sábado, 23 de junho de 2012

Os porta-vozes da legalidade à paraguaia


Para defender suas posições políticas, Reinaldo Azevedo, Merval Pereira, Augusto Nunes e Marco Antonio Villa desconsideram valores elementares de qualquer regime democrático: a presunção de inocência e o direito legítimo de defesa. Desta vez, porém, Demétrio Magnoli destoou da turma

Heberth Xavier, 247

Um processo que levou à destituição de um presidente da república decidido em menos de dois dias poderia bem ser um novo filme de Woody Allen sobre republiquetas latino-americanas e suas frágeis democracias - o cineasta fez isso em Bananas, filmado em 1971.

Mas a história é verídica, ocorreu mais de 40 anos depois e, ainda assim, não sensibilizou um grupo notório de jornalistas e intelectuais brasileiros. Para eles, se a Constituição permite tirar do poder um presidente eleito antes da hora, que se tire - ainda que para isso seja preciso valer-se de um processo relâmpago e de discutível aplicação, como parece ser o caso do presidente deposto do Paraguai, Fernando Lugo.

A turma de defensores do golpe constitucional paraguaio está junta há mais tempo nas últimas polêmicas políticas: nela estão o polêmico Reinaldo Azevedo, blogueiro da revista Veja; seu colega de revista Augusto Nunes; o colunista “imortal” Merval Pereira, d’O Globo; o historiador Marco Antônio Villa, que dá aulas na Universidade Federal de São Carlos mas passa a maior parte do tempo dando entrevistas, sobretudo para a Globonews…

Chama a atenção, porém, o fato de um antigo colaborador da turma, o sociólogo e geógrafo Demétrio Magnolli, ter destoado desta vez. Para Demétrio, o que houve no Paraguai foi um “golpe parlamentar, vestido nos andrágios das leis de uma democracia oligarca”. “Nem mesmo essa lei típica da democracia oligárquica foi cumprida, pela velocidade como a coisa aconteceu”, defendeu ainda o geógrafo, outro dos intelectuais também frequentemente ouvidos pela mídia tradicional brasileira.”
Artigo Completo, ::AQUI::

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