Foto: Diogo Xavier/SEFOT-SECOM
Afirmação é do vice-presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, que garante que, mesmo com a desistência de Luiza Erundina como vice de Fernando Haddad em São Paulo, aliança entre os dois partidos será mantida; ele tambem nega que fato posso repercutir em outros Estados
Do Brasil247 - 19 de Junho de 2012 às 20:18
Paulo Emílio e Raphael Coutinho _PE 247 - O cientista político e vice-presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, afirma que a saída da deputada federal Luiza Erundina, indicada por ele, à vice na chapa do ex-ministro da Educação Fernando Haddad (PT) à Prefeitura de São Paulo, não altera em nada as relações entre o seu partido e o PT. Para Amaral, a desistência de Erundina não altera o apoio da legenda ao Partido dos Trabalhadores e também não terá repercussões em outros locais, como o Recife (PE).
"Não altera nada. Nada muda na relação entre o PSB e o PT. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. A Erundina, inclusive, vai participar ativamente da campanha de Haddad", afirmou o dirigente socialista. Na opinião do também cientista político Michel Zaidan, a relação entre PSB e PT em São Paulo poderá determinar os rumos da aliança também no Recife. O fato do PSB continuar garantindo o apoio a Haddad não deverá trazer maiores repercurssões. “Esse fator não respinga aqui no Recife. Caso o PSB permaneça na chapa, com a vice ou não, a relação das duas legendas permanecerá a mesma aqui (Recife) e lá (São Paulo)”, relatou. No entanto, o estudioso acredita que um possível desgaste criado entre o PSB e o PT devido ao apoio de Paulo Maluf - razão para a desistência de Erundina -, será um sinal verde para Eduardo Campos no Recife.
Na capital pernambucana, a briga interna do PT para lançar um candidato próprio resultou no fato do PSB anunciar uma possível chapa majoritária, que tem o apoio da maioria dos partidos da chamada Frente Popular. Nos últimos dias o PT estadual vem subindo o tom e alertando para a fragmentação da Frente caso a legenda aliada realmente concretize suas intenções. Apesar disto, o presidente estadual, deputado federal Pedro Eugênio, descarta uma ruptura direta, seja com o PSB ou com o próprio governador Eduardo Campos.
“Ele (Eduardo Campos) está dando sinais, há tempos, de querer lançar um candidato próprio do PSB no Recife. Caso socialistas e petistas rompam em São Paulo, Eduardo terá o sinal verde para isso. Para isso, ele ainda receberia o apoio de grande parte da base aliada, como o do próprio senador Armando Monteiro Neto, por parte do PTB”, acrescentou. Uma decisão sobre o que acontecerá na capital pernambucana deverá ser anunciada pelo próprio Eduardo Campos ainda esta semana.
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