Consciência da necessidade de federalização
da exploração do Nióbio, metal estratégico para futuro da humanidade,
ganha força além de Minas
Por Geraldo Elísio
A brutal exploração do Nióbio brasileiro, um dos metais mais raros do
mundo e essencial ao desenvolvimento da humanidade, começa a incomodar
importantes instituições da organização institucional brasileira a
partir das denúncias formuladas pelo NovoJornal. Para
se ter uma idéia do valor estratégico do nióbio, a secretária de estado
do EUA, Hilary Clynton, não se sentiu intimidada em declarar à imprensa
internacional que a cidade mineira de Araxá, situada no Vale do
Paranaíba, encontra-se na área de interesses estratégicos dos Estados
Unidos da América do Norte.
A questão do nióbio, vendido a preço subfaturado com a aquiescência de
políticos corruptos que não se coram de vender o Brasil para atender à
sua voluptuosidade financeira e de Poder, garantindo salários
privilegiados, fóruns especiais para eventuais julgamentos e a quase
certeza da impunidade, foi impulsionada com a idéia original do promotor
de justiça do Ministério Público de Minas Gerais, Leonardo Barbabela,
sugerindo a criação da Niobrás nos moldes da Petrobrás.
Na seqüência de suas preocupações com o assunto, o promotor Leonardo
Barbabela já manteve um contato telefônico, informado por ele ao
Novojornal, com o procurador da República em Minas Gerais, Tarcísio
Humberto Parreiras Henriques Filho, que a exemplo de seu pai, o
ex-deputado estadual Tarcísio Henriques, igualmente foi prefeito da
cidade mineira de Cataguases, na Zona da Mata mineira.
Na opinião do promotor Leonardo Duque Barbabela, a magnitude da questão
exige envolvimentos mais amplos para conferir maior eficiência ao
projeto, aglutinando todos os setores possíveis das instituições que
compõem o Estado brasileiro.
Audiência pública
Em Minas Gerais, o deputado estadual Rogério Corrêia, do PT, de acordo
com a bancada de oposição na casa, principalmente o deputado estadual
Sávio de Souza Cruz, já propôs a realização de uma Audiência Pública
para debater a relação envolvendo a CBMM, a Codemig e o nióbio, o
movimento, fazendo relembrar a histórica campanha “O Petróleo é Nosso”,
com a participação de nacionalistas históricos a exemplo do
ex-presidente Arthur Bernardes, criador do Batalhão de Fronteira da
Amazônia, o escritor Monteiro Lobato, o professor Osório da Rocha Diniz,
fundador da Faculdade de Ciências Econômicas de Minas Gerais, da Escola
de Engenharia Kennedy e um dos responsáveis junto ao ex-deputados
federais Jorge Ferraz, Gabriel Passos e Bento Gonçalves por trazer para
Betim – região central de Belo Horizonte – a Refinaria Gabriel Passos,
da Petrobrás, que hoje tem como jóia da coroa o pré-sal, descoberto no
atual governo petista. Rogério Corrêa quer debater a renovação, sem
licitação, do contrato entre o governo de Minas Gerais e a CBMM que já
vendeu parte de sua participação no empreendimento - 15% - ao Japão e à
Coréia, arrecadando um lucro fabuloso de dois bilhões de dólares em
detrimento do povo de Minas Gerais e gerando um desentendimento entre
Oswaldo Borges da Costa, presidente da Codemig e o ex-governador e atual
senador por Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB) em torno do butim gerado
com esta desnacionalização. O contrato, sem licitação, beneficia a CBMM
por mais 30 anos.
A Comissão de Minas e Energia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais,
em sua primeira reunião deste ano, deverá decidir sobre o pedido de
audiência pública formulado pelo deputado Rogério Correia.
A CBMM tem o capital dividido entre o Grupo Moreira Sales e a
Molybdenium Corporation - Molycorp, subsidiária da Union Oil, por seu
turno, empresa do grupo Occidental Petroleum – Oxxi. Mas é fácil
perceber a prevalência de grupos estrangeiros através do banqueiro
Walther Moreira Sales, conhecido testa de ferro, bastante ligado Nelson
Aldridge Rockefeller.
Na audiência pública, está previsto o comparecimento dos maiores
especialistas do setor principalmente os ligados as Forças Armadas que
vêem promovendo gestões para federalizar, a exemplo da Petrobras, a
exploração de Nióbio, idéia lançada pelo promotor Leonardo Barbabela.
Relatórios confidenciais da Abim e da área de inteligência do Exército
demonstram como operou o esquema criminoso de subfaturamento montado
pela Codemig / CBMM, através da Cia de Pirocloro de Araxá.
Em Brasília, o assunto encontra-se também em mãos do deputado federal
delegado da Polícia Federal, Protógenes Queiroz (PC do B/SP), conhecido
militante nacionalista responsável pelas prisões do deputado federal
Paulo Salim Maluf e seu filho Flávio Maluf e do banqueiro-condenado
Daniel Dantas, ligado a diversos grupos internacionais e que recebeu do
DNPM mais de 1.400 concessões de lavras em todo o território nacional,
muitas delas em Minas Gerais.
O movimento pela criação da Niobrás começa a ganhar as mesmas dimensões
da campanha nacional que tentou evitar a privatização da Companhia Vale
do Rio Doce, desnacionalizada pelo ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso, o fraudador da dívida externa brasileira segundo o deputado
federal Protógenes Queiroz, e que reuniu nas diversas manifestações
ocorridas em todo o Brasil setores nacionalistas das Forças Armadas
Brasileiras, na ocasião sob a liderança do brigadeiro do ar Ivan Frota e
os setores de esquerda. Em Belo Horizontes, integrantes do movimento
redigiram e assinaram um documento chamado os Novos Inconfidentes,
idealizado pelo ex-secretário de Estado, Celso Brant.
Também do Blog O TERROR DO NORDESTE.
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