JK no exílio estreia em sessão especial
Documentário que retrata o período em que o ex-presidente viveu na França é exibido para plateia de familiares e amigos de Juscelino Kubitschek
O lançamento do documentário JK no exílio ganhou ares de tributo à memória do homem responsável pela criação da capital federal. O filme, que estreou em Diamantina (MG) no último dia 10 e foi exibido pela primeira vez em Brasília na noite de ontem, foi a atração principal de uma cerimônia ocorrida na noite de ontem no Museu Nacional, que reuniu amigos e familiares do ex-presidente falecido em 1976.
O documentário tem como objetivo aproximar os espectadores do homem-mito, narrando uma das passagens mais tristes e esquecidas de sua vida: o exílio na França, à época em que teve o mandato cassado pela ditadura militar. “O filme tem duas missões: dar a importância devida ao exílio de JK, que sempre foi colocado como algo sem importância, mas foi o momento mais cruel da vida dele”, contou o diretor do filme, Charles Cesconetto, que espera dar mais dignidade à imagem do político. “Ele é um exemplo para as futuras gerações”, completou.
Na cerimônia, também estiveram presentes familiares de Juscelino, como a filha, Maria Estela Kubitschek, que participou das gravações do documentário e ressaltou ao Correio a importância de mostrar ao público histórias como a de Maria Alice, secretária do ex-presidente que foi perseguida pela ditadura por sua proximidade com JK. “O mais importante é o resgate da memória de várias pessoas que partiram para o exílio e não são lembradas pela população”, ressaltou. Maria Alice vive, até hoje, fora do Brasil, em um asilo da Cruz Vermelha em Lisboa.
Também presente, Anna Christina Kubitschek, neta de Juscelino e diretora do Memorial JK, disse que seria difícil segurar a emoção: “Estou até com um lenço na bolsa”. Ela já havia visto partes do documentário e revelou que o vídeo mostra fatos inéditos até para a família. “Meu avô nunca nos contou, para nos poupar”, relembrou.
Além dos familiares, amigos do ex-presidente também marcaram presença, como o diplomata aposentado Paulo Tarso Flecha de Lima. “Como trabalhei com o presidente JK, vi de perto essa fase triste da família. Venho com muita emoção, e não poderia deixar de estar presente”, afirmou. O coronel Affonso Heliodoro, conterrâneo de JK, foi homenagear o amigo. “O filme é muito importante porque mostra às pessoas o quanto ele sofreu fora do Brasil”, apontou.
Entre os convidados estava o governador do DF, Agnelo Queiroz, que fez questão de homenagear o homem responsável pela construção da cidade que hoje ele governa. “O filme vem resgatar passagens da vida de JK que nós não temos conhecimento, sobretudo o sentimento dele por Brasília depois do exílio e após visitar a capital que ele construiu muitos anos depois”, disse.
Documentário que retrata o período em que o ex-presidente viveu na França é exibido para plateia de familiares e amigos de Juscelino Kubitschek
BRUNO SILVA
Parentes, ex-parceiros de trabalho e o governador do DF prestigiaram a exibição do filme na noite de ontem |
O lançamento do documentário JK no exílio ganhou ares de tributo à memória do homem responsável pela criação da capital federal. O filme, que estreou em Diamantina (MG) no último dia 10 e foi exibido pela primeira vez em Brasília na noite de ontem, foi a atração principal de uma cerimônia ocorrida na noite de ontem no Museu Nacional, que reuniu amigos e familiares do ex-presidente falecido em 1976.
O documentário tem como objetivo aproximar os espectadores do homem-mito, narrando uma das passagens mais tristes e esquecidas de sua vida: o exílio na França, à época em que teve o mandato cassado pela ditadura militar. “O filme tem duas missões: dar a importância devida ao exílio de JK, que sempre foi colocado como algo sem importância, mas foi o momento mais cruel da vida dele”, contou o diretor do filme, Charles Cesconetto, que espera dar mais dignidade à imagem do político. “Ele é um exemplo para as futuras gerações”, completou.
Na cerimônia, também estiveram presentes familiares de Juscelino, como a filha, Maria Estela Kubitschek, que participou das gravações do documentário e ressaltou ao Correio a importância de mostrar ao público histórias como a de Maria Alice, secretária do ex-presidente que foi perseguida pela ditadura por sua proximidade com JK. “O mais importante é o resgate da memória de várias pessoas que partiram para o exílio e não são lembradas pela população”, ressaltou. Maria Alice vive, até hoje, fora do Brasil, em um asilo da Cruz Vermelha em Lisboa.
Também presente, Anna Christina Kubitschek, neta de Juscelino e diretora do Memorial JK, disse que seria difícil segurar a emoção: “Estou até com um lenço na bolsa”. Ela já havia visto partes do documentário e revelou que o vídeo mostra fatos inéditos até para a família. “Meu avô nunca nos contou, para nos poupar”, relembrou.
Além dos familiares, amigos do ex-presidente também marcaram presença, como o diplomata aposentado Paulo Tarso Flecha de Lima. “Como trabalhei com o presidente JK, vi de perto essa fase triste da família. Venho com muita emoção, e não poderia deixar de estar presente”, afirmou. O coronel Affonso Heliodoro, conterrâneo de JK, foi homenagear o amigo. “O filme é muito importante porque mostra às pessoas o quanto ele sofreu fora do Brasil”, apontou.
Entre os convidados estava o governador do DF, Agnelo Queiroz, que fez questão de homenagear o homem responsável pela construção da cidade que hoje ele governa. “O filme vem resgatar passagens da vida de JK que nós não temos conhecimento, sobretudo o sentimento dele por Brasília depois do exílio e após visitar a capital que ele construiu muitos anos depois”, disse.
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