sábado, 2 de junho de 2012

CartaCapital sobre Gilmar: o peixe morre pela boca

Carta sobre Gilmar: o peixe morre pela boca
Reportagem de Cynara Menezes aponta as contradições do ministro do STF que, na última semana, falou demais e passou da condição de acusador a acusado; texto também levanta suspeita sobre uso de jatinho fretado por Carlos Cachoeira
“Um tiro no pé”. Esse é o título da reportagem de capa da revista Veja deste fim de semana. Segundo a publicação da editora Abril, a estratégia do ex-presidente Lula de tentar “chantagear” o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, para tentar postergar o julgamento do mensalão teria sido desastrosa. A bala teria se voltado contra o PT, que saíra com “perda total” do episódio.
Curiosamente, a capa da revista Carta Capital poderia ter circulado com o mesmo título. Bastaria trocar os personagens e dizer que quem deu um tiro no pé foi o ministro Gilmar Mendes, ao patrocinar uma denúncia sem comprovação na revista Veja.
Intitulada “As mil faces de Gilmar Mendes” e assinada por Cynara Menezes, a reportagem de Carta Capital levanta contradições nas várias entrevistas concedidas por Gilmar Mendes ao longo da semana. E lembra ainda um ditado do Mato Grosso para criticar a postura boquirrota do ministro: “o peixe morre pela boca”.
Numa versão, Gilmar se disse chantageado por Lula. Em outra, disse ter apenas inferido isso da conversa. Numa nova entrevista, atribuiu ao ex-presidente o papel de chefe da central de distribuição de calúnias. Ao falar ao Estado de S. Paulo, afirmou que o ex-diretor da Abin, Paulo Lacerda, estaria por trás do levantamento de informações contra ele.

Gilmar foi capaz de contradizer a própria revista Veja, que situou a “chantagem” numa conversa reservada entre o ministro e o ex-presidente, na copa da cozinha do apartamento de Nelson Jobim. Numa entrevista, Gilmar disse que Jobim presenciou todo o encontro.
Por fim, Carta Capital levanta suspeitas também sobre a ida de Gilmar Mendes a Berlim. Ele e Demóstenes Torres teriam regressado da Alemanha na mesma data. De São Paulo, rumaram para Goiânia. Demóstenes disse que viajou em jato particular, fornecido pela turma de Carlos Cachoeira. Gilmar apresentou um bilhete da TAM, mas, segundo lembra Carta Capital, não exibiu seus cartões de embarque.

Quem deu um tiro no pé? Lula ao tentar chantagear Gilmar? Ou Gilmar ao acusar Lula de tentar chantageá-lo? Brasil 247
 
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Um comentário:

Unknown disse...

É preciso cobrar o bilhete da passagem. isso é a coisa mais fácil de obter. Espero que as "otoridades" cumpram o seu papel. Cadê o bilhete. Gilmar? Isso não seria uma boa "Capa de Revista"?