Ricardo Kotscho, Balaio do Kotscho
"A não ser que algo importante tenha me escapado, após a leitura do noticiário dos jornais e dos portais, constato que algo estranho está acontecendo nesta terça-feira. Ou melhor, que não está acontecendo. Até este momento em que comecei a escrever, às 11 da manhã, não vi em nenhum lugar previsões sobre protestos e crises políticas.
Talvez esta abstinência do noticiário sobre assuntos quentes, que não saem das manchetes, possa ser atribuída à queda da temperatura ambiente _ aqui em São Paulo, os termômetros baixaram a cinco graus de madrugada.
O protestometro e os anúncios sobre o fim do mundo simplesmente sumiram das páginas hoje. Persiste aquele rame-rame sobre as obras da Copa inacabadas e os preparativos sobre as forças de segurança se mobilizando para a guerra, mas quem assumiu o protagonismo de vez foi a seleção brasileira, que hoje à tarde faz um amistoso contra o Panamá, em Goiânia, com Felipão já avisando à moçada: agora é partir para o "tudo ou nada".
Lembrei-me de um lendário comediante português, o Raul Solnado, que contava a história de um soldado que não conseguia encontrar a guerra, por mais que procurasse. Já fardado e preparado para o combate, perguntou a um transeunte: "O senhor poderia me informar a que horas vai começar esta guerra que eu não descubro onde é?".
Outras razões, claro, podem explicar esta repentina calmaria no front da Copa no Brasil. Tudo já está sendo adiado para depois do Mundial, que acaba no dia 13 de julho. Até lá, parece que as crises políticas ficarão congeladas, pois suas excelências, tanto do governo como da oposição, estão mais preocupadas com o Neymar do que com a Dilma, as festas juninas e as próprias campanhas eleitorais, que também entram em tela de espera.
Da minha janela vejo que, aos poucos, timidamente, vão aparecendo bandeirinhas nos carros e bandeiras nas janelas numa troca de cenários nas ruas sem congestionamentos e a sinfonia das buzinas dos últimos dias.
Sei que até eu terminar de escrever esta coluna, tudo poderá ter mudado. Neste caso, prometo voltar a qualquer momento, em edição extraordinária.
Às terças e quintas, acordo já pensando no que vou comentar à noite na televisão, no Jornal da Record News. Até agora, porém, não me apareceu nenhuma pauta e ficarei agradecido se algum leitor puder me ajudar com sugestões.
Sem crise, sem nova pesquisa e sem quebra-quebras vou falar do que?
Vida que segue."
"A não ser que algo importante tenha me escapado, após a leitura do noticiário dos jornais e dos portais, constato que algo estranho está acontecendo nesta terça-feira. Ou melhor, que não está acontecendo. Até este momento em que comecei a escrever, às 11 da manhã, não vi em nenhum lugar previsões sobre protestos e crises políticas.
Talvez esta abstinência do noticiário sobre assuntos quentes, que não saem das manchetes, possa ser atribuída à queda da temperatura ambiente _ aqui em São Paulo, os termômetros baixaram a cinco graus de madrugada.
O protestometro e os anúncios sobre o fim do mundo simplesmente sumiram das páginas hoje. Persiste aquele rame-rame sobre as obras da Copa inacabadas e os preparativos sobre as forças de segurança se mobilizando para a guerra, mas quem assumiu o protagonismo de vez foi a seleção brasileira, que hoje à tarde faz um amistoso contra o Panamá, em Goiânia, com Felipão já avisando à moçada: agora é partir para o "tudo ou nada".
Lembrei-me de um lendário comediante português, o Raul Solnado, que contava a história de um soldado que não conseguia encontrar a guerra, por mais que procurasse. Já fardado e preparado para o combate, perguntou a um transeunte: "O senhor poderia me informar a que horas vai começar esta guerra que eu não descubro onde é?".
Outras razões, claro, podem explicar esta repentina calmaria no front da Copa no Brasil. Tudo já está sendo adiado para depois do Mundial, que acaba no dia 13 de julho. Até lá, parece que as crises políticas ficarão congeladas, pois suas excelências, tanto do governo como da oposição, estão mais preocupadas com o Neymar do que com a Dilma, as festas juninas e as próprias campanhas eleitorais, que também entram em tela de espera.
Da minha janela vejo que, aos poucos, timidamente, vão aparecendo bandeirinhas nos carros e bandeiras nas janelas numa troca de cenários nas ruas sem congestionamentos e a sinfonia das buzinas dos últimos dias.
Sei que até eu terminar de escrever esta coluna, tudo poderá ter mudado. Neste caso, prometo voltar a qualquer momento, em edição extraordinária.
Às terças e quintas, acordo já pensando no que vou comentar à noite na televisão, no Jornal da Record News. Até agora, porém, não me apareceu nenhuma pauta e ficarei agradecido se algum leitor puder me ajudar com sugestões.
Sem crise, sem nova pesquisa e sem quebra-quebras vou falar do que?
Vida que segue."
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