Muitos se julgam no direito, podem protestar e discordar democraticamente, até mesmo se indignar com a aliança do PT com o PP do deputado Paulo Maluf (SP) para apoiar o nosso candidato a prefeito de São Paulo este ano, o ex-ministro da Educação, Fernando Haddad.
Menos o candidato do PSDB a prefeito, o ex-governador José Serra e certa imprensa. O postulante tucano à Prefeitura porque em sua campanha para o Planalto em 2010 recebeu muito feliz e sem questionar o apoio do mesmo PP e de Maluf e, não esquecer, o de uma parte do PMDB, a liderada pelo ex-governador Orestes Quércia. A imprensa porque se calou diante disso naquela ocasião. Isso quando não apoiou velada ou ostensivamente a aliança do serrismo com o malufismo e o quercismo.
José, tampouco, poderá atacar a aliança PT-PP porque Maluf apóia e integra o governo de seu companheiro tucano, o governador Geraldo Alckmin, ocupando, inclusive, um alto posto na administração, com o malufista Antônio Carlos do Amaral Filho presidindo a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado (CDHU).
Questionam a coligação PT-PP, mas apoiavam a aliança PP-PSDB
Tem mais: até poucas semanas atrás o PP e seu líder Maluf tinham o silêncio, quando não o apoio dessa mesma mídia enquanto mantinham entendimentos para uma coligação com o PSDB de José, um apoio que só perderam agora. De repente perderam esse apoio. Por quê? Por que será?
Vamos com calma, então, com esse andor. Petistas e aliados, por favor, sem esquecer que o foro mais adequado para debater e buscar a solução dessa questão é a coordenação e a direção politica da aliança e da campanha do Fernando Haddad. Deflagrar um debate em torno disso em público e pela mídia é dar chumbo ao adversário.
E discutir a questão, também, tendo presente que o PP já faz parte da base de partidos do governo federal, como fez da base aliada do governo do ex-presidente Lula, sem que mudássemos nosso programa de governo ou o rumo do Brasil.
O debate não pode se dar em torno da negação de nossa política de alianças e de governo de coalizão, porque aí seria negar nossas vitórias conquistadas graças a alianças em 2002, 2006 e 2010, bem como nossos três governos, os dois do presidente Lula e o 3º agora, da presidenta Dilma Rousseff.
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