Sobre a questão da compra de uma casa de sua propriedade por Carlinhos Cachoeira com valores milionários o governador tucano pouco explicou, além de dizer que não vendeu [diretamente?] para o contraventor preso na operação Monte Carlo da Polícia Federal.
Segundo o que foi publicado no portal Ig, o político do PSDB não elimina gravíssimas suspeitas sobre esta transação:
O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), apresentou na manhã
desta terça-feira cópias dos cheques que alega ter recebido como
pagamento por uma casa vendida por R$ 1,4 milhão.
Com isso, Perillo contradiz a versão apresentada na semana passada
pelo empresário Walter Paulo Santiago, que disse à CPMI do Cachoeira ter
pago o valor em dinheiro.
Foi nesta casa vendida por Perillo que o contraventor Carlinhos Cachoeira foi detido pela Polícia Federal em fevereiro.
Os cheques estão em nome de Excitant Indústria e Comércio e
Confecções, empresa que teria recebido dinheiro de uma companhia ligada a
Cachoeira.
O deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) obteve na Junta Comercial dados a respeito da linha sucessória de sócios da Excitant. E consta como um últimos dos sócios da empresa um sobrinho do bicheiro Carlos Cachoeira, de nome Leonardo de Almeida Ramos.
Apresentar cópias de cheques para afirmar que não recebeu
qualquer quantia e
m dinheiro do bicheiro Cachoeira neste negócio perde toda a
sustentação com a descoberta de que o cheque é de uma empresa,
coincidentemente(?), administrada por um sobrinho de Cachoeira...
Por sua vez, Agnelo Queiroz, desafiou quem pudesse provar seu envolvimento com agentes do crime organizado.
Indiretamente, deu a entender, que não nomeou ninguém em seu governo a
pedidos do contraventor como teria feito o governador de Goiás:
bancário, fiscal e telefônico para a comissão parlamentar analisar, para segundo o governador petista, não mais “conviver com desconfiança da sua biografia”.
E como agiu a grande imprensa?
Como um medíocre e mal intencionado arbitro de futebol, que para equilibrar embate desequilibrado pela técnica superior de um dos oponentes, usa do apito para dificultar o êxito de quem se sai melhor em campo.
No caso em questão a grande imprensa e seus prepostos correram para dizer que a situação de ambos é igualmente complicada...
Não há aqui a presunção da inocência de Agnelo Queiroz, pois as investigações podem contradizê-lo e tornar sua situação complicada.
O que há é um juízo de que o governador do Distrito Federal, sucessor dos governadores desastrosos para o povo da capital brasileira como Maria Abadia, Joaquim Roriz, José Arruda e Paulo Octávio, não ficou no canto do ringue, sem defesa e sem argumentos contundentes para contradizer seus acusadores.
Além disso não titubeou em liberar seus sigilos e colaborar com as investigações.
Já o PSDB gritou contra o pedido da CPMI para ter acesso aos sigilos de Marconi Perillo, conforme publicado na Agência Brasil, no dia de seu depoimento:
"Ele não é investigado. O relator se perde, ele está aqui como testemunha", gritou o deputado, que foi apoiado pelo senador Mário Couto (PSDB-PA) e pelos deputados Ônix Lorenzoni (DEM-RS) e Vanderlei Macris (PSDB-SP).
Não fosse a parcialidade escandalosa de grande parte da imprensa e
Marconi Perillo já teria caído face aos gravíssimos vestígios de seu
envolvimento em um esquema criminoso.
Mais uma vez a imprensa tenta salvar os seus e no máximo, para não
perder o jogo, empatar levando um dos adversários mais cedo para o
chuveiro, como se diz no jargão do futebol quando um atleta é expulso de
campo.
Em tempo:
O R7 publicou que "Depois que Agnelo liberou seu sigilo, governador
de Goiás consentiu em liberar dados. Os sigilos bancário, telefônico e
fiscal dos governadores Marconi Perillo (PSDB-GO) e Agnelo Queiroz
(PT-DF) deverão ser quebrados na próxima quinta-feira (14).
Quanta valentia do tucano, parece aquela cena de quem tá no escuro e não
sabe o que tem pela frente e resolve "avançar" protegido pela
iniciativa daquele que põe o corpo a frente para seguir adiante.
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