quinta-feira, 29 de outubro de 2009

ALGUMAS CONTRADIÇÕES DOS NÃO-RACISTAS


Copiado do Blog Escreva Lola Escreva, que está em Minhas Notícias.

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Saraiva

ALGUMAS CONTRADIÇÕES DOS NÃO-RACISTAS
Esse pessoal que jura de pé junto que não existe racismo no Brasil se contradiz demais.
Não tem noção do ridículo. Primeiro, insiste que não há nada de racismo por aqui, só uma ligeira desigualdade socioeconômica. Mais pra frente, acaba dizendo que sim, lamentavelmente, existe racismo—mas da parte dos negros! Eles é que são racistas. E também são racistas pessoas brancas como eu e você, porque ficamos prestando atenção nesse negócio de raças. Se a gente visse todo mundo como humanos, não como negros, brancos, amarelos etc, esse tal de racismo automaticamente desapareceria da face da Terra, e todos nós poderíamos ser felizes nesse mundo cor de rosa em que é pura coincidência que mulheres negras ganhem um quarto do salário de um homem branco.
Outra contradição que eu adoro é quando o pessoal branco que não vê racismo diz, indignado, que não aceita ser cobrado pelos erros de seus antepassados. Isso de escravidão é tão antigo, passou, não tivemos nada a ver com isso, troquem o disco. Mas geralmente, na mesma frase, a pessoa revoltada não com o racismo, mas com a acusação de racismo, vem com uma pérola dessas: “ninguém fala dos próprios africanos que capturavam negros e os vendiam como escravos”. O raciocínio é lógico: essa pessoa branca não tem responsabilidade alguma pelos seus tataravôs terem sido donos de escravos, mas os negros de hoje, esses sim, deveriam se envergonhar dos seus antepassados na África que venderam seus semelhantes como escravos. Venderam pra quem mesmo? Ah, isso não importa.
No cartum, intitulado "Uma história concisa das relações entre negros e brancos nos EUA", um menino branco usa um escravo, negro, pra subir numa plataforma, enquanto afirma "Isso é pro seu próprio bem". Ao chegar lá em cima, diz pro negro: "Sinto muito por ter sido racista antes. Agora não sou mais". O negro responde: "Ótimo. Você pode me dar uma mão pra eu subir?". E o branco: "Claro que não! Isso seria racismo inverso". E emenda: "Veja bem, se eu consegui subir aqui sozinho, por que você não conseguiria?".
Nossa história é muito diferente?
Posted by lola aronovich at 13:08 19 fala gente fala
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