Renan calheiros venceu a disputa no
senado e elegeu-se presidente da casa para os próximos dois anos,
resultado previsível e dentro da normalidade, segundo a correlação de
forças que operam no Congresso.
O estranho foi, na véspera da votação, ter vazado para a "imprensa", ou melhor para a revista Época uma denúncia contra o senador alagoano. Esta denúncia mofava a dois anos na PGR de Roberto Gurgel, ou "Prevaricador-Geral", segundo Collor de Mello.
Sem fazer a defesa de Calheiros, pois isto compete a ele, é fácil observar o simbolismo que este episódio apresenta.
Gurgel não moveu esforços para investigar Demóstenes Torres, ex-senador do DEM, cassado em 2012 por envolvimento com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, muito menos procurou apertar o cerco ao contraventor. Calou-se, omitiu-se por que?
Os acontecimentos que levaram a prisão de Cachoeira e à cassação de Torres não tiveram vazamentos para a imprensa, aliás muito pouco se diz sobre a investigação. Cachoeira encontra-se livre e em lua-de-mel, com direito a cobertura de figura estelar pela mídia. Deixou de ser criminoso para se tornar um personagem glamoroso nas páginas da imprensa que se dedica ao colunismo social. Não há escândalo ou revolta, Gurgel não censura a dolce vita do contraventor...Parece que esqueceu-se de seus deveres ou, no mínimo, é oportunamente seletivo.
O movimento político-midiático do procurador-geral da República foi calculado para infringir uma derrota a Calheiros?
Creio que não.
Gurgel afiou as garras e vazou [ou deixou vazar] denúncia contra Calheiros, publicada no dia da votação, com o intuito de se prevenir de revanches e mostrar que pode jogar [ainda mais] pesado.
O que fica claro nisso tudo é que existe uma grave crise entre os poderes constituídos, o Judiciário constrange o Legislativo como meio para derrubar o Executivo, minando a governabilidade hoje existente, para tornar o ambiente político instável o suficiente para oferecer vantagens aos aliados conservadores em 2014.
O jogo está bastante claro [ou turvo demasiadamente] que manipulações e farsas de diversas espécies são praticadas abertamente. Gurgel mostrou que vale tudo, até fazer uso político de seu cargo, descaradamente, para chantagear adversários.
O procurador-geral faria bem se resolvesse investigar as várias denúncias, inclusive as que tratam dos desvios da lista de Furnas e da privataria tucana, que silencia em suas gavetas e não apenas fizesse política rasteira.
O senador Collor de Mello afirmou em plenário: "O procurador é um chantagista, um prevaricador... Ele não tem moral para mover qualquer ação contra alguém". A crise institucional é grave...
O estranho foi, na véspera da votação, ter vazado para a "imprensa", ou melhor para a revista Época uma denúncia contra o senador alagoano. Esta denúncia mofava a dois anos na PGR de Roberto Gurgel, ou "Prevaricador-Geral", segundo Collor de Mello.
Sem fazer a defesa de Calheiros, pois isto compete a ele, é fácil observar o simbolismo que este episódio apresenta.
Gurgel não moveu esforços para investigar Demóstenes Torres, ex-senador do DEM, cassado em 2012 por envolvimento com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, muito menos procurou apertar o cerco ao contraventor. Calou-se, omitiu-se por que?
Os acontecimentos que levaram a prisão de Cachoeira e à cassação de Torres não tiveram vazamentos para a imprensa, aliás muito pouco se diz sobre a investigação. Cachoeira encontra-se livre e em lua-de-mel, com direito a cobertura de figura estelar pela mídia. Deixou de ser criminoso para se tornar um personagem glamoroso nas páginas da imprensa que se dedica ao colunismo social. Não há escândalo ou revolta, Gurgel não censura a dolce vita do contraventor...Parece que esqueceu-se de seus deveres ou, no mínimo, é oportunamente seletivo.
O movimento político-midiático do procurador-geral da República foi calculado para infringir uma derrota a Calheiros?
Creio que não.
Gurgel afiou as garras e vazou [ou deixou vazar] denúncia contra Calheiros, publicada no dia da votação, com o intuito de se prevenir de revanches e mostrar que pode jogar [ainda mais] pesado.
O que fica claro nisso tudo é que existe uma grave crise entre os poderes constituídos, o Judiciário constrange o Legislativo como meio para derrubar o Executivo, minando a governabilidade hoje existente, para tornar o ambiente político instável o suficiente para oferecer vantagens aos aliados conservadores em 2014.
O jogo está bastante claro [ou turvo demasiadamente] que manipulações e farsas de diversas espécies são praticadas abertamente. Gurgel mostrou que vale tudo, até fazer uso político de seu cargo, descaradamente, para chantagear adversários.
O procurador-geral faria bem se resolvesse investigar as várias denúncias, inclusive as que tratam dos desvios da lista de Furnas e da privataria tucana, que silencia em suas gavetas e não apenas fizesse política rasteira.
O senador Collor de Mello afirmou em plenário: "O procurador é um chantagista, um prevaricador... Ele não tem moral para mover qualquer ação contra alguém". A crise institucional é grave...
Do blog Palavras Diversas
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