domingo, 10 de fevereiro de 2013

O apagão moral da grande imprensa



Rodolpho Motta Lima, Direto da Redação
“Já mencionei aqui uma frase que acompanhava os brasileiros na década de 60, proferida por Juracy Magalhães, político baiano, ao assumir o posto de embaixador junto aos Estados Unidos: “O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil”. Ela foi dita poucos meses antes do golpe militar que instaurou a ditadura entre nós - fruto de um acerto entre gorilas de plantão e os homens da CIA - e quase vinte anos depois de um outro baiano, o então senador Otávio Mangabeira, quando da vinda ao Brasil do general americano Eisenhower, ter-se ajoelhado contrito, beijando, como bom colonizado, as mãos daquele que seria depois Presidente da República nos EUA.
Essa postura de submissão , um desejo não revelado de, quem sabe, trocar todas as estrelas de nossa bandeira por uma única estrela na bandeira estadunidense, revela-se com frequência quase doentia na exaltação permanente que nossas elites fazem das virtudes dos americanos, passando, não raro, por cima de cenários nada meritórios, como, por exemplo, os que cercam a violência interna e externa típica de muitos setores daquele país, ou os que povoam a ganância especulativa de seus meios financeiros, gerando catástrofes globalizadas que nem mesmo as esperanças depositadas em Obama estão conseguindo fazer retroceder.

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