Altamiro Borges
O Conselho de Ética do Senado aprovou na noite desta segunda-feira (25), por unanimidade, o relatório do senador Humberto Costa (PT-PE) pela cassação do mandato do ex-demo Demóstenes Torres. A votação se deu através do voto aberto e nominal - o que dificulta futuras manobras para inocentar o falso paladino da ética e jagunço de reputações. O relatório teve a aprovação dos 15 senadores que integram o conselho.O parecer será agora encaminhado à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado para análise dos aspectos constitucionais. Na sequência, ele seguirá para votação no plenário. Até os íntimos amigos do falso paladino da ética já dão como certa sua cassação. Do contrário, alegam, ocorrerá a total desmoralização do Senado. As provas da ligação de Demóstenes Torres com a máfia de Carlinhos Cachoeira são irrefutáveis.
Os viúvos do ex-demo
A cassação do ex-demo representará um duro golpe para a oposição de direita no país. Para o DEM, que já havia lançado o senador para a sucessão presidencial de 2014, ela quase significa um passaporte para o inferno. O partido tende a extinção após as eleições municipais de outubro. Já o PSDB perde o seu mais fiel aliado, sustentáculo do governo FHC e de outros governos tucanos. A cassação também enterra de vez o falso discurso moralista, udenista, da oposição da direita - mais suja do que pau de galinheiro.
Além do baque na direita partidária, a cassação também causa abalos na mídia hegemônica. O ex-demo era paparicado por jornalões, revistonas e emissoras de tevê. Era presença constante na imprensa como líder da oposição e arauto da moralidade. Quem mais sofre com o fim de carreira de Demóstenes Torres é a revista Veja, que sempre usou o senador como fonte privilegiada. O ex-demo chegou a ser eleito pela revista como um dos "mosqueteiros da ética". Bob Civita deve ter insônias nesta noite!
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