sábado, 16 de fevereiro de 2013

MARINA, VOCÊ SE PINTOU.


Muito bem avaliada na zona sul carioca e parte da paulistana, por parcela alienada da intelectualidade acadêmica, tornou-se a mais nova KASSAB da política tupiniquim: com ar de descontentamento, larga os "verdes" e funda seu próprio partido.


Hoje, ainda distante das eleições presidenciais, é saudada pelo jornalismo fundamentalista que se opõe a Dilma Rousseff e ao Partido dos Trabalhadores. Lança uma plataforma de candidatura com o apelo de "limpeza": não receberá doações de empresas que fabricam cigarro, bebidas alcoólicas, armas e agrotóxicos. Nem de empresas que usam copinhos de água descartáveis ou garrafas PET - grandes vilões do planeta Terra.

A festa de lançamento de seu partido foi paga por uma de suas fiéis colaboradoras e provável arrecadadora de fundos de campanha: Maria Alice Setúbal, sócia do Itaú-Unibanco. Nada mal.

Mas, qual a razão de tanta exposição de Marina na imprensa, tão longe das eleições?

Em primeiro lugar, o tempo urge para os derrotados. A direita - partidos e imprensa - percebeu que é preciso usar todas as armas para derrotar o PT de Lula e seus postes. Já "lançou" o candidato Eduardo Campos pelo PSB, agora, é a vez de Marina Silva. Concorrentes diretos de Dilma, ambos possuem o apelo de "esquerda" e, certamente, roubarão votos importantes nas eleiçõs de 2014.

A única esperança para a retomada do poder é levar ao segundo turno o candidato do PSDB, apoiado pela midia fundamentalista e pelo STF: Aécio Neves ou Zé Serra.

A estratégia pode ser arriscada, mas não há outra chance de vitória. Acreditam que no decorrer da campanha tanto Campos quanto Silva se perderão fôlego por falta de base de apoio político. A virtual militância nas ruas, por Marina, eles sabem que nunca vai existir; classe média alta faz barulho de dentro de casa, no conforto do ar condicionado.

Mas não se pode descartar um segundo turno entre Dilma e Marina! Representaria o funeral definitivo do demo-tucanato, mas não há outra possibilidade. É tudo ou nada.

O espantoso é Marina lançar uma candidatura ao velho estilo dos caciques mais conservadores do Brasil, os que se apoderam de um partido para ambições pessoais. Quer ser candidata com estritas e próprias condições: plataforma e apoio que interessa particularmente a ela, nada de alianças, nada de dinheiro duvidoso ... santinhos só de papel reciclado e aroma Natura no ar!

Na remota hipótese de vencer as eleições, a Presidenta Marina verá diante de sí um Congresso absolutamente oposicionista, sem o número de parlamentares suficiente para aprovar qualquer medida presidencial. E terá, obrigatoriamente, que sentar à mesa e ... negociar.

Faça tudo mas faça o favor 
Não pinte esse rosto, Marina ...
Eu tô de mal com você!

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