quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Sem o convite de Dilma para África do Sul, Joaquim Barbosa atende tietes em São Paulo

Ao lado do desenhista Maurício de Souza, o presidente do STF sorri para o clique dos fotógrafos.
Frustrado por não integrar a comitiva da presidenta Dilma Rousseff a Johannesburgo, para a solenidade de despedida do líder sul-africano Nelson Mandela, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, dedicou-se à tietagem de fãs, em visita a São Paulo. Segundo nota na coluna da jornalista Monica Bergamo, na edição desta terça-feira do diário conservador paulistano Folha de S.Paulo, o “primeiro negro a presidir o STF, Joaquim Barbosa esperou até o último minuto por um convite de Dilma Rousseff para integrar a comitiva oficial que desembarca hoje na África do Sul para o enterro de Nelson Mandela. Mas o telefone não tocou”.
Para cronistas políticos, “o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, adotou ações típicas de um potencial candidato, quando começou a posar para fotos com admiradores. Na terça-feira, dia 9, esse comportamento se repetiu, quando ele, em visita ao Tribunal de Justiça de São Paulo, também se mostrou sorridente, solícito e sempre disponível a mais um clique, tanto do lado de dentro, como de fora da instituição”, afirma o site Brasil 247.
Leia, adiante, o inteiro teor da matéria:
Barbosa age como candidato, assim como agiu na condução da Ação Penal 470, ao aproveitar o feriado de 15 de novembro, dia da Proclamação da República, para decretar as primeiras prisões. No entanto, nega peremptoriamente a intenção de disputar a presidência. Neste fim de semana, usou a coluna Radar, do jornalista Lauro Jardim, para garantir que não será candidato.
Ocorre que suas promessas não podem ser levadas ao pé da letra e o fato é que, a cada dia que passa, Joaquim Barbosa se consolida como a única alternativa da oposição para tentar garantir um segundo turno em 2014. Segundo o Datafolha, a presidente Dilma Rousseff hoje tem 47% das intenções de voto, contra 19% do tucano Aécio Neves e 11% de Eduardo Campos – ou seja, mantém uma diferença confortável de 17 pontos em relação aos adversários.
Isso significa que Barbosa é hoje ainda mais importante para as forças que combatem o ciclo de poder do PT do que foi na condução da Ação Penal 470. Seus eventuais 15% – ou até mais – numa eventual disputa presidencial podem ser a diferença que falta para garantir um segundo turno.
Atento aos simbolismos do poder, Barbosa esperava ter sido incluído na comitiva presidencial, que levou todos os ex-presidentes vivos – José Sarney, Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Collor – aos funerais de Nelson Mandela, a convite da presidente Dilma Rousseff. Segundo ele afirmou em nota, Mandela representa uma “esperança a todas as vítimas de injustiças, em qualquer parte do mundo”.
Primeiro turno
A pesquisa nacional sobre sucessão presidencial feita pelo Instituto Paraná Pesquisas, que o site Brasil 247 divulgou, nesta terça-feira, mostra que a presidenta Dilma venceria todos os adversários, se as eleições presidenciais fossem hoje, em primeiro turno.
No primeiro cenário, foi incluído também Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal, como candidato. “Essa possibilidade é cada vez maior, até porque a oposição precisa de um terceiro nome competitivo para tentar garantir um segundo turno e não enterrar de vez seu caixão”, diz Murilo Hidalgo, diretor do Paraná Pesquisas.
Conheça os seis cenários pesquisados:
CENÁRIO A – No primeiro cenário, foram considerados quatro candidatos: a presidente Dilma Rousseff, o senador Aécio Neves (PSDB/MG), o governador pernambucano Eduardo Campos, do PSB, e o presidente do Supremo Tribunal Federal. Aos números:
Dilma Rousseff 43,46%
Aécio Neves 17,14%
Joaquim Barbosa 15,61%
Eduardo Campos 6,93%
Vitória em primeiro turno: Dilma 43,46% Soma dos adversários 39,68%
CENÁRIO B – O segundo cenário do Paraná Pesquisas contempla apenas os candidatos já colocados e os números são muito parecidos com os do Datafolha:
Dilma Rousseff 47,15%
Aécio Neves 20,51%
Eduardo Campos 11,31%
Vitória em primeiro turno: Dilma 47,15% Soma dos adversários 31,82%
CENÁRIO C – Na terceira simulação, com Marina Silva na disputa, o quadro muda e haveria a possibilidade de segundo turno:
Dilma Rousseff 42,45%
Marina Silva 24,47%
Aécio Neves 17,88%
Empate técnico: Dilma 42,45% Soma dos adversários 42,35%
CENÁRIO D – José Serra também foi testado pelo Paraná Pesquisas e teve ligeira vantagem sobre Aécio Neves:
Dilma Rousseff 45,55%
José Serra 22,93%
Eduardo Campos 11,95%
Vitória em primeiro turno: Dilma 45,55% Soma dos adversários 34.88%
CENÁRIO E – Com Marina Silva na disputa e José Serra na disputa, haveria segundo turno:
Dilma Rousseff 41,08%
Marina Silva 24,53%
José Serra 19,74%
Segundo turno: Dilma 41,08% Soma dos adversários 44,27%
CENÁRIO F – O sexto cenário do Paraná Pesquisas substitui a presidente Dilma pelo antecessor Luiz Inácio Lula da Silva, que venceria com facilidade:
Dilma Rousseff 54,24%
Aécio Neves 18,85%
Eduardo Campos 9,63%
Vitória em primeiro turno: Lula 54,24% Soma dos adversários: 28,48%
O Paraná Pesquisas também mediu a aprovação ao governo da presidente Dilma Rousseff, que foi de 50% a 56%, entre junho e dezembro.
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Do Blog Justiceira de Esquerda

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