terça-feira, 26 de junho de 2012

Resistência contra o golpe na Democracia do Paraguai

http://paraguayresiste.com/

Os partidários do presidente deposto do Paraguai, Fernando Lugo, se organizaram na Frente pela Defesa da Democracia, e agendam manifestações pacíficas por diversas cidades paraguaias pela restauração democrática, além dos protestos diários em frente à TV Pública.

Também colocaram no ar, na internet, o site "Paraguay resiste".

Protesto em São Paulo e encontro com Lula

Em São Paulo, imigrantes paraguaios, membros de sindicatos, partidos políticos, movimentos sociais e estudantes de várias nacionalidades latinas, inclusive brasileiros, fizeram uma manifestação na tarde de segunda-feira (25) em frente ao Consulado paraguaio para condenando o golpe no país vizinho, e pedindo o retorno imediato do presidente Fernando Lugo. O deputado estadual Adriano Diogo (PT-SP) e a vereadora Juliana Cardoso (PT-SP) compareceram.

A mobilização reuniu cerca de 250 pessoas, que gritavam as palavras de ordem: “Lugo sim, golpe não! Além disso, contavam com um carro de som para fazerem seus discursos.

Depois, os manifestantes seguiram em marcha para o o prédio sede do PCdoB, onde, onde estavam o presidente Lula e o candidato a prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, se reuniam com líderes e membros do partido para consolidar a parceria nas eleições municipais. Na saída, Lula e os outros líderes cumprimentaram os manifestantes, e se também se manifestaram contra o golpe do impeachment relâmpado.


O presidente do PCdoB, Renato Rabelo, lembrou que "Nós tivemos isso aqui em 2005 (sobre setores que tentaram o impechment de Lula) (...) A atitude do presidente Lula foi exemplar e corajosa. Está no centro do êxito do governo Lula a liberdade política, de expressão e democrática (...) Nós não podemos ficar passivos diante de uma situação dessa (no Paraguai). Não podemos permitir que um precedente como este vingue", disse.



Lula concordou: "Enquanto cidadão brasileiro, acho que a democracia do Paraguai foi ferida, apesar de os senadores e deputados afirmarem que cumpriram a constituição, mas não deram tempo sequer para o presidente se defender (...) Nunca vi um julgamento sumário em que em 24 horas depuseram um presidente que levou 60 anos para ser eleito (...) Não adianta eu achar que foi um golpe porque eles dizem que não foi. Acho que, na avaliação da maioria dos presidentes da América Latina, a democracia foi desrespeitada porque não deram ao Lugo total direito de defesa", analisou, tomando o cuidado de aguardar a posição do Mercosul e da Unasul, e medindo as palavras para não o acusarem (e nem ao Brasil) de serem intervencionistas. (Com informações do Portal Vermelho aqui e aqui).

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