termômetro de crescimento é a venda de chapas, folhas e
extrudados. Neste campo, as vendas em janeiro, de acordo com a
Associação Brasileira de Alumínio (Abal), já foram 5,9% maiores do que
no primeiro mês de ano passado. "Acreditamos num crescimento do setor de
até 5 por centro para este ano", diz o presidente da entidade, Luiz
Carlos Loureiro Filho. "Estamos otimistas".
Não é diferente entre uma das maiores fabricantes de ônibus e caminhões
do País, a MAN Latin America. "Já temos pedidos que indicam vendas 20%
maiores do que em 2012, em razão de a necessidade do mercado renovar a
sua frota", adianta Roberto Cortes, presidente da companhia. "Nossa
atividade no primeiro bimestre está ótima em relação à que tivemos em
2012".
No mesmo setor, a Agrale, tradicional fabricante de máquinas e tratores,
registrou um crescimento de vendas simplesmente espetacular em janeiro
com relação a dezembro: 126% mais. Os responsáveis pela companhia
admitem que tratou-se de um ponto fora da curva, mas, a partir dele,
eles projetam um crescimento da companhia, este ano, de mais de 16%
sobre o realizado no ano passado. "O forte desempenho está ligado ao fim
dos estoques das indústrias do nosso setor", disse o diretor-presidente
Hugo Zattera ao Valor.
Pesquisa entre associados feita pela Abinee (Associação Brasileira da
Indústria de Eletro-eletrônicos) constatou que 56% das empresas
associadas relataram alta de encomendas em janeiro com relação a
dezembro. Isso mostra um aquecimento no setor de ponta tecnológica da
economia. "O otismo aumentou, porque os sinais dados em janeiro, um mês
que nunca é excepcionalmente forte em vendas, indicam um grande ano pela
frente", conta o presidente Humberto Barbato. Segundo ele, 79% dos
associados da Abinee registraram em pesquisa que esperam melhores vendas
em 2013 do que em 2012.
Mesmo onde janeiro apontou queda em relação a dezembro, de 3%, no setor
de máquinas e equipamentos, o dado foi comemorado. "Esse recuo é
sazonal, e sempre acontece nessa época, mas foi muito menor do que em
anos anteriores", relatou Marcos Bernardini, consultor econômico da
Abimaq.
Nos grandes nú
meros macroeconômicos, o governo também já tem o que comemorar. O
Boletim Focus, do Banco Cenral, que semanalmente capta os humores de
agentes do mercado financeiro sobre dados como inflação e crescimento do
PIB indica nesta segunda-feira 25 que a inflação esperada é menor do
que na semana anterior – e o crescimento, maior, da ordem de 3% para o
ano. Noutro dado, o estoque da dívida mobiliaria do Tesouro (tudo o que o
governo deve ao mercado) declinou 4%, equanto a arrecadação de impostos
bateu novo recorde.
A continuar nessa marcha, o melhor, para os pessimistas, vai ser iniciar
logo um ajuste de discurso, sob pena de ficarem falando sozinhos – os
empresários, afinal, de olho no chão de suas fábricas e em seus caixas,
sabem que o certo é acreditar em resultados em lugar de palavras.
Para a presidente Dilma Rousseff, com a reeleição lançada e ainda sem um
forte adversário definido, o sol do primeiro semestre traz consigo uma
brisa capaz de impulsioná-la com menos atropelos do que muitos gostariam
por 2013 em direção a 2014.Com informações do Brasil 247
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