Quais são os limites éticos da imprensa? |
Um jornal de grande circulação do Rio de Janeiro, O Dia, publicou em sua capa uma imagem do técnico do Vasco, Ricardo Gomes, cheio de tubos e em seu leito no hospital.
A imagem pode apresentar, de acordo com quem vê ou como quem mostra, diversas possibilidades de leitura. Da maneira como o jornal publicou, na capa e com grande destaque, suplanta qualquer texto que a apresente e busca, acima de tudo, criar a comoção gratuita e irresponsável sobre o drama de uma personalidade pública e de seus familiares e amigos.
O jornal não informou, procurou criar apenas polêmica.
Vendeu milhares de exemplares a partir de uma foto que, segundo o comunicado do Hospital em que está internado o treinador de futebol, foi conseguida de maneira ilegal. Sem a autorização dos familiares de Ricardo Gomes, seus responsáveis neste momento.
Este caso lembra, observando as dimensões dos fatos e os contextos em que as vítimas deste tipo de jornalismo foram envolvidas, os atos de espionagem criminosa da revista Veja contra José Dirceu em um hotel de Brasília.
Ricardo Gomes aparece exposto, totalmente a mercê de uma prática condenável de um tipo de jornalismo que não obedece limites e, a todo custo, busca alcançar resultados positivos para os seus negócios.
Regular a mídia é preciso
A imagem pode apresentar, de acordo com quem vê ou como quem mostra, diversas possibilidades de leitura. Da maneira como o jornal publicou, na capa e com grande destaque, suplanta qualquer texto que a apresente e busca, acima de tudo, criar a comoção gratuita e irresponsável sobre o drama de uma personalidade pública e de seus familiares e amigos.
O jornal não informou, procurou criar apenas polêmica.
Vendeu milhares de exemplares a partir de uma foto que, segundo o comunicado do Hospital em que está internado o treinador de futebol, foi conseguida de maneira ilegal. Sem a autorização dos familiares de Ricardo Gomes, seus responsáveis neste momento.
Este caso lembra, observando as dimensões dos fatos e os contextos em que as vítimas deste tipo de jornalismo foram envolvidas, os atos de espionagem criminosa da revista Veja contra José Dirceu em um hotel de Brasília.
Ricardo Gomes aparece exposto, totalmente a mercê de uma prática condenável de um tipo de jornalismo que não obedece limites e, a todo custo, busca alcançar resultados positivos para os seus negócios.
Regular a mídia é preciso
Regular para criar mecanismos que evitem a repetição de casos como este e que os mesmos permaneçam impunes.
A imprensa tem que averiguar, investigar e denunciar, mas com responsabilidade e ética, para que suas teses sejam legítimas e estejam a serviço da democracia, sem se sobrepor ao Estado de direito e às liberdades individuais.
É preciso tornar a imprensa democrática e moralmente exemplar, a serviço da sociedade e respeitando padrões éticos para tratar seu maior ativo, a informação.
A imprensa tem que averiguar, investigar e denunciar, mas com responsabilidade e ética, para que suas teses sejam legítimas e estejam a serviço da democracia, sem se sobrepor ao Estado de direito e às liberdades individuais.
É preciso tornar a imprensa democrática e moralmente exemplar, a serviço da sociedade e respeitando padrões éticos para tratar seu maior ativo, a informação.
Confira o comunicado do Hospital Pasteur sobre o caso:
Hospital Pasteur, 10 de setembro de 2011.
Em relação às imagens divulgadas hoje (10), pelo Jornal O Dia/Marca, do paciente Ricardo Gomes, a direção do Hospital Pasteur e a família de Ricardo Gomes manifestam grande repúdio e indignação por esse tipo de publicação, na qual expõe a privacidade do paciente.
O hospital esclarece que, é veementemente contra a sua política qualquer tipo de veiculação de imagens de pacientes internados, sem a prévia autorização dos mesmos, ou de seus representantes legais. Além disso, as fotos divulgadas no jornal O Dia/Marca de hoje, não retrataram o atual quadro de saúde do paciente. Ricardo Gomes está lúcido, colaborativo, respira espontaneamente, pronuncia algumas palavras e fica grande parte do dia sentado em poltrona, fatos que contradizem totalmente as imagens publicadas por esses veículos.
Vale ressaltar, que durante todo esse período de internação do paciente Ricardo Gomes, o Hospital Pasteur vem mantendo uma rotina de informação pública de seu quadro de saúde, através da emissão de boletins médicos diários, pela sua assessoria de imprensa. Contudo, a filosofia do hospital sempre esteve respaldada na transparência, no respeito, na ética e na preservação da privacidade do paciente e seus familiares.
Essa forma de divulgação sensacionalista, desrespeitosa e agressiva compromete o vínculo de confiança entre as instituições, além de desgastar todo um processo sério e competente de terapêutica e acolhimento.
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Hospital Pasteur, 10 de setembro de 2011.
Em relação às imagens divulgadas hoje (10), pelo Jornal O Dia/Marca, do paciente Ricardo Gomes, a direção do Hospital Pasteur e a família de Ricardo Gomes manifestam grande repúdio e indignação por esse tipo de publicação, na qual expõe a privacidade do paciente.
O hospital esclarece que, é veementemente contra a sua política qualquer tipo de veiculação de imagens de pacientes internados, sem a prévia autorização dos mesmos, ou de seus representantes legais. Além disso, as fotos divulgadas no jornal O Dia/Marca de hoje, não retrataram o atual quadro de saúde do paciente. Ricardo Gomes está lúcido, colaborativo, respira espontaneamente, pronuncia algumas palavras e fica grande parte do dia sentado em poltrona, fatos que contradizem totalmente as imagens publicadas por esses veículos.
Vale ressaltar, que durante todo esse período de internação do paciente Ricardo Gomes, o Hospital Pasteur vem mantendo uma rotina de informação pública de seu quadro de saúde, através da emissão de boletins médicos diários, pela sua assessoria de imprensa. Contudo, a filosofia do hospital sempre esteve respaldada na transparência, no respeito, na ética e na preservação da privacidade do paciente e seus familiares.
Essa forma de divulgação sensacionalista, desrespeitosa e agressiva compromete o vínculo de confiança entre as instituições, além de desgastar todo um processo sério e competente de terapêutica e acolhimento.
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