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Roberto Freire, "o paladino da moralidade": diga algo mais substancial, "hômi"!
Presidente do PPS e ex-deputado Roberto Freire (SP)
A investigação do chamado "mensalão do DEM", no Distrito Federal, inclui um vídeo em que a diretora de uma empresa acusa o PPS de praticar chantagem e pedir propina para manter um contrato de R$ 19 milhões com a Secretaria de Saúde, comandada pelo deputado Augusto Carvalho, filiado ao partido. Parte do dinheiro, segundo o diálogo, teria sido destinada ao presidente da legenda, ex-deputado Roberto Freire (SP). O PPS anunciou ontem a saída da gestão do governador José Roberto Arruda (DEM), acusado de montar o esquema de corrupção que arrecadava propinas e distribuía o dinheiro entre secretários e deputados distritais da base aliada.
A declaração que compromete o partido foi feita pela diretora comercial da Uni Repro Serviços Tecnológicos Ltda, Nerci Soares Bussamra, em conversa com Durval Barbosa, então secretário de Relações Institucionais do governo e autor da gravação. No diálogo, ela afirma que Fernando Antunes, presidente do PPS-DF e subsecretário de Saúde, achacou a empresa por meio de uma auditoria nos contratos e pediu dinheiro para o PPS. Segundo ela, Antunes afirmou: "Eu só queria que vocês ajudassem o partido." A Uni Repro recebe R$ 1,6 milhão por mês para prestar serviços gráficos à pasta da Saúde.
No vídeo, Barbosa - demitido sexta-feira, após a revelação de que havia resolvido colaborar com a investigação da Polícia Federal - pergunta a Nerci: "Mas quem é que recebe o dinheiro?" Ela responde: "Ele mesmo. Ele e o irmão dele." Barbosa volta a indagar: "O Antunes?" E ela repete: "Ele e o irmão."
O então secretário de Relações Institucionais pergunta sobre quem faz o pagamento. "Eu e, às vezes, até o dono em São Paulo já fez, porque ele (Antunes) tem o partido lá, né?", diz Nerci. Logo depois, ela cita Freire. "Na última conversa que eu tive com ele (Antunes), ele pediu dinheiro para o partido dele, né, para ajudar o Freire em São Paulo e eu não disse não pra ele." Em outro vídeo, a empresária entrega uma sacola de loja de sapatos para Barbosa com maços de notas de R$ 100 e R$ 20. Após a contagem do dinheiro, ela deixa o local. Barbosa então se vira para a câmera de vídeo e mostra uma caixa com a dinheirama.
Fatura
Procurado, Antunes confirmou conhecer Nerci. "Encontrei com ela por duas ou três vezes na secretaria", disse. Mas negou a afirmação de que pediu dinheiro para ajudar o PPS e o presidente da legenda. "Não existe essa possibilidade. Desconhecemos isso. Está ficando evidente que o Durval tinha esse vídeo para mandar recados", afirmou. Segundo Antunes, a secretaria chegou a reduzir o valor do contrato com a Uni Repro. "Eu podia apertar e pedir dinheiro diminuindo a fatura?"
Freire afirmou que também desconhece o conteúdo das acusações. "Não tenho nada com isso. Não autorizei ninguém a usar meu nome para pedir dinheiro", reagiu o presidente do PPS. A reportagem ligou duas vezes para o celular de Carvalho, deixou recado, mas não teve resposta até fechamento da edição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Postado por prof. DiAfonso às 09:38 0 comentários Links para esta postagem
Marcadores: DEM, José Roberto Arruda, mensalão DF, PPS, Roberto Freire
Presidente do PPS e ex-deputado Roberto Freire (SP)
A investigação do chamado "mensalão do DEM", no Distrito Federal, inclui um vídeo em que a diretora de uma empresa acusa o PPS de praticar chantagem e pedir propina para manter um contrato de R$ 19 milhões com a Secretaria de Saúde, comandada pelo deputado Augusto Carvalho, filiado ao partido. Parte do dinheiro, segundo o diálogo, teria sido destinada ao presidente da legenda, ex-deputado Roberto Freire (SP). O PPS anunciou ontem a saída da gestão do governador José Roberto Arruda (DEM), acusado de montar o esquema de corrupção que arrecadava propinas e distribuía o dinheiro entre secretários e deputados distritais da base aliada.
A declaração que compromete o partido foi feita pela diretora comercial da Uni Repro Serviços Tecnológicos Ltda, Nerci Soares Bussamra, em conversa com Durval Barbosa, então secretário de Relações Institucionais do governo e autor da gravação. No diálogo, ela afirma que Fernando Antunes, presidente do PPS-DF e subsecretário de Saúde, achacou a empresa por meio de uma auditoria nos contratos e pediu dinheiro para o PPS. Segundo ela, Antunes afirmou: "Eu só queria que vocês ajudassem o partido." A Uni Repro recebe R$ 1,6 milhão por mês para prestar serviços gráficos à pasta da Saúde.
No vídeo, Barbosa - demitido sexta-feira, após a revelação de que havia resolvido colaborar com a investigação da Polícia Federal - pergunta a Nerci: "Mas quem é que recebe o dinheiro?" Ela responde: "Ele mesmo. Ele e o irmão dele." Barbosa volta a indagar: "O Antunes?" E ela repete: "Ele e o irmão."
O então secretário de Relações Institucionais pergunta sobre quem faz o pagamento. "Eu e, às vezes, até o dono em São Paulo já fez, porque ele (Antunes) tem o partido lá, né?", diz Nerci. Logo depois, ela cita Freire. "Na última conversa que eu tive com ele (Antunes), ele pediu dinheiro para o partido dele, né, para ajudar o Freire em São Paulo e eu não disse não pra ele." Em outro vídeo, a empresária entrega uma sacola de loja de sapatos para Barbosa com maços de notas de R$ 100 e R$ 20. Após a contagem do dinheiro, ela deixa o local. Barbosa então se vira para a câmera de vídeo e mostra uma caixa com a dinheirama.
Fatura
Procurado, Antunes confirmou conhecer Nerci. "Encontrei com ela por duas ou três vezes na secretaria", disse. Mas negou a afirmação de que pediu dinheiro para ajudar o PPS e o presidente da legenda. "Não existe essa possibilidade. Desconhecemos isso. Está ficando evidente que o Durval tinha esse vídeo para mandar recados", afirmou. Segundo Antunes, a secretaria chegou a reduzir o valor do contrato com a Uni Repro. "Eu podia apertar e pedir dinheiro diminuindo a fatura?"
Freire afirmou que também desconhece o conteúdo das acusações. "Não tenho nada com isso. Não autorizei ninguém a usar meu nome para pedir dinheiro", reagiu o presidente do PPS. A reportagem ligou duas vezes para o celular de Carvalho, deixou recado, mas não teve resposta até fechamento da edição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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