A equipe rubro-negra conquistou o título estadual pela 32ª vez na história
Foto: AP
Pela primeira vez na carreira de técnico, Vanderlei Luxemburgo pôde comemorar um título com um clube de sua cidade. E ocorreu à frente do time que ele sempre declarou ser do coração. Uma festa que teve mais netos do que ele costuma levar em suas entrevistas coletivas, e o hino do Flamengo cantado por todos.
Ainda no gramado, após a vitória nos pênaltis, o treinador celebrava a presença de seu neto Vanderlei, que pela primeira vez tinha ido a um estádio. Mais tarde, apareceu com o menino no colo e três netas enfileiradas para responder às perguntas. Entre broncas que deu nas crianças, cantou com elas, antes de deixar a sala de entrevistas do Engenhão, o hino rubro-negro do início ao fim.
O treinador se dizia preocupado por ter uma de suas filhas internada em um hospital, mas nem parecia. Sorriu muito mais do que o normal em seu primeiro título no Flamengo. "Estou muito feliz porque sou flamenguista. Comemorar no Flamengo é diferente porque, além de ser técnico, sou torcedor", admitiu.
Perto de completar 59 anos, o treinador abriu mão de características suas em terras cariocas. Ele já não orienta mais o time vestindo um terno nas partidas e, ao contrário de sua tradição, não foi para o vestiário enquanto seus atletas celebravam a conquista. Ficou no gramado com seus comandados. "Aqui no Rio de Janeiro quebrei um monte de coisa. O terno caiu e desta vez eu fiquei lá dentro para comemorar com eles."
O treinador só não quer ver sua primeira conquista na terra-natal como o fim de um jejum. "Trabalhei mais em São Paulo e é normal ter ganhado mais títulos lá. Como fui a Minas e ganhei. Mas é importante ganhar mais um Estadual, e invicto. Tive duas passagens pelo Flamengo e ganhei uma Taça Guanabara, mas não consegui terminar meu trabalho", lamentou, lembrando de sua passagem em 1991.
Animado, Luxemburgo reafirmou seu sonho de ser presidente do clube. "Achei que não ia voltar mais ao Flamengo como técnico, mas para um cargo de dirigente, político, para tentar construir alguma coisa. Quero ser presidente do Flamengo porque o profissional é remunerado, e o cargo político é para voluntários. Mas isso fica mais para a frente", comentou.
A alegria pela vitória nos pênaltis sobre o arquirrival Vasco se manteve clara no rosto do flamenguista Vanderlei Luxemburgo até o fim da noite. "Hoje ainda sinto um frio na barriga, aquela piscada, um jogo decisivo ainda mexe com o meu emocional. Eles me convenceram a ser técnico e, já que estamos aí, vamos fazer um trabalho muito bom", celebrou.
Do TERRA.COM.BR
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